'OS PRIMEIROS ANOS DE FRANCISCO FÉLIX DE SOUZA NA COSTA DOS ESCRAVOS - 01/01/2004 Wildcard SSL Certificates
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OS PRIMEIROS ANOS DE FRANCISCO FÉLIX DE SOUZA NA COSTA DOS ESCRAVOS
    2004
    Atualizado em 24/08/2025 07:19:09

  


ponto de dúvida, com ele eu terminaria este período. Não afirmo; especulo. Coma mesma falta de evidências de quem pensa o contrário.)No Forte, o seu nome aparece pela primeira vez num livro de termos eprocurações, que o Tenente da Marinha portuguesa Carlos Eugênio Corrêa daSilva22 ali consultou em 1865: Francisco Félix de Souza assina como tabelião umpoder, datado de 1803, em que um oficial manifesta a vontade de receber os seussoldos na Corte, em vez de em Ajudá. Esse documento não substitui, contudo,um texto, não encontrado até agora, do qual conste quando Francisco Félix deuinício ao trabalho na feitoria, ou que nos indique quando chegou pela primeiravez à chamada Costa dos Escravos.Em 1788 – repito –, dizem os Souzas de Ajudá. Ou 1789, conforme umdocumento em poder da família, que desse ano data a sua chegada a Anecho ouPopó Pequeno (no atual Togo)23. Insistem em que saiu do Brasil para servir noForte português. Não, seguramente, como diretor ou comandante, pois este sechamou, entre 1782 e 189524, Francisco Antônio Fonseca e Aragão e teve porsucessores, até 1803, a Manoel de Bastos Varela Pinto Pacheco e a dois interinos,José Ferreira de Araújo e José Joaquim Marques da Graça.Se seu primeiro destino na África foi a Fortaleza de S. João Batista, afir-mam as tradições que Francisco Félix de Souza dela pronto se afastaria e tam-bém da cidade de Ajudá, chamando, para substitui-lo, um irmão, Inácio, de cujapresença na Costa não há registro. Sabe-se, contudo, que Jacinto José de Souza,de quem Francisco, ao que se alega, seria irmão25, foi nomeado diretor da feitoriaem fevereiro de 1804, morrendo menos de um ano depois26. Francisco – diz-seem Ajudá –, ofuscado pelos grandes lucros do comércio de escravos, teria desis-tido, em pouco tempo, do emprego na Fortaleza e se encaminhado para Badagre(Badagri, Badagry, Agbadagre, Agbadarigi ou Agbethegre), onde instalou umentreposto negreiro.(22) Ob. cit., p. 77.(23) SOUZA, Simone de, ob. cit., p. 16.(24) E não 1793, como está em I. A. Akinjogbin, ob. cit., p. 217. Cf. Pierre Verger, ob. cit., p.234, 265, 266, 268, 285 e 286, com documentos que mostram que Francisco AntônioFonseca e Aragão ainda era responsável diante da Coroa portuguesa pelo estabelecimentode S. João Batista de Ajudá, quando da embaixada que Agonglo, rei do Daomé, enviou àBahia e a Lisboa em 1795.(25) Como assevera SARMENTO, Augusto. Portugal no Daomé. Lisboa: Tavares Cardoso & Irmão,1891, p. 59.(26) Arquivo do Estado da Bahia, 141, f. 200; e 159, f. 156v, conforme Pierre Verg[p. 15]pois a este, como já se argumentou50, não escaparia a presença de um conterrâneo,ainda que funcionário menor, no estabelecimento português. É bem verdade quebaiano era o que não faltava em Ajudá e em outros pontos da Costa dos Escravos.Mas quando Ferreira Pires, que deixou por escrito um interessantíssimo relatode sua embaixada51, andou por Ajudá, Francisco Félix talvez ainda se achasse aimaginar o seu futuro, na Salvador a que regressara ou de onde sairia pela pri-meira vez para os litorais africanos.Acredito – quer tenha havido ou não o interregno brasileiro na longaestada africana de Francisco Félix de Souza – que o matrimônio com Jijibu setenha dado por volta de 1806. E imagino um enredo que começaria assim:chegado à África, pela primeira ou segunda vez, na passagem do século, obaiano instalou-se em Badagre, com o fito de dedicar-se ao comércio de escra-vos. A empresa não lhe foi bem, e ele viu-se obrigado a aceitar uma colocaçãomodesta no Forte de S. João Batista de Ajudá. Algum tempo depois, quem tal-vez fosse um irmão seu, Jacinto José de Sousa, assumiria a governança da for-taleza, para falecer pouco depois.A área era particularmente insalubre e a maioria dos recém-chegados morriaem poucos meses. Segundo os assentamentos de 1695 a 1722 da Royal AfricanCompany, de cada dez homens que desembarcavam na África Ocidental, seismorriam durante o primeiro ano, e dois, entre o segundo e o sétimo52. É isto oque também nos dizem as inscrições nos túmulos do Forte de São Batista deAjudá, do campo-santo dos administradores alemães em Duala e de outros cemi-térios europeus que visitei na África. Francisco Félix era mais resistente ou tevemais sorte do que o seu suposto irmão. Talvez já viesse do Brasil imunizadocontra a febre amarela. Mas não o venceram tampouco as disenterias e a malária(a Plasmodium falciparum, freqüentemente fatal), nem o atacaram a doença dosono, o verme-da-Guiné, a cegueira dos rios ou a xistossomose.Sobre o período que se seguiu à morte de Jacinto José de Sousa não seencontraram vozes nos arquivos. Deve ter sido de descaso e desprezo pelo esta-belecimento por parte das autoridades portuguesas. O abandono só não foi com-pleto, porque cuidaram do forte Francisco Félix de Souza e o tambor da antiga [p. 21]



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.