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Revista da ASBRAP nº 12, data da consulta
    9 de setembro de 2025, terça-feira
    Atualizado em 09/09/2025 12:42:31


Revista da ASBRAP nº 12 55MARTIN LEM(E), A CARTA DO DUQUE,O CONTRATO DE TRIGO, BRUGES E MADEIRAPhilippe GarnierResumo: O estudo de diversos documentos madeirenses e flamengos dá uma novailuminação sobre a genealogia dos primeiros Lemes em Madeira, Lisboa e Bruges.Após algumas certezas, encontradas nos documentos estudados, podemos concluircom uma grande verossimilhança a necessidade de confundir Martim Leme “o moço” de Madeira e Martin Lem “de jonghe” de Bruges, assim como Antônio Lemecavaleiro da casa del rei e Antônio Leme marido de Catarina de Barros, ambos filhos de Martim Leme e Leonor Rodrigues. Os erros dos genealogistas antigos são aorigem dos erros em cascata e de especulações genealógicas que podemos tentarcorrigir. Entre elas, a existência de um Martim Leme que habitou Funchal é muitoduvidosa e seu casamento com Maria Adão é cronologicamente inverossímil.Abstract: The Madeiran and Flemish documents study gives a new illumination onthe genealogy of the first Lemes in Madere, Lisbon and Bruges. After some certainties, found in studied documents, we can conclude with a great probability the necessity to confuse Martim Leme “o moço” from Madere and Martin Lem “de jonghe”from Bruges, as well as Antônio Leme knight of the king´s house and Antônio Lemehusband of Catarina de Barros, both children of Martim Leme and Leonor Rodrigues. The mistakes of the old genealogists are the origin of mistakes in cascadeand genealogical speculations that we can try to correct. Between them, the existence of a Martim Leme living in Funchal is very doubtful and his marriage with Maria Adão is chronologically incredible.1ª PARTE: MARTIM LEME1 E A CARTA DO DUQUE DE 22-MAIO-1483:Grande parte dos genealogistas, dos séculos XVII ao XIX, queescreveram sobre a família Leme de Madeira, fazem referência à chegada de1 Martim Leme: ortografia portuguesa para os portugueses ou supostamente portugueses.Martin Lem: ortografia flamenga para os flamengos ou supostamente flamengos.Martin Lem(e): ortografia mista quando a origem é duvidosa. [p. 55]~Martim Leme em Funchal em 1483 munido de uma carta de recomendação doDuque D. Fernando.1 - As referências genealógicas2:Henrique Henriques de Noronha ( ? -1730) escreveu em “Nobiliário da Ilha daMadeira”: "Martim Leme, filho de Antonio Leme, o Flamengo, chamárão-lhe,moço, parece que em distinção de seu tio, irmão de seu pae: passou a esta Ilha,onde o acho n’o anno de 1483, em que escreveu ao Duque D. Fernando (ouDiogo) uma Carta á Camara d’esta Cidade, então Villa, de recomendação d’odicto Martim Leme o Moço a qual está n’o Archivo d’ella, T.º 1.º, f. 158” (T. II,p. 103).Dr. Gaspar Frutuoso não cita nenhum Leme em seu Livro II de "Saudades daTerra". Mas, Álvaro Rodrigues de Azevedo em "Anotações de A saudades daterra: História das Ilhas do Porto-Sancto, Madeira, Desertas e Salvagens.Manuscritos do século XVI” (1873) consagra algumas linhas da origem dosLemes (p. 525), aparentemente inspiradas por Noronha: "Procede de MartimLeme legitimado p. D. Afonso V, no anno de 1464, como filho de outro MartimLeme cavaleiro flamengo …; passou depois na ilha de Madeira no anno de1483, trazendo uma carta do Duque Infante D. Fernando ou de D. Diogo, filhodeste, a Camara do Funchal”.Felisberto Bettencourt Miranda em "Apontamentos para genealogia de diversasfamilias da Madeira 1887-1888” escreve igualmente:

"Martim Leme, f° deAntônio Leme, passou a Ilha da Madeira no anno de 1483, no qual tempoescreveu o Duque D. Fernando uma carta à Camara de Funchalrecommandando o dicto Martim Leme, a qual se acha no Archivo da mesmaCamara,T. 1° a f. 158” (p. 296).

Genealogistas brasileiros incluem a mesma informação. Pedro Taques deAlmeida Paes Leme (1714-1777), o primeiro a escrever em NobiliarquiaPaulistana Historica e Genealogica: "Martim Leme, foi chamado o moço pordiferença de seu tio, que tinha o mesmo nome. Passou para a ilha da Madeira,no ano 1483, com carta de recomendação do Infante o duque D. Fernando,senhor da dita ilha, de quem era muito estimado, para a camara da cidade doFunchal, escrita no mesmo ano, a qual se acha registrada no arquivo da mesmacamara no livro 1°, fl. 158.”Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919) repete em sua "Genealogiapaulistana": "Martim Leme que, com carta de recomendação do Infante o Duque2 Todas as citações, entre aspas e em itálico, respeitam a ortografia do texto original ou datranscrição do manuscrito original.

dom Fernando (senhor da Ilha da Madeira) à Câmara do Funchal passou em1483 para aquela ilha”.Além disso, em "Carta de brasão de armas de Pedro Dias Paes Leme”,encontramos a mesma informação: "7º neto de Martim Leme, chamado, o moço,que passou à Ilha da Madeira no ano de 1483, com uma carta do Duque D.Fernando, para a câmara de Funchal, a quem o recomenda, que se acharegistrada no arquivo da Câmara da mesma Ilha, registrada no livro II, fls.158”.

2 - A origem e o conteúdo da carta3:

A referência constante ao Duque D. Fernando é surpreendente. O Infante D.Fernando, que sucedeu em 1460 a Henrique o Navegador, seu pai adotivo(portanto filho do rei D. Duarte e da rainha Leonor), morreu em 18 de setembrode 1470. Seu filho varão, o Duque D. João, sucedeu-lhe brevemente até seufalecimento, ao fim de 1472. Seu segundo filho, D. Diogo, é então o herdeiro dotítulo de Donatário da Ilha de Madeira. A sua mãe, Infanta Dona Beatriz,assumiu a tutela de seu ainda jovem filho, durante alguns anos. D. Diogo,acusado de conspiração, é assassinado pelo rei D. João II, em 28 de agosto de14844. Em 1483, o donatário da ilha de Madeira é, por conseguinte, D. Diogo.

A carta do Duque confirma esta assinatura. Após as considerações de uso, osignatário explica a origem da sua intervenção "… Amtam Doliueyra EscudeyroDa casa Da ymfamte mjnha Senñora me Dise …”. Se não fosse o filho daInfanta, teria escrito nossa Senhora e não minha Senhora. Mais adiante, escreve"mjnha villa Do fumchall” como fazia-o seu pai e Henrique o Navegador,confirmando que é o senhor da Ilha. É por conseguinte mais provável que D.Diogo é o signatário desta carta.O signatário explica que Antão de Oliveira pediu-lhe que interviesse a favor deMartim Leme o moço para que este último, que com o seu parceiro Batista Lomelino tinha a obrigação de fornecer trigo à cidade do Funchal e não podia comprar o trigo por sua parte do contrato, fosse anistiado da penalidade "De çertoscruzados” que teria. O Duque "vos escpreuese que Da dita pnna Releuasees ODito martim leme”.3 Arquivo Histórico da Madeira, Tombo do 1º do registo geral da Câmara Municipal doFunchal. 1ª parte. Série Documental - Luís Francisco Cardoso de Sousa Melo - T. 1 p.121 Doc. n° 84. (disponivel em NESOS, Base de dados de Historia das Ilhas Atlanticas:www.nesos.net).4 MORENO H. Baquero, O Infante Dom Fernando, Donatário da Ilha da Madeira, inActas do III Colóquio Internacional de Historia da Madeira, 1993, Vol. III, p. 239-25 [p. 57]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
22/08/1484 - Assassinato do Grão-Mestre da Ordem de Cristo
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.