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História chocante de mulher medieval que matou ex-amante padre é revelada por cartas - revistagalileu.globo.com
    6 de junho de 2025, sexta-feira
    Atualizado em 20/06/2025 04:53:42

  
  


Por Arthur Almeida - Como parte do projeto “Mapas de Assassinatos Medievais”, iniciativa que investiga registros de mortes não naturais na Inglaterra do século 14, um criminologista da Universidade de Cambridge descobriu novas evidências a respeito do assassinato do padre John Forde, que teve a garganta cortada em uma movimentada rua de Londres há quase sete séculos.

Ao que tudo indica, o homicídio foi uma vingança orquestrada por uma nobre com quem o religioso supostamente já tinha trabalhado em uma gangue e até desenvolvido um relacionamento de teor sexual.

Tal conclusão foi obtida por meio da leitura crítica de uma série de cartas trocadas na época. Os documentos acusam a aristocrata Ela Fitzpayne de práticas de adultério e ainda de conspirar com seu marido, Robert, e o padre Forde para liderar extorsionários.

As descobertas foram registradas em artigo científico na revista Criminal Law Forum, publicado nesta sexta-feira (6), e em alguns episódios do podcast Medieval Murders. Além disso, as cópias digitais do relatório do legista e das cartas trocadas ainda foram compartilhadas no site do projeto.

A mulher do padre

Manuel Eisner, investigador que lidera o projeto, encontrou uma carta do arcebispo de Canterbury, Simon Mepham, ao bispo de Winchester, enviada em janeiro de 1332, sobre Ela Fitzpayne. O documento acusava a mulher de ter relações sexuais com “cavaleiros e outros, solteiros e casados, e até mesmo com clérigos em ordens sagradas”.

Na época, o padre John Forde atuava como reitor da igreja de Okeford Fitzpaine, uma vila na propriedade da família Fitzpayne, em Dorset. Isso pode tê-lo aproximado de um casal de barões, sobretudo de Ela.

Um registro de março daquele mesmo ano aponta que o casal e o padre estavam por trás de um ataque a um mosteiro religioso. Na ocasião, eles teriam destruído portões e edifícios, derrubado árvores e saqueado uma pedreira, apreendendo no processo até 18 bois, 30 porcos e 200 ovelhas e cordeiros.

Embora as conexões permaneçam um pouco obscuras, as informações sugerem que Forde deixou de fazer parte do grupo criminoso dos Fitzpaynes e de ter relações sexuais com Ela pouco tempo depois disso. As evidências apontam ainda que o padre denunciou os crimes da mulher à Igreja como forma de reforçar sua aliança com a instituição religiosa.

Punição pelos crimes

Como punição por seus comportamentos, Ela Fitzpayne foi proibida de usar ouro, pérolas e outras pedras preciosas, além de ser multada em um grande valor, a ser pago às ordens monásticas. Mas a pior penitência era uma caminhada da vergonha anual, que ela deveria realizar descalça por toda a extensão da Catedral de Salisbury carregando uma vela de cera até o altar a cada outono, durante sete anos.

Outras cartas trocadas indicam que a mulher, “guiada pelo espírito de orgulho e pelo diabo”, recusou-se a pagar suas penitências. Ela ainda abandonou o seu marido e se mudou de Londres para Rotherhithe, o que a fez ser, por fim, excomungada.

Por mais que Forde tivesse sido citado nas cartas como amante e parceiro nos crimes cometidos pela mulher, ele parece não ter sofrido qualquer tipo de punição. Em comunicado, Eisner sugere que isso pode ter ajudado a despertar a sede de vingança que a levou a encomendar a morte do padre.

“Humilhação pública pode ter efeitos venenosos, gerando ódio e vingança nos humanos tanto hoje quanto no passado distante”, observa o autor. “Sentir-se inferiorizado motiva guerras, extremismo e, neste caso, assassinato. A raiva e vergonha pode se transformar em um desejo de violência a longo prazo”.

Encomenda de morte

Os documentos mostram que Ela Fitzpayne esperou até 1337 para enfim se vingar de John Forde. O assassinato foi praticado por três pessoas, uma usou uma adaga de 30 centímetros para abrir a garganta do padre, enquanto seus companheiros o esfaqueavam na barriga.

Uma vez que o crime foi cometido na frente da Catedral de São Paulo, logo no início da noite, quando a movimentada rua Cheapside ainda estava cheia de transeuntes e comerciantes, não foi difícil identificar os agressores. Eles eram Hugh Lovell, irmão de Fitzpayne, e dois de seus ex-funcionários, Hugh Colne e John Strong.

“O estilo de execução pública do assassinato de Forde, diante de multidões em plena luz do dia, é semelhante aos assassinatos políticos que vemos agora em países como Rússia ou México. Foi concebido para ser um lembrete de quem está no controle”, lembra Eisner. “Onde o Estado de Direito é fraco, vemos assassinatos cometidos pelos mais altos escalões da sociedade, que tomarão o poder em suas próprias mãos, seja hoje ou sete séculos atrás”.

Mesmo com a identidade conhecida dos assassinos, apenas um deles chegou a ser detido. O antigo servo de Fitzpayne, Colne, foi indiciado pelo crime cinco anos depois, em 1342, e preso em Newgate.

“Tentativas de humilhar publicamente Fitzpayne podem ter sido parte de um jogo político, já que a igreja usou a moralidade para impor sua autoridade à nobreza”, conclui Eisner. “Juntos, esses registros sugerem uma história de extorsão, sexo e vingança que expõe tensões entre as camadas sociais da Inglaterra, culminando em um assassinato no estilo da máfia”.



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.