CARTOGRAFIA DAS RELAÇÕES - As condições da produção intelectual e os percursos da escrita histórica de Jaime Cortesão no Brasil (1940-1957) - 01/01/2015
CARTOGRAFIA DAS RELAÇÕES - As condições da produção intelectual e os percursos da escrita histórica de Jaime Cortesão no Brasil (1940-1957)
2015 Atualizado em 31/10/2025 12:35:11
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CARTOGRAFIA DAS RELAÇÕES - As condições da produção intelectual e os percursos da escrita histórica de Jaime Cortesão no Brasil (1940-1957)verdadeiro prólogo à penetração nos sertões”. As Atas da Câmara de São Paulo são apresentadas então na exposição como importantes documentos a respeito do surgimento dessa criação de gado, difundida então nos “campos” do planalto. Da criação da Câmara, em 1560, diz-se que a sua instalação, ao lado do Colégio, faz dela “baluarte do espírito de liberdade e autonomia e defesa do sentido de vida independente e expansionista, que havia de caracterizar o bandeirismo”.O texto introdutório indica sobre a preparação dos documentos para a exposição ao mencionar que das dezenas de mapas resultados das primeiras entradas nos sertões, quase todos inéditos, dois tinham sido selecionados: o de Bartolomeu Velho (1562) e o de Luiz Teixeira (c. 1584). No primeiro, o Brasil é figurado como uma ilha, limitada pelos rios Paraguai e Tocantins, unidos pela lagoa Eupana. Apresentam-se também os rios Paraná, Piqueri, o Salto do Guairá e os rios que levam a Assunção “resto evidente das viagens comerciais dos vicentistas àquela cidade”. O segundo, de Luís Teixeira, registra a “região explorada por Jerônimo Leitão”, apresentando “pela primeira vez segundo cremos”, o vale do Paraná e os seus afluentes da margem esquerda: “Imbi (Anhembi); Parapenem (Paranapanema); Ubay (Ivaí); Pequiri e o Guaiçu (Iguaçu)”. De acordo com o texto, o documento que provavelmente apresenta “um primeiro traçado hidrográfico, tão importante para a história da formação do Brasil”, pode também ser o primeiro a mencionar e a situar, “com relativa exatidão, o Anhembi ou Tietê”.
Continuando sobre os mapas da seção, as únicas peças destacadas no texto introdutório, Cortesão lembra o mito geográfico que também deu à lagoa do interior do continente o nome de Dourado ou do Ouro, chamando a atenção “para a fotocópia dum alvará de nomeação, por el Rei D. Sebastião, de Domingos Garrucho para ‘mestre do Campo Geral da jornada de descobrimento da lagoa que chamam do Ouro’”. O documento de 1576 pode indicar “o primeiro projeto de descobrimento da Lagoa do Ouro, que foi, alguns anos volvidos, o alvo, conforme o testemunho de frei Vicente do Salvador, da entrada de Gabriel Soares de Sousa”. No texto, Cortesão lembra que Garrucho era morador da capitania vicentina.
O processo descrito, discutido nos seus pormenores em A fundação de São Paulo: capital geográfica do Brasil (1955), foi então apresentado em 14 painéis e dez vitrines na terceira seção da exposição.258 A seção foi aberta com um mapa da Vila de São Vicente, reproduzido do original de Alonso da Santa Cruz, cosmógrafo espanhol que esteve na região em 1530. A legenda identifica o autor da carta, registrando também o que disse sobre a região: “um povoado de dez ou doze casas, uma feita de pedra com seu telhado e uma torre para defesa contra os índios e, tempo de necessidade”. A legenda comunica também que no local viviam náufragos, entre eles Gonçalo da Costa e que “nessa povoação e nesses povoadores afunda suas raízes a futura vila de São Paulo de Piratininga”, identificando assim uma “pré-fundação”de São Paulo, um marco inicial do processo que se estendeu pelas décadas seguintes e que não se encerra na data de 25 de janeiro de 1554.
Os primeiros povoadores de São Vicente são representados por Manuel Lapae na sequência por painéis ou destaques especiais para cada um deles: João Ramalho, Gonçalo da Costa e Antônio Rodrigues. Na legenda, um trecho selecionado do Diário de Pero Lopes de Sousa (1532) deu sentido às três figuras, narrando as determinações do capitão Martim Afonso e de seu grupo: “A todos nos pareceu tão bem esta terra que o capitão determinou de a povoar e deu a todos os homens terras para fazerem fazendas”, fazendo uma vila na ilha de São Vicente e outra “nove léguas dentro, pelo sertão, à borda de um rio que se chamava Piratininga”, repartindo as pessoas nas duas povoações e dotando-as das estruturas pertinentes de então. Um retrato de Martim Afonso também por Manuel Lapa, é apresentado em destaque na sequência, outorgando-lhe, junto ao rei de Portugal, “a glória (...) de ter fundado a vila de Piratininga, na consciência das suas vantagens de posição como base da formação territorial do Brasil”, glória esta baseada na Carta da Imperatriz. Comunicava-se assim o sentido da fundação de São Paulo em relação à história da formação territorial do Brasil, fruto de determinações da Coroa.Nas vitrines a seguir, documentos expostos, emprestados do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, apresentavam registros relacionados às ações de Martim Afonso, Pero Lopes e João Ramalho concernentes ao processo de povoação, deslocamentos, sesmarias. Duas pedras quinhentistas também complementam o quadro dos anos iniciais da colonização: do Museu Paulista, ambas fazem parte do acervo permanentemente exposto pelo museu na atualidade.[p. 148, 149]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.