REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO PAULO
1 de janeiro de 2020, quarta-feira Atualizado em 24/10/2025 02:37:32
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5. Antonio da COSTA. Foi almoxarife da fazenda real. Em 1592, alegando morar havia muitos anos na capitania e ter mu-lher e filhos, ohteve sesmaria em Angra ("Sesm.", I, 208). Casou em Santos com filha de mestre Bartolomeu GONÇALVES. Creio que eram seus filhos dois órfãos tutelados da capitão Pedro Cubas:
A) Lucrécia da COSTA. Solteira. Falecida em Santos. B) Gonçalo da COSTA. Casou com Agueda de ABREU, fia de Joana CAMACHO e falecica em São Paulo em 1599 ("Inv.", I, 283). Além de um bastardo, teve um filho legítimo: BA) Jorge. Nasceu e. 1597. I1 5 1. Francisco da COSTA. Morava em São Paulo qm 1562. Então com os outros moradores, foi encarregado de tdalhos de fortificação ("Actas", I, 16). Não se percebe no assentamento se era com seus "filhos" que trnha de prestar êsse serviço. Como des-cendente dêle, talvez se possa mencionar: A) Francisca da COSTA. Casada com Braz CBRDOSO e sogra de Gaspar VAZ (GUEI>ES). Já enunciei minha dúvida a êste respeito, em tit. CARDOSO. 5 2. Fmtuoso da COSTA. Veio degredado do reino para a capitania da Espírito Santo. Em 1573, por provisão do capitão-mor Jerônimo Leit.50, entrou em S. Paulo no exercício do cargo de es-crivão da câmara, que teve durante três anos. Casou, creio que c. 1575, ano em que pediu licença para construir em. terreno de herdeiros da viúva de Baltazar Nunes, com Beatriz CAMACHO, que mponho filha de Jerônimo DIAS e N. CAMACHO, e de quem foi primeiro marido. Em 1578, tinha talho de carne. No ano seguinte, porém, em virtude de denúncia de que era degredado, tendo Marcos Fernandes trazido do norte e exibido à câmara o traslado da sentença conde-natória, foi "boicotado". Proibiu-se que lhe comprassem gado para corte (I, 142). Creio que não pôde mais viver em SSn Paulo, onde todavia ainda apafece em 1583, a liquidar suas contas no inventário de Damião Simões. ~érras que êle tinha em Urubuapira, sua mulher, provàvelmente já viúva, vendou-as a Henrique da Cunha, tendo como ~irocnrador, o depois seu segundo marido Belchior da Veiga, ou o pai deste. Têve, tutelados de seu coneunhado Domingos LUÍS, o CAR-VOEIRO, os seguintes filhos: A) Antônio da COSTA. Suponho ser o que oasou com Ma-dslena AFONSO, filha de Afonso DIAS e Madalena AFONSO. (Silva Leme, I, 15, corrigindo-se, porém, a filiqão desta e a ordem[p. 329]
teiro que se chama Boa Vista, que é cousa de três léguas pouco mais ou menos conforme a doação" (Rev. do I. H. e G. de S. P. ", XLIV, 255) - Comparem-se a esta sumária descrição da testada "da ses-maria", que nos deu Frei Gaspar, as que se encontram em registros dos bens da Ordem do Carmo de Santos, que adiante cito. São estw as terras que na realidade só foram ocupadas no litoral, mas cujos fundos "no papel", !ongamente se estenderiam até o possível Natu-ralmente foi com êsses fundos que a fazenda no inventário foi avaliada em oitocentos cruzados. Tal era a fantástica sesmaria, pequena. parcela dos vultosos bens de inventário. - Deixou Braz CUBAS filhos naturais de que não se tem relação completa, por ter desaparecido o seu testamento, o qual creio que nem Frei Gaspar‘ ehegou a conhecer. Aos interhes dp seu sucessor não convinha a conservaqáo dêsse documento. Apenas podemos citar : (AA) Isabel CUBAS. Natural de Santos. Casou em 1557 com Faulo de PRO-ENÇA (v. PROENÇA, § 1). Com geração. BB) Fulana CUBAS. Natural de Santos. Casou c. 1578 com Manuel VELOSO DA ESPAUHA (v. VELOSO, g 1). BC) Jerõnima CUBAS. Natural dc Santos. Casou antm de 1599 eom Manuel PEIXOTO (v. PEIXOTO. § 1).
BD) Pedro CUBAS. Natural de Santos, Casou com a viúva do seu sobrinho Antônio de PROENÇA. Como já referi, foi procu-rador do pai nos últimos anos em que êste viveu, e parece que tam-bém o subst.ituiu em funções oficiais. Depois da morte dèste, não ten-cio sido arrolado como herdeiro no inventário, por ser filho natural, requereu a derrogação do testamento paterno na parte em que o pm-jcdicava. - Conforme a sua versão, colhida afinal pela justiça "em 1603", Bras CUBAS requerera a el-rei a sua legitimaçáo, esta fora concedida em 1587, e em 1592 ainda se ignorava a despacho dado à pe tiçáo. Por esse motivo, não aparecia o seu nome como legitimado no testamento. Fosse como fosse, em 1603 conseguiu êle derrogar o tes-tamento e constitnir-se herdeiro e sucessor do pai. Antes disso, porém, mortos Braz CUBAS e Rodrigo Álvares, deu êle andamento ao pleito antes iniciado e suspenso, a fim de enxotar do Tatuapé o sucessor de Itodrigo Alvares. E tendo Jorge Neto Falcão, que comprara as hen-feitorias, obtido carta de sesmaria,das mesmas terras do capitão-mor Koque Barreto, protestou contra esta concessão em março de 1602 (Doe. do Cmo, ant. ma$o 16), e prosseguiu na ação de despêjo. Tinha obtido em 1600 uma sesmaria em Cabo Frio ("A.D.F.", 11, 464) ; vendeu-a em 1602 à Ordem do Carmo (Leite Cordeiro, ob. cit.) Em 1604 deu ohãos à mesma Ordem em Santos, para alargamento da cêrca do Convento. Entrou em eomposi@o com os confrontantes das tertas do Jurubatuba que constituiam a sesmaria de 1536 e foram napartilha "abotecadas" à têrça, em benefício da capela de que era ad-ministrador. Aforou essas terras a’ diversos, alcaticando em 1610 sentença de excomunbão contra os que não pagasse111 os foros deGidos. Em 1614 pediu confirmacão de uma s-s-maria no litoral, que tinha sido concedida a seu pai e não constava do inventário ("Sesm.", I, 214).
Em 1616 vendeu casas em Santos a Baltazar Fernandes, seu sobrinho por afinidade. El-rei não sòmente o tinha legitimado em 1387, como nesse mesmo ano ou depois o fez moço da câmara real. Sucedeu ao pai eoino pro-vedor e aleaide-mor. E foi capitão-mor loco-tenente do donatário de 1605 a 1607, assim como interinamente em 1614. -Tendo em 1628 fei-to o seu testamento, que não desapareceu dos arquivos, con~o aconteceu ao do pai, faleceu sem deixar descendentes e instituiu herdeira de seus bens a Ordem do Carmo de Santos. - Pela morte de Pedro CUBAS, foram transferidos a esta os inalienáveis bens da sesmaria quinhen-tista, verdadeiros nus - os que tinham sido avaliados em menos de nil cruzados alguns anos ant.es, outros de fictício ~alor, que o teriam incalculável se t.ir.essem consistência. Tornaram-se, pois, os carme-litas senhoi’es de fato do "bem de família" instituido por D. Ana Pi-xentel em favor de Braz CUBAS e seus descendentes. E, ressusci-tando a questão em que já se tinha patenteado e frustrado monstruoso grilo, cujo autor consciente em tempo deixara perecer, promoveram nova demarcacão da sesmaria, esta judicial, mas com o mesmo insa-nável defeito da que Braz CUBAS esboçara em 1567, demarcacão, em suma, n5o do imóvel como pega inteiriça, com esta ou aquela tes-tada, mas de dois blocos distintos e inteiramente disconexos, dos quais já longamente tratei. Demarcaram primeiro as terras do litoral, em que nenhuma resistência encontraram. A testada aí continuou sendo a costa que se estende da barra do Jurubatuba. à do ribeirão da Boa Vista, como a estabelecera em 1545 Braz CUBAS. Depois, saltando a serra e atravessando a distância que a separa do local da extinta vila de Santo André, dai Fumaram para São Paulo e tentaram fazer a demarcação pelo caminho e dentro da própria vila. A essa dili-gência opôs embargos a câmara ("Rev. do I. H. e Cf. de S. P.", XLIV, 257-258). - Já demonstrei que o rumo tirado daquela testada, longe de atingir São Paulo, na mesma latitude passaria muitíssimo a E. de Mogi das Cruzes. Isso não viram os padres. Como tinha sonhado Braz CUBAS, quando, invadindo terns dos Góis, que êstes tinhani deixado em abandono, iniciou o seu movimento de conquista de terras já povoadas, a W. das suas, t,ambém abandonadas, mas se deteve no Pequeri (1561), e tentou continuá-lo, pondo marcos mais ao S., a três Iégnas de São Paulo (1567) ; como também sonhou Pedro CUBAS, so atravessar no mesmo rumo o ribeirão Tatuapé (1601) ; mais [p. 342]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.