O marques de Jango - https://oestadoce.com.br/opiniao/o-marques-de-jango/
27 de janeiro de 2017, sexta-feira Atualizado em 19/06/2025 08:44:05
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PorCristiano SilvaInocêncio Marques de Araújo Góis, meu xará, Barão de Araújo Góis, segundo o genealogista Luís Antonio Alves, foi agraciado com esse título da nobreza, numa relação de centenas de nomes. Trata-se de um ardil do Império, a fim de manter equilibrado seu poder, numa política de governo obscurantista, diante das classes sociais mais baixas.Não obstante os Marques, para uns de origem portuguesa, sejam considerados uma das estirpes mais populares do Brasil. Ainda, a respeito desse sobrenome, esse experimentado cientista gaúcho, no seu livro “Memorial Açoriano”, para quem a índia Bartira é a mãe comum dos brasileiros, dedica estudado comentário: “Marques, de formação patronímica, são os filhos de Marcos. Pelos anos de 1100 Marquiz, Marquez, cortesão tirado do baixo latim Marquici, de Marcus (nominativo)”. Aplica-se-lhe o fonema Marco a personagens históricos: Antonio Marco Tullio, Marco Aurélio, Marco Polo, se o analisarmos dentro do contexto semântico, conforme explicita.Provavelmente, cada região patrícia tem seus Marques. Sob essa lógica o arguto historiador paraibano, já falecido, Dorgival Terceiro Neto, nos brindou excelente artigo (está no “Correio da Paraíba”, ed. 18.01.1913) invocando a personalidade do ex-presidente da República João Belchior Marques da Silva Goulart. Na sua retrospectiva o “Marques da Silva” advém de clã sertanejo desse estado. Entre Sousa e Pombal nasceu Benedito Marques da Silva Acauã, bacharelando-se em Direito, em 1836, pela Faculdade de Olinda, Pernambuco. Acauã era fazenda de propriedade da família, onde morava o padre Luiz José, da Revolução de 1817, seu tio-avô; intelectual, advogado e deputado geral.Do matrimônio com Cândida Benedito Nobre da Silva – prossegue Dorgival – nasceram Benedito (herdou nome do pai) e Manoel Marques da Silva Acauã, seguindo a carreira médica, e o primeiro, ciências jurídicas, que atuou em Minas Gerais, porém indo a encontrar seu irmão, no Rio Grande do Sul. Vamos vê-lo na magistratura de Soledade (RS), em 1873, cujo distrito integrava à Comarca de Passo Fundo. Seu sucessor, Sr. José Ferreira Nobre Formiga, também era paraibano.Benedito Marques da Silva Acauan, casando-se no extremado território do país, deu lugar a enorme descendência, convergindo-se para uma nova linhagem, os Acauan, teve passagem, ainda, (1884) pela Câmara de Vereadores de Vacaria. O apelido lembra as ressequidas terras deixadas para trás, nos sertões da Paraíba. Nicácio de Lima, nos dois livros que escreveu sobre a história da Comarca de Soledade, nos ajuda confirmar a ancestralidade nordestina de Jango, cujos traços fisionômicos se confundem com os de seus parentes, descendentes do patriarca: de rostos arredondados e tez morena. Os Marques que cita, e não são poucos, galgaram posições de destaque nas diversas áreas da sociedade sul-riograndense.Inocêncio NóbregaJornalista
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!