Homem na Estrada" é uma canção do grupo brasileiro de rap Racionais MC‘s. Composta por Mano Brown, foi lançada em 1993 no LP Raio X Brasil.
Um homem na estrada recomeça sua vida.Sua finalidade: a sua liberdade.Que foi perdida, subtraída;e quer provar a si mesmo que realmente mudou,que se recuperou e quer viver em paz, não olharpara trás, dizer ao crime: nunca mais!
Pois sua infância não foium mar de rosas, não.Na Febem, lembranças dolorosas, então.Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim.Muitos morreram sim, sonhando alto assim,me digam quem é feliz,quem não se desespera, vendonascer seu filho no berço da miséria.Um lugar onde só tinham como atração,o bar e o candomblé pra se tomar a benção.Esse é o palco da história quepor mim será contada....um homem na estrada.
Equilibrado num barranco umcômodo mal acabado e sujo,porém, seu único lar, seu bem e seurefúgio.Um cheiro horrível de esgoto no quintal,por cima ou por baixo, se chover será fatal.Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou.Até o Ibge passou aqui e nunca mais voltou.Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas.Logo depois esqueceram, filha da puta!Acharam uma mina morta e estuprada,deviam estar com muita raiva."Mano, quanta paulada!".Estava irreconhecível, o rosto desfigurado.Deu meia noite e o corpo ainda estava lá,coberto com lençol, ressecado pelo sol,jogado.O Iml estava só dez horas atrasado.Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim,quero que meu filho nem se lembre daqui,tenha uma vida segura.Não quero que ele cresça com um "oitão"na cinturae uma "Pt" na cabeça.E o resto da madrugada sem dormir, ele pensao que fazer para sair dessa situação.Desempregado então.Com má reputação.Viveu na detenção.Ninguém confia não....e a vida desse homem para semprefoi danificada.Um homem na estrada...Um homem na estrada..Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual.Calor insuportável, 28 graus.Faltou água, já é rotina, monotonia,não tem prazo pra voltar, hã!já fazem cinco dias.São dez horas, a rua está agitada,uma ambulância foi chamada com extrema urgência.Loucura, violência exagerado.Estourou a própria mãe, estava embriagado.Mas bem antes da ressaca ele foi julgado.Arrastado pela rua o pobre do elemento,o inevitável linchamento, imaginem só!Ele ficou bem feio, não tiveram dó.
Os ricos fazem campanha contra as drogas e falam sobre o poder destrutivo dela. Por outro lado promovem e ganham muito dinheiro com o álcool que é vendido na favela.
Empapuçado ele sai, vai dar um rolê.Não acredita no que vê, não daquela maneira,crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo seu café da manhã na lateral da feira,Molecada sem futuro, eu já consigo ver, só vão na escola pra comer,Apenas nada mais, como é que vão aprender sem incentivo de alguém, sem orgulho e sem respeito,sem saúde e sem paz.
Um mano meu tava ganhando um dinheiro,tinha comprado um carro,até rolex tinha!Foi fuzilado a queima roupa no colégio,abastecendo a playboyzada de farinha,Ficou famoso, virou notícia, rendeudinheiro aos jornais, ham!, cartaz à policiaVinte anos de idade, alcançou os primeiroslugares... super-star,notícias populares!Uma semana depois chegou o crack,gente rica por trás, diretoria.Aqui, periferia, miséria de sobra.Um salário por dia garante a mão-de-obra.A clientela tem grana e compra bem,tudo em casa, costa quente de sócio.A playboyzada muito louca até os ossos!Vender droga por aqui, grande negócio.Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim,Quero um futuro melhor, não queromorrer assim,num necrotério qualquer, um indigente,sem nome e sem nada,o homem na estrada.
Assaltos na redondeza levantaram suspeitasLogo acusaram a favela, para variarE o boato que corre é que esse homem estáCom o seu nome láNa lista dos suspeitosPregada na parede do bar.
A noite chega e o clima estranho no arE ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente. Mas na calada, caguetaram seus antecedentes. Como se fosse uma doença incurável. No seu braço a tatuagem "DVC", uma passagem, 157 na lei, no seu lado não tem mais ninguém.
A justiça criminal é implacável. Tiram sua liberdade, família e moral, mesmo longe do sistema carcerárioTe chamarão para sempre de ex-presidiário.
Não confio na polícia, raça do caralhoSe eles me acham baleado na calçadaChutam minha cara e cospem em mim, éEu sangraria até a morte, já era, um abraço!Por isso a minha segurança, eu mesmo façoÉ madrugada, parece estar tudo normalMas esse homem desperta, pressentindo o malMuito cachorro latindoFim de Semana no ParqueA toda comunidade pobre da zona sulChegou fim de semana todos querem diversãoSó alegria nós estamos no verão, mês de janeiroSão paulo zona sulTodo mundo a vontade calor céu azulEu quero aproveitar o solEncontrar os camaradas prum basquetebolNão pega nadaEstou à 1 hora da minha quebradaLogo mais, quero ver todos em pazUm dois três carros na calçadaFeliz e agitada toda "prayboyzada"As garagens abertas eles lavam os carrosDisperdiçam a água, eles fazem a festaVários estilos vagabundas, motocicletasCoroa rico boca aberta, isca prediletaDe verde florescente queimada sorridenteA mesma vaca loura circulando como sempreRoda a banca dos playboys do guarujáMuitos manos se esquecem na minha não cresceSou assim e estou legal, até me leve a malMalicioso e realista sou eu mano brownMe de 4 bons motivos pra não serOlha meu povo nas favelas e vai perceberDaqui eu vejo uma caranga do anoToda equipada e o tiozinho guiandoCom seus filhos ao lado estão indo ao parqueEufóricos brinquedos eletrônicosAutomaticamente eu imaginoA molecada lá da área como é que táProvalvelmente correndo pra lá e pra cáJogando bola descalços nas ruas de terraÉ, brincam do jeito que dáGritando palavrão é o jeito delesEles não tem video-game às vezes nem televisãoMas todos eles têm um dom são cosme são damiãoA única proteçãoNo último natal papai noel escondeu um brinquedoPrateado, brilhava no meio do matoUm menininho de 10 anos achou o presenteEra de ferro com 12 balas no penteE fim de ano foi melhor pra muita genteEles também gostariam de ter bicicletaDe ver seu pai fazendo cooper tipo atletaGostam de ir ao parque e se divertirE que alguém os ensinasse a dirigirMas eles só querem paz e mesmo assim é um sonhoFim de semana do parque sto antônioVamos passear no parqueDeixa o menino brincarFim de semana no parqueVou rezar pra esse domingo não choverOlha só aquele clube que dahoraOlha aquela quadra, olha aquele campoOlha, olha quanta genteTem sorveteria cinema piscina quenteOlha quanto boy, olha quanta minaAfoga essa vaca dentro da piscinaTem corrida de kart dá pra verÉ igualzinho o que eu ví ontem na tvOlha só aquele clube que da hora,Olha o pretinho vendo tudo do lado de foraNem se lembra do dinheiro que tem que levarDo seu pai bem louco gritando dentro do barNem se lembra de ontem, de hoje e o futuroEle apenas sonha através do muroMilhares de casas amontoadasRuas de terra esse é o morroA minha área me esperaGritaria na feira (vamos chegando!)Pode crer eu gosto disso mais calor humanoNa periferia a alegria é igualÉ quase meio dia a euforia é geralÉ lá que moram meus irmãos meus amigosE a maioria por aqui se parece comigoE eu também sou bam bam bam e o que mandaO pessoal desde às 10 da manhã está no sambaPreste atenção no repique atenção no acorde(como é que é mano brown?)Pode crer pela ordemA número número 1 de baixa renda da cidadeComunidade zona sul é dignidadeTem um corpo no escadão a tiazinha desce o morroPolícia a morte, polícia socorro
Aqui não vejo nenhum clube poliesportivo pra molecada frequentar, nenhum incentivo. O investimento no lazer é muito escasso. O centro comunitário é um fracasso. Mas aí se quiser se destruir está no lugar certoTem bebida e cocaína sempre por perto. A cada esquina 100, 200 metros.
Nem sempre é bom ser espertoSchimth, taurus, rossi, dreyer ou campariPronúncia agradável estrago inevitávelNomes estrangeiros que estão no nosso meio pra matar m.e.r.d.a.Como se fosse ontem ainda me lembro7 horas sábado 4 de dezembroUma bala uma moto com 2 imbecisMataram nosso mano que fazia o morro mais felizE indiretamente ainda faz, mano rogério esteja em pazVigiando lá de cimaA molecada do parque reginaTô cansado dessa porra de toda essa bobagemAlcolismo, vingança treta malandragemMãe angustiada filho problemáticoFamílias destruídas fins de semana trágicosO sistema quer isso a molecada tem que aprenderFim de semana no parque ipêPode crer racionais mc´s e negritude junior juntosVamos investir em nós mesmos mantendo distância dasDrogas e do alcoolAí rapaziada do parque ipê, jd. são luiz, jd. ingá, parque araríba, váz de limaMorro do piolho e vale das virtudes e pirajussaraÉ isso aí mano brown (é isso ai netinho paz à todos)"
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.