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Vozes do sertão: as narrativas regionais e a afirmação simbólica do antigo
    1 de janeiro de 2013, terça-feira
    Atualizado em 02/07/2025 14:01:24

  
  


desses estudos que autores pouco ou nada conhecidos por não possuírem lugar nas histórias daliteratura brasileira encontrariam alguma ressonância, daí a constituição de histórias tais como aHistória da literatura mineira, de Martins de Oliveira, a História da Literatura do Rio Grande doSul, de Guilhermino César, e os ensaios historiográficos sobre as produções em Goiás, de GilbertoMendonça Teles. No caso do recém-criado Estado do Tocantins, a possível existência econfiguração de uma literatura que carregasse o adjetivo tocantinense acarretaria alguns impassessignificativos.Poderíamos encontrar como impasse para a afirmação da existência de uma literaturaprópria do Estado o fato de que, antes pertencente a Goiás e seu circuito cultural, a produção doantigo sertão de Goiás já estaria, mesmo que minimamente, representada nos estudoshistoriográficos, como o de Teles, referentes à literatura de Goiás. E, além disso, como afirmou opresidente da Academia de Letras Goiana em entrevista sobre o tema, não haveria distinçãopossível entre “literatura goiana e tocantinense”, uma vez que pertenceriam a um mesmo filãoregional, responsável por conferir às obras características estéticas e temáticas semelhantes. Seriaentão, necessário impor os limites e por quê?Se por um lado há afirmações que indicam a inexistência de uma literatura que pudessetalvez portar o adjetivo de “tocantinense”, como a do mencionado presidente da academia goiana,por outro há aquelas que buscam e defendem uma autonomia, representativa não somente emtermos estéticos culturais, mas políticos e sociais, uma vez que a arte não deixou de ser umelemento importante de afirmação identitária. Prova disso seja, talvez, o fato de que foi criada em1991, apenas 3 anos após a emancipação do norte goiano e criação do Estado, a AcademiaTocantinense de Letras, cuja cadeira número 1 é ocupada pelo atual governador Siqueira Campos.Em cerimônia de inauguração, registrada em ata, alguns oradores insistiram em frisar aindependência artística do Estado: “O Tocantins é rico de valores literários: poetas, escritores emvários gêneros, grandes oradores, notáveis de letras, possuidores de talento, nada têm a perderpara os filhos de outros Estados.” (apud FILHO, 2005, p.48).Ana Braga, uma das fundadoras da Academia, defendeu em texto publicado em 2012 asingularidade da produção literária do Tocantins e desenhou um breve panorama histórico que, alémdos autores representativos, indicou uma origem, uma “nascente literária” que
iniciou-se sobre as pisadas dos missionários vindos do Grão-Pará, conforme se lêna revista Memórias Goianas, vol. I a III. Em 1574, o reino ordenou a organizaçãode uma Bandeira com o objetivo de se descobrir a “Lagoa do Ouro” e nomeouDomingos Garrucho, para chefiá-la. Garrucho partiu da Capitania de São Vicente,rumo ao interior brasileiro, seguindo antigos roteiros, com o fim: conhecer ossertões de Goiás(...). (BRAGA, 2012)1
E não apenas uma origem, comumente passo inicial para a composição de uma histórialiterária, foi apontada, como também os traços que dariam especificidade a essa literatura: “Aliteratura tocantinense (...) é nativa, quanto mais se prende à terra a que se refere o autor. O autorpode ser, ou não, tocantinense; também sua criação literária pode ser, ou não, escrita no Tocantins,porém, o autor sendo tocantinense a sua literatura será tido, como o é o seu autor.” (BRAGA, 2012).Os temas ligados à terra são aqui colocados como medida de autenticidade da literatura“tocantinense” e, por tratar-se de um Estado em que grande parte da população veio de outrasregiões, os autores são selecionados por sua participação na vida social e cultural da comunidade –o critério de nascimento não é utilizado como fator de inclusão ou exclusão de autores, o que seriainviável (o que vai ao encontro do que afirmara Antonio Candido no trecho inicialmente transcrito). Vários autores foram alinhavados na linha histórica construída por Ana Braga e a estes, decerta forma, são dados leitores a partir da exigência de obras regionais no vestibular. Dessa forma asobras começam a circular, ainda que sem um respaldo ou trabalho crítico de maior fôlego quepossa, dentro de um circuito local, avaliar criticamente as produções, estimulando a leitura, sem [p. 4 do pdf]




  


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