14 de abril de 2001, sábado Atualizado em 25/11/2025 21:58:36
Em agosto de 1769, na remota praça militar de Nossa Senhora dos Prazeres do Iguatemi, o militar português Teotônio José Juzarte teve a boa fortuna de avistar um espetacular cometa, cuja "cauda muito comprida" atravessava a madrugada e iluminava o céu do sertão. O grande cometa daquele ano, "descoberto" pelo astrônomo francês Charles Messier e objeto da observação do capitão James Cook nos longínquos mares do Sul, também foi o sinal sob o qual nasceu uma das principais figuras da era das revoluções: Napoleão Bonaparte.
Mas, na fronteira tensa entre as Américas portuguesa e espanhola, esse evento astronômico foi de impacto menor. Para Juzarte, que o registrou em seu "Diário da Navegação do Rio Tietê, Rio Grande, Paraná e Rio Iguatemi", o cometa foi "digno de ponderação" e certamente serviu para distraí-lo e aos demais habitantes da praça do constante medo provocado por ameaças mais imediatas.Leitura cativante, o "Diário da Navegação" narra as peripécias e sofrimentos dos homens, mulheres e crianças que partiram de Araritaguaba (atual Porto Feliz) no dia 13 de abril de 1769, na expedição que levava soldados, povoadores e suprimentos para a recém-fundada praça de Nossa Senhora dos Prazeres, às margens do rio Iguatemi e na boca de um vasto sertão, tão hostil quanto desconhecido. Os primeiros dois meses e dois dias, tempo gasto na viagem fluvial, ganharam um registro diário, documentando o duro cotidiano do "sertão oculto e habitado por muito gentio". O restante da obra oferece um breve resumo mensal dos fatos notáveis ocorridos na praça de Iguatemi ao longo dos quase dois anos em que Juzarte permaneceu naquele "apavorante presídio", nas palavras do historiador paulista Afonso Taunay.
Sob encomendaReeditada na coleção uspiana "Brasil 500 Anos", a obra de Juzarte não é um diário no sentido estrito do termo. O "Diário da Navegação" foi escrito sob encomenda, seguindo as recomendações explícitas do capitão-general de São Paulo, d. Luís Antônio de Souza Botelho e Mourão, o Morgado de Mateus. Tudo indica que Juzarte escreveu seu "Diário" depois de regressar a São Paulo, talvez a partir da memória, talvez a partir de anotações esparsas.Os indícios aparecem no próprio manuscrito do Museu Paulista, que, aliás, não é original, pois não está escrito com a letra do autor. Nas primeira páginas, o texto anuncia a extensão total da viagem e, ademais, menciona-se o autor enquanto sargento-mor, cargo ao qual Juzarte foi nomeado apenas em 1773, ou seja, quatro anos após o início do "Diário".
Não é de estranhar esse fato, considerando-se as condições da viagem. As cachoeiras, a chuva, o bolor e os bichos mostravam-se impiedosos com o papel, sem falar dos equipamentos e das pessoas. Numa passagem curiosa do "Diário", Juzarte dá a entender que os viajantes tomavam cuidados especiais com o papel. A certa altura, num pouso à margem do rio Pardo, a expedição topou com umas "cartas de uns cuiabanos (...), as quais costumam deixar dentro em uma cava que se faz de uma grossa árvore (...), de sorte que outro viandante, que passa, as conduz".
O "Diário" vem salpicado de muitos outros detalhes fascinantes, permitindo vislumbrar aquilo que Sérgio Buarque de Holanda chamou de "civilização adventícia", cujo caráter móvel deixava rastros antes de povoados fixos. Em sua descrição da partida da expedição, Juzarte demarca claramente a ruptura entre o povoado e o sertão. Consolidada nas representações iconográficas posteriores de Adrien Taunay, Hercules Florence e Almeida Júnior, a partida da monção da vila de N.S. Mãe dos Homens de Araritaguaba constituía um evento solene.
"A este tempo todas as pessoas estão confessadas e sacramentadas, porque daqui para baixo não há mais igrejas, nem sacramentos", escreve o sargento-mor. Todos os viajantes e os moradores da vila se ajoelhavam "sobre o barranco do rio", enquanto se entoava a ladainha de Nossa Senhora. Já os "homens de mareação" ficavam nas canoas, "cada um no seu lugar, e os remos alvorados com as pás para o ar". Em seguida, o pároco benzia cada canoa, davam-se "muitas salvas de espingarda" e a primeira canoa partia, "levando a sua bandeira larga". Afastando-se a primeira canoa 150 braças rio abaixo, partia a segunda e assim por diante as demais 34 embarcações, carregadas de quase 800 pessoas, que "a pouca distância se acham em um sertão onde não há mais que a Divina Providência".
Medo e morte
Em contraste com a ordem do ritual da partida, a desordem da viagem fluvial transparece nos inúmeros desafios e tribulações que enchem as páginas do "Diário".
Assolados pela fome, acometidos pelas doenças, assediados pelos bichos e ameaçados pelo índios, os navegantes dos rios Tietê, Paraná e Iguatemi conviviam intensamente com o medo e a morte. A natureza, nesse relato, longe de exuberante e admirável, antes se mostra tenebrosa e abominável: são as cachoeiras que afogam os homens, as nuvens de insetos que deixam as vítimas "como se tivessem bexigas", os índios que meteram tantas flechas num menino que "parecia um São Sebastião". Os nomes das corredeiras e cachoeiras, frequentemente em tupi, denotam a força bruta da natureza ou encapsulam a memória de vítimas passadas: Avaremanduava é traduzido por Juzarte como "Onde foi a pique um jesuíta", Ixaxiririca é a "Água que ferve", Anhangaratá é o "Canal do Inferno", Putunduva é "Onde a vista se faz escura".Outras guardavam simplesmente o nome daqueles que também foram a pique: Dugarcia, Matias Peres e Cachoeira do Cubas vêm com a anotação de que se "perdeu este homem nela".O autor faz uma pequena digressão sobre a cachoeira de Avaremanduava, reveladora dos laços que os paulistas e os índios da expedição mantinham com o passado, em que a relação com o sertão mesclava história e misticismo. Segundo contaram a Juzarte, o jesuíta acidentado teria sido "um religioso de virtude chamado o p. José de Anchieta, o qual andava catequizando aos índios". Achando que o Abaré havia se afogado, despacharam um mergulhador índio para resgatar o corpo. Chegando ao fundo, achou o padre "vivo sentado numa pedra rezando no seu breviário, e por isso ficou o nome a esta cachoeira de Abaramanduaba".
Para além das cachoeiras, a morte rondava a expedição de maneira constante. No dia 15 de abril, por exemplo, segundo o sargento-mor, "amanhecemos como quem passou uma noite tão tenebrosa e perigosa, e achamos uma criança morta à qual se deu sepultura no mato, amanhecendo uns com fome e todos molhados de chuva". Mais adiante, já às margens do Iguatemi, a narrativa de Juzarte ganha dramaticidade ao relatar o terrível ciclo de doenças, fome e pragas de bichos que agravava a situação.
Em agosto de 1769, o precário acampamento foi atacado por uma sequência de seis "imundícias": primeiro "uma quantidade de ratos", depois pulgas, terceiro "uns bichos grandes felpudos, nojentos e muito moles", quarto uma "imensidade de baratas", quinto grilos que "roeram e despedaçaram com grande estrago toda a roupa de todos os povoadores" e, finalmente, nuvens de gafanhotos que "escureciam o sol", à semelhança de "coisas sobrenaturais". Nessa conjuntura, a fome chegou a um ponto crítico: "a ração não excedia a um prato de feijão para dez dias para cada pessoa, e outro de milho, e nada mais". Nessas condições, seis meses após partir de Araritaguaba, haviam morrido 37 pessoas e mais de 60 encontravam-se gravemente doentes.
Outra ameaça que rondava a expedição era o permanente espectro de um ataque indígena. Mas, se Juzarte evoca com habilidade o pavor que se tinha dos índios, a descrição dos povos nativos em si é decepcionante, muito inferior a outros relatos coevos. O "Diário" faz menção casual da presença de índios Cauã (caiová) e Cavaleiros (guaicuru) nas imediações de Iguatemi, porém quando descreve em maiores detalhes os aspectos dos índios inimigos, parece tratar-se de grupos "coroados" (kaingang, ofaié ou caiapó do sul), pois "têm na cabeça uma coroa à semelhança de Frade Bento". Ao que parece, Juzarte só conhecia os índios da expedição, em sua maioria bororos, grupo que havia se juntado aos paulistas desde a década de 1730 para combater os caiapós; muito provavelmente, era do ponto de vista desses bororos que vinha a imagem dos bárbaros inimigos. De qualquer modo, o contato com vestígios de roupas "com as roturas das flechas e também untadas de sangue" foi próximo o suficiente para o sargento-mor.
Emocionante aventuraIxaxiriricaAo cabo dessa "viagem tão impertinente, tão perigosa e tão dilatada", o leitor se sente recompensado por ter acompanhado o sargento-mor numa emocionante aventura pela acidentada e encachoeirada história da expansão territorial. Esta nova edição, organizada pelo historiador portofelicense Jonas Soares de Souza e por Miyoko Makino, do Museu Paulista, traz ainda uma reprodução integral do manuscrito, complementado pelo antes inédito "Plano em Borrão de Todos os Rios e Todas as Cachoeiras", elaborado por Juzarte para acompanhar o seu "Diário". Documento insólito, o "Plano em Borrão" inclui mais de 50 estampas aquareladas, esmiuçando o curso dos rios entre Araritaguaba e Iguatemi.
As primeiras estampas são de grande interesse, pois identificam um número considerável de sítios espalhados ao longo do rio Tietê, demarcando a marcha do povoamento. Também cabe destacar o valor estético e iconográfico das últimas duas estampas, onde a cartografia dos rios é enquadrada por uma borda cuidadosamente estilizada e digna de um estudo à parte.
Esta nova edição do "Diário da Navegação" representa uma sensível melhora em relação às edições anteriores, inclusive a versão publicada em 1999 pela Editora da Unicamp, que, apesar de organizada pelo mesmo Jonas Soares de Souza, foi elaborada de maneira pouco cuidadosa. A transcrição foi revista, retificando os erros e a falta de consistência ortográfica que maculam as outras edições, o que torna a leitura mais fácil e agradável. Ainda assim, persistem algumas imperfeições. Os critérios adotados para a atualização da ortografia e da gramática (sobretudo na supressão e acréscimo de vírgulas) são pouco claros.
É estranha, por exemplo, a opção pela grafia "Gatemi" em vez de "Iguatemi", quando todos os outros nomes no "Diário" são atualizados e padronizados. Na página 81, a compreensão é prejudicada quando se lê "erramos só nove pessoas com três tiros", onde no manuscrito aparece "éramos só nove pessoas com três tiros" (pág. 313). A exemplo das edições anteriores, esta também ressente-se da falta de mais notas explicativas (há apenas uma no fim do "Diário"), situando personagens, lugares, eventos, povos indígenas e outros detalhes.
Finalmente, apesar do capricho na apresentação visual do texto e na reprodução de imagens, a editora cometeu dois deslizes sérios que atrapalham a apreciação da obra. Primeiro, deixou de identificar a autoria da "Apresentação" e do pequeno estudo final sobre "As Imagens de um Rio - Tietê". Mais grave, enxertou incorretamente as notas do estudo final bem no meio da transcrição do "Diário da Navegação" (pág. 31), o que deve confundir o leitor desavisado. De qualquer modo, nesses tempos em que se retoma a velha e boa tradição de transcrever e editar documentos manuscritos, a nova edição do relato de Teotônio José Juzarte é "digna de ponderação", como diria o sargento-mor.John M. Monteiro é professor no departamento de antropologia da Universidade Estadual de Campinas e autor de "Negros da Terra" (Companhia
Rio Anhemby / Tietê
Nheengatu
José de Anchieta
Porto Feliz/SP
Rio Anhemby / Tietê
Nheengatu
Gentios
Rio Pardo
Porto Feliz/SP
Cuiabá/MT
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.