| A polêmica por trás da autoria de uma das fotos mais famosas da história - bbc.com/portuguese | | 2 de agosto de 2025, sábado Atualizado em 04/08/2025 02:14:26
Bui Thu, MyHang Tran, Bui Hai e Grace TsoiRole,Serviço vietnamita da BBC e Serviço Mundial da BBCReporting fromBangkok e Hong Kong2 agosto 2025Uma menina nua, junto com outras crianças, corre com a pele queimada e gritando de dor após ser atingida por napalm.A imagem marcante da Guerra do Vietnã, "Garota Napalm" também tem sido motivo de orgulho e aspiração para fotojornalistas vietnamitas: seu criador, Nick Ut, tornou-se o primeiro e único fotógrafo vietnamita a ganhar um Prêmio Pulitzer.
"Nick Ut foi o escolhido", declarou um fotógrafo vietnamita que preferiu não ser identificado. Reverenciado como "Mestre", Ut mora nos Estados Unidos e viaja frequentemente para seu país natal, onde orientou gerações de fotojornalistas vietnamitas.
Mas, mais de 50 anos depois, a autoria da imagem icônica foi questionada por um novo documentário intitulado The Stringer, que estreou no Festival de Cinema de Sundance em janeiro.
Com a ajuda da tecnologia moderna, o documentário lançou uma alegação explosiva: afirma que a imagem foi tirada por Nguyen Thanh Nghe, um fotógrafo freelancer que agora tem 87 anos.
Em outra imagem do mesmo momento, Nguyen Thanh Nghe pode ser visto segurando uma câmera parecida com uma Pentax (esquerda); à direita, uma figura usando equipamento de proteção que poderia ser Nick Ut pode ser vista no vídeo (direita).Após o documentário, a World Press Photo (WPP) iniciou uma investigação e decidiu suspender a atribuição da imagem a Ut, gerando profunda controvérsia na comunidade fotojornalística."Para derrubar um herói, uma figura lendária, é preciso haver provas convincentes e suficientes", disse outro fotojornalista vietnamita à BBC.Na era digital, é "raro" que uma única imagem tenha tanto impacto, acrescentou. "Devemos ter cuidado. Não devemos permitir que a controvérsia prejudique o legado de uma foto tão importante ou cause mais sofrimento."A autenticidade da imagem não está em dúvida, mas a controvérsia se tornou emocionalmente carregada porque o nome do fotógrafo também faz parte do registro histórico, disse Keith Greenwood, professor associado de fotojornalismo na Universidade do Missouri."A Guerra do Vietnã tem uma história complexa e ainda pode gerar sentimentos fortes. É natural que questionar a foto também alimente alguns desses sentimentos", concluiu.
A foto
A imagem icônica foi tirada após a Força Aérea Sul-Vietnamita lançar um ataque de napalm que atingiu acidentalmente a vila de Trang Bang em 8 de junho de 1972. Kim Phuc, a pessoa fotografada, brincava com o irmão e os primos no pátio de um templo.
Ut trabalhava para a Associated Press (AP) na época. O fotógrafo relatou que os moradores corriam por uma estrada próxima após a explosão. Após fotografar uma avó segurando uma criança, Ut viu Phuc correndo com os braços levantados. Ele correu para tirar fotos até ver a pele dela descascando. Então, jogou água no corpo dela e levou as crianças para um hospital.
Antes das câmeras digitais, os fotógrafos — tanto funcionários de agências quanto freelancers — tinham que deixar seus filmes no escritório. O editor da câmara escura registrava os créditos e revelava o filme. O fotógrafo-chefe então decidia qual foto enviar para a sede da AP.
"Quando voltei ao escritório, gritei: ‘Tenho uma foto muito especial!‘ Todos se viraram para olhar", disse Ut à BBC em janeiro.Ut disse que ficou ao lado do editor da câmara escura, Yuichi "Jackson" Ishizaki, enquanto revelava o filme. Ishizaki rotulou o filme com o nome de Ut e trouxe a imagem para a área principal."Todos viram a foto, e alguém chamou meu chefe, o fotógrafo-chefe Horst Faas, para voltar do almoço imediatamente", disse Ut.De acordo com Ut, Faas chegou antes do editor de fotografia Carl Robinson, e os dois discutiram sobre a publicação da foto. Robinson, responsável pelas legendas, considerou a imagem inadequada por conter nudez. Sua objeção foi rejeitada.No entanto, Robinson relatou uma história muito diferente à BBC.Ele disse que só encontrou Ishizaki e um técnico dentro da câmara escura depois do almoço. Segundo Robinson, os filmes já haviam sido revelados e preparados para análise. Havia duas fotos da mesma cena — uma de lado e outra de frente — em rolos diferentes, enviados por dois fotógrafos.Robinson viu um nome desconhecido no diário de bordo porque o jornalista freelancer não trabalhava regularmente para a AP. "Tínhamos muitos correspondentes vietnamitas. Podiam ser civis ou, às vezes, soldados que ganhavam um dinheiro extra", disse ele.Robinson observou que Faas retornou mais tarde e não houve discussão sobre qual foto enviar. Ele também insistiu que Ut não estava presente durante o processo de seleção das fotos.Robinson contou que, enquanto escrevia a legenda, Faas se aproximou e sussurrou em seu ouvido para dar crédito a Ut, um funcionário da AP. "Não tive coragem de desafiá-lo porque queria ficar em Saigon com minha esposa vietnamita e meus dois filhos pequenos", afirmou.Tanto Faas quanto Ishizaki morreram.
A consciência de Robinson ficou abalada nas décadas seguintes. Ele queria se desculpar com o fotógrafo, mas não conseguia se lembrar do nome dele. Em 2015, com a ajuda de um ex-colega da AP, encontrou o nome de Nghe, mas não conseguiu localizá-lo.Sete anos depois, Ut e Kim se encontraram com o Papa Francisco para celebrar o 50º aniversário da foto. "Finalmente decidi que precisava encarar tudo isso. Não podia continuar virando as costas e esquecendo."Robinson contatou o colega fotojornalista Gary Knight, que concordou em entrevistá-lo, marcando o início de The Stringer.Pouco depois, a equipe de produção do documentário localizou Nghe, que havia se mudado para os Estados Unidos como refugiado após a queda de Saigon, mas havia retornado ao seu país de origem em 2002."Ele estava em silêncio, sem voz, ansioso e com dor — emoções profundamente reprimidas", disse Nghe. "Nada é mais importante do que a verdade."As investigaçõesApós saber que o documentário estava em andamento, a AP iniciou sua própria investigação com base nas imagens disponíveis, entrevistas com testemunhas e uma inspeção das câmeras de Ut.A AP publicou duas reportagens em janeiro e maio e concluiu que não havia evidências definitivas para remover Ut da foto. No entanto, a agência de notícias reconheceu que havia "questões significativas".A AP afirmou que a foto provavelmente foi tirada com uma câmera Pentax, o que contradiz o relato de Ut. Ele alegou que tinha quatro câmeras consigo naquele dia (duas Leica e duas Nikon) e que usou uma Leica para capturar a imagem. Quando questionado pela AP, Ut alegou que não prestou atenção no modelo e acrescentou que Faas explicou que a imagem veio de um rolo usado em uma Leica.No dia da imagem, Nghe foi fotografado segurando uma câmera semelhante a uma Pentax.Tanto o documentário quanto a AP tentaram reconstruir uma linha do tempo com base em filmagens, fotos e imagens de satélite. Imagens de vídeo gravadas logo após a foto ser tirada mostram uma figura borrada, que se acredita ser Ut, bem distante das crianças. O documentário afirma que Ut estava a 60 metros da câmera que fez essas imagens em vídeo, o que significa que ele teria tido que correr após tirar a foto.A AP contestou essa estimativa, situando a figura borrada em uma faixa de 28,8 a 48 metros, com uma margem de erro de 20%. A agência argumentou que o cálculo da distância poderia ser afetado por diversas variáveis e que o documentário também ignorou outras imagens de vídeo e não teve acesso a dois conjuntos de imagens que utilizou em sua investigação.O que acontece agora?Nem a AP nem a World Press Photo afirmam ser capazes de determinar a identidade do fotógrafo. A World Press Photo chegou a sugerir que um terceiro fotógrafo pode ter capturado a imagem.As dúvidas persistem: vários jornalistas presentes no local rejeitaram a versão do documentário como infundada e se recusaram a participar da filmagem.E quanto à foto impressa? Nghe disse que Faas lhe deu uma, mas sua esposa a rasgou, frustrada.Ut afirma ser o fotógrafo legítimo e planeja entrar com uma ação por difamação."As pessoas naturalmente querem saber a verdade por trás da foto", disse o primeiro fotógrafo vietnamita anônimo citado neste artigo. "Precisamos de mais tempo e evidências para saber o que realmente aconteceu", acrescentou.Não há dúvidas sobre o poder que "Napalm Girl" mantém décadas após ter sido tirada, mas as alegações em torno de sua autoria adicionaram uma camada de mistério.
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Vila de Trang Bang, Vietnã Data: 01/01/1978 Créditos/Fonte: Nguyen Thanh Nghe ID: 5811
ME|NCIONADOSRegistros mencionados (1): 08/06/1972 - Vietnã EMERSON
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Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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