'Religião e vida social no espaço urbano: comunidades judaicas na Beira Interior em finais da Idade Média - 01/01/2007 Wildcard SSL Certificates
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Religião e vida social no espaço urbano: comunidades judaicas na Beira Interior em finais da Idade Média
    2007
    Atualizado em 31/10/2025 10:55:46

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Religião e vida social no espaço urbano: comunidades judaicas na Beira Interior em finais da Idade Média Isaura Luísa Cabral Miguel Mestrado em História Regional e Localordens não fossem cumpridas a pena seria o açoitamento. D. Pedro regulamenta uma outra lei que diz respeito aos contratos feitos entre judeus e cristãos.1122 Segundo esta ordenação os judeus que fizessem contratos com os cristãos teriam de se apresentar a um juiz, mas se devido a uma razão plausível não pudesse ser presente ao juiz teria de se apresentar perante um tabelião. Junto deste teria de estar um outro tabelião para escrever o contrato, e todos os custos seriam pagos pelo judeu, tendo como testemunhas o próprio judeu e três homens bons cristãos, sendo o negócio feito logo ali. Depois deverim fazer um juramento cada um na sua lei, de que vão respeitar o contrato. Mas se houvesse usura no contrato feita pelo judeu, este perderia o negócio, passando este para o cristão, e perdendo o judeu bens de valor igual ao do negócio. Valor esse entregue à coroa, sem outras punições para o judeu. Contudo se voltasse a fazer esta transgressão o valor a dar à coroa dobraria numa segunda vez e triplicaria à terceira infracção. É igualmente no tempo de D. Pedro que algumas judiarias recebem cartas de confirmação, como é o caso da judiaria da Guarda e de Trancoso na Beira Interior. E é também neste reinado que os judeus começam a prestar serviço militar, junto das tropas reais.

 D. Fernando – reinou de 1367 a 1383 D. Fernando seguiu a linha política de seu pai, e também nomeou judeus para cargos públicos. Também deste reinado se conhecem cartas de confirmação para as comunas da Guarda e Trancoso na Beira Interior1123. A má situação financeira da maioria da população devido à alteração da moeda, e desvalorização da antiga, juntamente com uma guerra com a vizinha Castela, veio incendiar os ânimos cristãos e um dos alvos foram de novo os vizinhos judeus. O povo descontrolado, desrespeita as leis e sujeita muitos judeus a maus-tratos. D. Fernando começa por em 1371 depois das Cortes de Lisboa, a tomar medidas de separação entre judeus e cristãos.

Em Fevereiro de 1378 os judeus de Leiria queixam-se ao rei, de confrontos existentes na semana santa e o rei proíbe que os judeus saiam das suas casas durante as procissões e dias santos cristãos, pois é nesses dias que mais se elevam os sentimentos de ódio aos judeus. Impõe também D. Fernando uma multa de dez libras a cada cristão que ofendesse um judeu.1124

É com D. Fernando que começamos a encontrar o nome de alguns judeus moradores na Beira Interior na Chancelaria régia.  D. João I – reinou de 1385 a 1433

São conturbados os primeiros anos de reinado de D. João I, principalmente para os judeus, que depois da instabilidade ocorrida ainda na regência de D. Leonor, e da guerra luso-castelhana em consequência da crise política de 1383, alguns judeus de maior nível económico vão para Espanha, seguindo D. Leonor.

Em 1391 já com D. João I no poder chegam notícias de conversões forçadas de judeus em Espanha, e de elevado número de mortos em vagas de anti-semitismo. Embora essas ondas de intenso terror não tenham chegado a Portugal, o facto é que o nosso país serviu de refúgio a muitos judeus conversos. Judeus esses que embora tivessem sido convertidos ao cristianismo em Espanha, chegados a Portugal renunciaram à fé cristã. Foi o suficiente para que muitos cristãos portugueses, denunciassem publicamente essas pessoas que rejeitam a fé cristã, com o intuito de se apropriarem dos bens dessas pessoas1125.

Contudo instalou-se um mal-estar latente entre as duas comunidades, e o rabi-mor do reino D. Moisés Navarro, temendo que o clero português também enveredasse pelos actos praticados nos reinos vizinhos, entregou a D. João I em Coimbra, em nome de todos os judeus habitantes do reino, uma bula do Papa Bonifácio IX, datada de 2 de Julho de 1389, baseada no édito de 5 de Julho de 1347, promulgado pelo Papa Clemente VI. Tal bula dizia que nenhum judeu deveria pela força e contra a sua vontade receber o sacramento cristão.1126 Mas se o quisesse receber, a igreja o acolheria de bom grado. D. João I mandou publicar esta lei num decreto de Junho de 1392, promulgando também uma lei com conteúdo idêntico, onde frisava também a proibição de ataque aos mouros.1127

1124Meyer Kayserling, 1122 Ordenações Afonsinas, Livro II, Titulo LXXIII “De como ham de ser feitos os contrautos antre os chrisptaõs e os judeos” 1123 Jorge Martins, “ Portugal e os Judeus”. Dos primórdi[p. 94, 95]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (4):
05/07/1347 - Édito promulgado pelo Papa Clemente VI
01/02/1378 - Judeus de Leiria queixam-se ao rei*
02/07/1389 - Bula do Papa Bonifácio IX
01/07/1392 - Decreto*
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.