'Cerco de Paris - Consulta em Wikipédia - 13/08/2025 Wildcard SSL Certificates


Cerco de Paris - Consulta em Wikipédia
    13 de agosto de 2025, quarta-feira
    Atualizado em 25/10/2025 17:43:09

  
  
  


O Cerco de Paris, seguido do Saque de Paris de 845, foram o ápice da invasão viking ao reino da Frância Ocidental. As forças vikings foram lideradas pelo chefe nórdico Reginhero ou Ragnar, que tradicionalmente é identificado como o personagem Ragnar Lodbrok das sagas lendárias. A frota de Ragnar, composta por 120 navios vikings carregando milhares de homens, adentrou no rio Sena em março e continuou subindo-o.

Carlos, o Calvo, Rei da Frância Ocidental, em resposta, reuniu um pequeno exército, mas, quando os vikings derrotaram uma divisão composta por metade desse exército, as forças restantes bateram em retirada. Os vikings chegaram a Paris no fim do mês, durante a Páscoa. Depois de saquearem e ocuparem a cidade, finalmente retrocederam ao receberem pagamento de 7 000 libras francesas, equivalentes a 2 570 quilogramas (ou 5 670 libras) de prata e ouro.

Antecedentes

O Império Franco foi atacado por viquingues pela primeira vez em 799 (dez anos depois do ataque viquingue mais antigo em Portland, Dorset na Inglaterra), e eventualmente levou Carlos Magno a criar, desde 810, um sistema de defesa costeiro no norte do território. Esse sistema repeliu com sucesso um ataque viquingue na boca do Sena em 820 (após a morte de Carlos Magno), mas em 834 não conseguiu suportar novos ataques de viquingues dinamarqueses na Frísia e Dorestádio.[1] Os ataques de 820 e 834 não estavam relacionados, e incursões mais sistemáticas não aconteceram até a metade dos anos 830, com as ações alternando entre os dois lados do Canal da Mancha.[2]

Incursões viquingues foram, por diversas vezes, motivo de lutas por poder e status entre a nobreza escandinava,[3] e, como em relação a outras nações adjacentes, os dinamarqueses estavam bem informados sobre a situação política na Frância, tanto que nos anos 830 e início dos 840 tomaram vantagem da Guerra Civil Franca.[4] Grandes incursões ocorreram também na Antuérpia e em Noirmoutier em 836, em Ruão (no Sena) em 841, e em Quentovic e Nantes em 842.[1]

Invasão e cerco

Em março de 845,[5] uma frota de 120 navios viquingues dinamarqueses,[1][6] contendo mais de 5 000 homens,[7] entrou no Sena sob o comando do chefe dinamarquês[8] chamado Reginhero ou Ragnar.[1] Este Ragnar é comumente identificado como Ragnar Lodbrok, uma figura das sagas lendárias, mas a historicidade dessa ligação continua sendo motivo de discussão entre os historiadores.[5][7] Por volta de 841, Ragnar recebeu terras em Torhout, na Frísia, de Carlos, o Calvo, mas eventualmente perdeu as terras, assim como o auxílio do rei.[9] Os viquingues de Ragnar invadiram Ruão enquanto subiam pelo rio Sena em 845,[8] e, em resposta à invasão, determinado a não deixar a Basílica de Saint-Denis (perto de Paris) ser destruída,[8] Carlos, o Calvo reuniu um exército e o dividiu em duas partes, posicionando uma em cada lado do rio. Ragnar atacou e derrotou uma das divisões do pequeno exército franco, tomando 111 dos homens como prisioneiros e enforcando-os numa ilha no Sena.[5] Isso foi feito como forma de honrar o deus nórdico Odin,[1] assim como incitar o terror nas forças francas remanescentes.[5]

Os viquingues finalmente chegarem em Paris num domingo de páscoa, dia 29 de março, adentrando e saqueando a cidade.[5][8] Durante o cerco, uma praga se alastrou nos seus acampamentos. Os nórdicos foram expostos à religião Cristã e, após orarem aos deuses nórdicos, realizaram um jejum, seguindo o conselho de um de seus prisioneiros cristãos, e conta-se que a praga diminuiu seu impacto.[10] Os francos não conseguiram organizar nenhuma defesa efetiva contra os invasores,[5] e os viquingues se retiraram apenas após receberem um resgate de 7 000 livres (libras francesas) de prata e ouro, montante equivalente a aproximadamente 2 570 quilogramas (5 670 libras). Considerando a perda de terras que Ragnar sofreu, o pagamento substancial pode ter sido como forma de compensação pela perda, e a invasão em si como um ato de vingança.[9] De qualquer forma, este seria o primeiro de um total de trinta pagamentos do então chamado danigeldo dado aos invasores viquingues pelos francos[1] (apesar de o termo não ser conhecido por ter sido usado nesse momento).[11] Enquanto concordou em se retirar de Paris, Ragnar saqueou diversas cidades ao longo da costa no retorno de sua viagem, incluindo a Basílica de São Bertino.[8]

Embora Carlos, o Calvo, tenha sido severamente criticado por conceder um grande pagamento de resgate aos viquingues, ele possuía outras questões críticas para serem tratadas ao mesmo tempo, incluindo disputas com seus irmãos, revoltas regionais e nobres descontentes, assim como uma pressão internacional. Já que ele teria problemas em confiar em seus próprios condes para organizar tropas com o intuito de derrotar a grande força militar de Ragnar, pagá-los faria Carlos, o Calvo, ganhar tempo, e uma possível paz para futuras invasões viquingues - pelo menos num futuro próximo.[11]

Consequências

No mesmo ano, uma frota viquingue também saqueou Hamburgo,[5] que em 831 havia sido elevada ao posto de arcebispado pelo Papa Gregório IV e por Luís, o Piedoso, com o intuito de vigiar o território Saxão e ajudar a entrada do Cristianismo na Escandinávia.[3] Em resposta, o rei da Frância Oriental, Luís, o Germânico, enviou uma missão diplomática liderada pelo conde Cobão à corte de Horico, pedindo que o rei dinamarquês se submetesse à suserania Franca e pagasse reparações pela invasão. Eventualmente, Horico concordou com os termos e solicitou um tratado de paz com Luís, o Piedoso, enquanto prometia retornar com os tesouros e os cativos da invasão. Horico provavelmente queria assegurar as fronteiras com a Saxônia, já que ele havia enfrentado um conflito com o rei Olavo da Suécia e também estava envolvido em lutas domésticas. No tratado, Luís, o Piedoso exigiu a obediência de Horico, o que depois foi assegurado pelo envio regular de embaixadas e presentes a Luís pela parte de Horico, e pela suspensão de seu apoio aos invasores viquingues.[3]

Apesar de muitos viquingues terem morrido na praga durante o cerco de Paris, Ragnar conseguiu retornar para casa e ao rei Horico. De acordo com uma história originária de um membro da embaixada de Cobão, Ragnar, tendo atacado a Abadia de Saint-Germain-des-Prés, então nos arredores da Paris medieval, e que Cobão futuramente visitou, atribuiu a praga ao poder de São Germano de Paris.[12] Dize-se que quando Ragnar mostrou a Horico o ouro e a prata que havia conquistado, vangloriando-se de como havia pensado que a conquista de Paris seria fácil,[9] ele teria caído em prantos enquanto relatava que a única resistência que havia encontrado teria sido a do santo há muito falecido. Como muitos homens de Ragnar morreram não muito depois, o rei ficou tão amedrontado que ordenou a execução de todos os sobreviventes e a liberação de todos os cristãos cativos. Este acontecimento, em parte, levou Horico a receber o título de "Apóstolo do Norte" pelo Arcebispo Ansgário, em termos amigáveis com seu próprio reino.[12]

Os viquingues retornariam novamente nos anos 860, conquistando saques e resgates. Contudo, em um ponto de virada da história da França, as muralhas da cidade resistiriam contra o grande ataque viquingue do Cerco de Paris de 885-86.



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13/08/2025
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Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


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Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

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(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.