6 de maio de 2018, domingo Atualizado em 13/06/2025 20:29:41
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organizações do povo; tinham atividade autônoma em relação às do governador da Capitania do Rio de Janeiro, sendo esse um representante do rei. Os governadores eram, de regra, trocados logo pelo monarca; não lançavam raízes na terra (BOXER, 2002, p. 286). A repetição dos Correias, no Rio de Janeiro, é uma exceção. Em suma, a identidade institucional da cidade do Rio de Janeiro, como a das demais inúmeras vilas e cidades da metrópole e de império português, cabia à Câmara. Inclusive, ela podia comunicar-se diretamente com o rei; não estava sujeita, no exercício de suas competências regimentais, ao governador, mas diretamente ao rei (FRAGOSO e MONTEIRO, 2017).Os cargos camaristas, inclusive de juiz, eram funções eletivas não remuneradas. As Câmaras também tinham poder tributário, cabendo-lhes o recolhimento de rendas, tributos e donativos; bem como a função militar de sediar um corpo da tropa de ordenanças, organização militar auxiliar. A primeira vila a existir no Brasil, a de São Vicente, foi fundada em 1532, ou seja, antes do estabelecimento do regime de capitanias hereditárias. Martim Afonso de Souza, seu fundador em nome do rei, obedecendo à legislação, providenciou o estabelecimento da Câmara e a ereção do pelourinho, dando ainda curso ao primeiro processo eletivo dos cargos municipais. Com a criação do sistema de capitanias, esta vila tornou-se a cabeça da capitania de São Vicente, em 1534.Como ensina BRANDÃO (2015), com a instituição do modelo de governos gerais na América portuguesa, o governador régio deveria estar estabelecido em uma cidade. Como o Brasil foi todo dividido em capitanias hereditárias, seria preciso que o rei retomasse o poder sobre uma das capitanias doadas. Isso foi possível com o falecimento do donatário da capitania da Bahia de Todos os Santos, Francisco Pereira Coutinho, quando a Coroa negociou e indenizou o herdeiro. Em 1549, Tomé de Souza trazia em seu regimento (o documento régio em que constavam as competências e restrições do poder delegado ao agente do rei) instruções para o estabelecimento do governo geral e a fundação de uma cidade, do nada ou de um vilarejo mínimo que pudesse estar no lugar, previamente. A cidade, logo fundada, teve por nome São Salvador. No ano de 1551, o papa Júlio III, criou para a cidade o primeiro bispado na América portuguesa, que veio a ser ocupado em 22 de junho de 1552 por dom Pero Fernandes Sardinha. ***A invasão da Guanabara pelos franceses, iniciada em 1555, foi de pronto denunciada ao rei por Brás Cuba, capitão-mor em exercício da capitania de São Vicente. Sem condições para combater os franceses. Brás Cuba requisitou reforços ao governador-geral Duarte da Costa. Não foi ouvido. Só em 1560, o novo governador-geral, Mem de Sá, é incumbido da responsabilidade de expulsar os franceses da Guanabara. Mem de Sá teve sucesso, mas logo deixou o recôncavo, dando oportunidade para a volta dos franceses que se tinham refugiado no sertão. Uma segunda força portuguesa, sob o comando de Estácio de Sá, aparentado de Mem, consegue instalar-se, em 1º março de 1565, na boca da Guanabara para o oceano, no local então conhecido como Praia de Fora, hoje Urca. Como diz BRANDÃO (2015), é aceitável considerar-se que Estácio de Sá tivesse a incumbência de estabelecer um povoado e não um mero arraialtático, como diríamos atualmente, para uma guerra pontual que começava e que acabaria logo. Contudo, Estácio de Sá, por não ser capitão-mor da capitania de São Vicente, já que não se tem conhecimento dessa sua patente, estaria impossibilitado de elevar este povoado à condição de vila. Talvez por Estácio ser intrépido e muito voluntarioso, passou a conceder cartas de sesmarias para a região do entorno da Guanabara, como se fosse (ou mesmo era, “in pectore”, quem sabe) capitão-mor da capitania de São Vicente. Somente de setembro de 1565 a novembro do ano seguinte foram concedidas 45 cartas de sesmarias nesta região. Como está em BRANDÃO (2015), nos tempos anteriores a Estácio de Sá, os capitães-mores ou governadores da capitania de São Vicente concediam terras de sesmaria nas bordas da Guanabara. Estas outorgas de sesmarias provam que o Rio de Janeiro era havido, para todos os efeitos, como território da doação régia a Martim Afonso de Souza. Fato muito curioso, como afirma BRANDÃO (2015), é que Salvador Correia de Sá e Benevides, quando governador do Rio de Janeiro em 1638, tenha concedido sesmarias na estranha condição de procurador da condessa de Vimieiro, donatária da capitania de São Vicente. Que poder teria Estácio de Sá para, em 1565, dar cartas de sesmarias na região guanabarina?Ao recuperar o controle da Guanabara, Mem de Sá transfere a sede da administração municipal para o alto do morro do Castelo, em 1567, no atual centro urbano do Rio de Janeiro.Como nos informa BRANDÃO (2015), apesar de Mem de Sá usar distorcidamente seu regimento para categorizar como cidade o núcleo de pessoas estabelecido no alto do morro do Castelo, somente a partir da intervenção direta do rei dom Sebastião, em 1570, o Rio de Janeiro pôde ser assim considerado. Isso aconteceu não por emissão de foral ou por qualquer ato formal de ratificação do feito fundacional de Estácio de Sá, em 1º de março de 1565. O rei apenas fez nomeações de cargos administrativos de sua competência, fazendo claro que que queria uma cidade. A primeira conhecida é de 7 de março de 1570, quando nomeou Aires Fernandes Vitória para o cargo de almoxarife “da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”. No ano seguinte, o rei nomeou Cristóvão de Barros por quatro anos “capitão e governador da capitania e cidade de São [p. 12, 13]na Terceira ou no Faial, reunindo os filhos e as filhas de seus anteriores casamentos. Aleixo Manuel Albernaz, o Velho, e seu irmão-inteiro Manuel Albernaz (ambos filhos de “Fuão” Albernaz e “Fulana” de Faria) casaram-se com duas filhas de Jordão Homem da Costa e Apolônia Domingues (ou Rodrigues), respectivamente: Francisca da Costa Homem e Margarida da Costa. Jordão Homem da Costa e “Fulana” de Faria teriam tido, juntos, a Luís de Faria Homem, que também se radicou na região da Guanabara (BOGACIOVAS, 2005).O valor da solução genealógica de Marcelo Meira Amaral Bogaciovas é que ela ajuda a entender-se a formação do congregado de bandos do Rio de Janeiro, em que se combinam no topo, as origens Manuel (ou Albernaz) /Homem da Costa (ou Costa Homem; a que se junta interligadamente o composto Mariz / Rangel de Macedo.Baltazar de Abreu e Isabel Rangel de Macedo (primeira do nome),sogros de FranciscoPor volta de 1641, Francisco da Fonseca Diniz casou-se com Isabel Rangel de Macedo (segunda do nome), filha de Baltazar de Abreu (com o acréscimo de “de Soutomaior”, em alguns registros) e de Isabel Rangel de Macedo (primeira do nome), filha de Julião Rangel de Macedo e de Beatriz Sardinha.Balthazar de Abreu seria descendente do galego dom Pedro Alvarez - ou de Abreu - de Sotomaior, o “Pedro Madruga”. Não podia ser filho, conforme diz RHEINGANTZ (1965, vol. I, p. 3), em vista da desarticulação temporal. Balthazar de Abreu foi possivelmente descendente, por algum caminho, de dom Pedro e de sua segunda cônjuge, Francisca de Duque Estrada. MACEDO SOARES (1947, vol. I, p. 31-32) transcreve o padre Antônio Carvalho da Costa, ao comentar o apelido “Duque Estrada”, em Chorographia Portugueza, Província da Estremadura, cap. 21, p. 607: Dom Pedro Alvarez de Sotomaior, fidalgo galego, visconde de Tuy, passou a este reino seguindo o partido d’el Rei Afonso V, que o fez conde de Caminha. Casou com Dona Teresa de Távora, filha de Álvaro Pires de Távora, Senhor de Mogadouro. [...] Voltando para Castela viúvo, casou segunda vez com dona Francisca de Estrada, filha de Henrique Duque Estrada, o qual era cavalheiro principal em Castela, filho de Álvaro Gonçalves Duque Estrada e de sua mulher Dona Úrsula Lopes de Mendonça, irmã de Diogo Furtado de Mendonça.Baltazar de Abreu nasceu na Madeira, após 1583, e faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de julho 1659. Foi moço fidalgo da Casa Real (MACEDO SOARES, 1947, vol. II, p. 5, 6 e 7). Baltazar de Abreu era alguém bem visto. A prova disso está em que o seu apelido “Abreu” foi adotado por vários dos seus descendentes, como o caso do filho primogênito de Francisco da Fonseca Diniz e Isabel Rangel de Macedo (segunda do nome), que se chamou Baltazar de Abreu Cardoso. Julião Rangel de Macedo e Beatriz Sardinha,genitores de Isabel Rangel de Macedo (primeira do nome), e assim avós paternos da mulher de FranciscoDo que se conclui de SOVERAL (2012, nota 62; e 2018, nota em e-mail), Julião Rangel de Macedo foi filho do abade Damião Dias Rangel, este nascido cerca de 1519 (prelado-titular de Santo Isidoro, marco de Canavezes, no ano de 1540), e de Violante Bernardes. SOVERAL (2012, nota 62) refere-se aos que seriam irmãos-inteiros de Julião Rangel de Macedo: o doutor Cosme Rangel de Macedo, do Conselho da Fazenda e desembargador do Paço, em 1583; e Jerónimo Rangel, que casou a 13 de janeiro de 1597, com certa Maria Teixeira; referido no assento de casamento como “Jrmº Rangel, da freguesia de Santa Olaia, fº se dizia de Damião Dias Rangel, abade de Santo Isidoro, já defunto, e de (espaço em branco) moça solteira.”Conforme Manuel Abranches de Soveral, o abade Damião Dias Rangel foi filho de dom Diogo Dias Rangel, prior do Mosteiro de Santo Estevão de Vilela, nascido cerca de 1495. A mãe de Damião foi Catarina Anes Toscano, com quem dom Diogo teve filhos entre 1518 e 1534. Dom Diogo deve descender, possivelmente como neto, de Pedro Álvares Rangel e de Inês Sanches de Macedo. Neto desses Pedro e Inês, seja por via feminina ou masculina, sendo presumível que o seu pai, filho ou genro de Pedro e Inês, se tenha também chamado "Diogo", daí seu nome inteiro: Diogo Dias (patronímico do nome de batismo Diogo) Rangel. Pedro Álvares Rangel foi fidalgo da Casa do rei dom Afonso III. Também sobre Julião Rangel de Macedose tem: MACEDO SOARES, 1947, vol. II, p. 6, 7, 17, 40, 55, 56, 57 e 77; e GOMES, 2017, p. 533. Julião foi fidalgo da Casa do rei dom Filipe I de Portugal. Passou à conquista do Rio de Janeiro e foi feito Juiz de Órfãos, nos fins do século 16. Em 1583, substituiu a Salvador Correia de Sá, o Velho (MACEDO SOARES, 1947, vol. II, apêndice, p. 3). Chegou ao Rio de Janeiro, em companhia do Governador-Geral Mem de Sá (BELCHIOR, 1965, p. 385, 386 e 387). Beatriz: a referência SardinhaBeatriz Sardinha é tida por diversos genealogistas como tendo sido irmã inteira do primeiro bispo do Brasil, dom Pero Fernandes Sardinha, condição que eu vinha tomando como correta, como em CARVALHO (2008). Esse parentesco[p. 24, 25]católico mais amplo que veio a ocupar o espaço da ermida, estabelecendo-se assim a confusão.Baltazar de Abreu Cardoso foi coronel do regimento pago do Rio de Janeiro e dono de dois grandes engenhos entre Irajá (a Penha de hoje) e Campo Grande. Baltazar de Abreu Cardoso também se vincula à Banda d’Além. Lá casou-se, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, com sua prima Isabel Sodré Pereira (RHEINGANTZ, 1965, vol. I, p. 6-7; 1967, vol. II, p. 150). Baltazar de Abreu Cardoso herdou do pai, na Banda d’Além, as terras correspondentes ao atual bairro do Fonseca, mais uma grande parte do atual bairro do Cubango, até o Baldeador, e mais chão descendo pela várzea de Icaraí (MACEDO SOARES, 1993).
O primogênito de Baltazar de Abreu Cardoso e de Isabel Sodré Pereira chamou-se
João de Abreu Sodré Pereira. Os outros filhos foram: João de Abreu Pereira Sodré José Pereira Sodré, Francisco Sodré Pereira frei Baltazar; o
mesmo Baltazar de Abreu Cardoso teve o filho ilegítimo Antônio da Fonseca de Abreu (MACEDO SOARES, 1947, vol. II, p. 8 e 9).Muito curiosamente, o “Pereira”, que vinha de dom Álvaro Gonçalves Pereira, prior do Crato, e de um de seus filhos, Rodrigo Álvares Pereira, 1º Senhor de Águas Belas, em Ferreira do Zêzere, no Reino, some de uso em três gerações patrilineares daqueles que então adotaram o apelido “Abreu Sodré”; foi, no entanto, mantido por outros ramos com tronco em Francisco Sodré Pereira, no Rio de Janeiro. Na Bahia, há a descendência de um sobrinho de Francisco Sodré Pereira, de nome Jerônimo Sodré Pereira, que se casou com Maria de Azevedo. Um sobrinho-neto, Duarte Sodré Pereira, 13º Senhor de Águas Belas, foi governador de Pernambuco, entre 1727 a 1737, mas não deixou geração por lá; foi rigorosamente um reinol (ver SILVA, 1992).Naquele tempo, antes e em seguida, até o início do século 20, seja em Portugal ou no Brasil, os apelidos eram escolhidos livremente pelas pessoas na idade adulta, dando-se preferência por aquelas sobrenomeações que sinalizassem mais prestígio no repertório dos antepassados ou mesmo fora (CARVALHO, 2017, p. 207-226).
Embate entre bandos no Rio de Janeiro Em COARACY (1944, p. 170-171), no ano de 1666, Francisco da Fonseca Diniz, como vereador na cidade do Rio de Janeiro, em conjunto com Matias de Mendonça, Francisco Mendes e Lopes do Lago, todos do Senado da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, peticionaram ao rei a dizer de seu degrado com a continuidade da prisão, em Lisboa, dos revoltosos do levante de 1660, contra o governador Salvador Correia de Sá e Benevides. Em 1660, tinha havido uma revolta que depusera Salvador Correia de Sá e Benevides. Os rebeldes[p. 29]
endendo-se ao presbiterianismo em inícios do século XX (muita diferença, não?!).Com o tempo, descobriu, também, que, somente uma pequena parte da família era de imigração portuguesa recente. Em sua maioria, a família era paulista, das mais antigas. Suas origens mais remotas, encontram-se na capitania de São Vicente (onde a população mais primitiva, consistia de indígenas e poucos colonos portugueses), com diversas ligações genealógicas e histórica narradas na Genealogia Paulistana, do Dr. Silva Leme.São estas inúmeras ligações que trato neste artigo, inclusive, algumas delas, vem acompanhadas de fatos relevantes e que alteram diversos títulos da GP, como por exemplo, ao título Cubas, ao corrigir a descendência dos casais João Bicudo de Almeida e Maria Leite da Anunciação e de Antônio Pedroso de Abreu e Isabel Soares de Araújo, pais do casal tronco, peça fundamental desta narrativa, as quais, tenho imenso prazer de poder compartilhá-las.Por fim, este artigo não seria possível sem a colaboração dos amigos Marco Polo Teixeira Dutra Pheene da Silva, que deu o pontapé inicial às pesquisas desta família, ao localizar no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, o processo de dispensa matrimonial dos meus quintos avós Antônio Soares de Almeida e Ana Francisca de Camargo; Marta Miquelina Grohmann, com pesquisas nos processos de dispensas matrimoniais de Porto Feliz, arquivados na Cúria Diocesana de Sorocaba; ao primo Jonas Soares de Souza, à época, diretor do Museu Republicano Convenção de Itu, local onde encontram-se arquivados inúmeros inventários e testamentos de Porto Feliz, e, por fim, ao saudoso primo Renato Afonso Ribeiro (In Memoriam), advogado em Assis, que contribuiu com datas, locais, fotos de inúmeros familiares presentes neste trabalho. A todos eles, meu muito obrigado. São Bernardo do Campo, 06 de maio de 2018.O AutorACMSP, Dispensas Matrimoniais, vol. 1.443, Ano 1781, fls. 11-31-v.ºProcesso n.º 5-69-1443Oradores: José Soares de Abreu e Anna Maria de Almeidafls. 25“Querem casar José Soares de Abreu fº legitimo de Antonio Pedroso de Abreu, e de Isabel Soares de Araújo com Anna Maria de Almeida, fª legitima de João Bicudo de Almeida e de Maria Leite de Anunciação: Todos naturais e moradores desta Fregª de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba os quais serão dispensados do parentesco consanguíneo com linhas transversais duplicados, em 3.o grau mixto ao 2.o, e com 4.o grau mixto ao 3.o, e receberão nesta Fregªcumprindo as penitências”. [p. 178]
2º Parentesco – 4º grau misto ao 3º 1- José Soares de Abreu, orador, fº de2- Antônio Pedroso de Abreu (C.c. Isabel Soares de Araújo), fº de3- Antônio de Proença de Abreu (C.c. Francisca de Almeida), fº de PAULO DE PROENÇA DE ABREU E MARIA BICUDO DE BRITO, PAIS DE
4- João Bicudo de Proença (C.c. Sebastiana de Almeida), pai de3- Sebastião Bicudo de Almeida (C.c. Isabel Pedroso do Prado), pai de2- João Bicudo de Proença (C.c. Maria Leite da Anunciação), pai de1- Ana Maria de Almeida, oradora.3º Parentesco – 4º grau misto ao 3º1- José Soares de Abreu, orador, f.º de2- Antônio Pedroso de Abreu (C.c. Isabel Soares de Araújo), f.º de3- Francisca de Almeida (C.c. Antônio de Proença de Abreu), f.ª de CAP. MOR TOMÉ LARA DE ALMEIDA E MARIA ALMEIDA PIMENTEL, PAIS DE
4- Sebastiana de Almeida (C.c. João Bicudo de Proença), mãe de3- Sebastião Bicudo de Almeida (C.c. Isabel Pedroso do Prado), pai de2- João Bicudo de Proença (C.c. Maria Leite da Anunciação), pai de1- Ana Maria de Almeida, oradora.
No mesmo ano, devidamente dispensados, José Soares de Abreu e s/m. Ana Maria de Almeida Leite, casam-se em 24-DEZ-1781 na Matriz de Sorocaba, e, foi, justamente o registro deste casamento, que “ceifou” de SL este galho paulista. E como este fato se deu? Caros, leiam a transcrição do respectivo [p. 180]
Lº 3-B de Casamentos de Sorocaba, anos de 1773 e 1783, fl. 134-v.º
“Dos Soares com Anna MªAos vinte e quatro dias do mes de Dezembro de mil setecentos e oitenta e hu annos nesta Matriz pelas quatro oras da tarde depois de feitas as denunciaçoens canonicas na forma do sagrado Concilio de Trento, e sem descubrir impedimento e dispensados por sua Excellencia Reverendissima no parentesco de consanguinidade por linhas transversais com Provisão do Reverendo Dr. Vigario Geral Gaspar de Souza Leal em presença das testemunhas Francisco de Camargo Pontes, Yeronimo Pais de Almeida,e em presença [...] Vigario Secasarão em face da Igreja e por palavras de presente Domingos Soares de Abreu, natural desta fregª fº legitimo de Antonio Pedroso de Abreu e Isabel Soares de Araujo, naturais desta Villa com Anna Maria de Almeyda, fª legitima de João Bicudo de Almeyda e sua mulher Maria Leite,naturais desta Villa, o contrahente neto por parte paterna de Antonio de Proença natural da Parnaiba e Francisca de Almeyda, natural da Penha,e por parte materna de Domingos Soares Pais ,natural de Coritiba e Maria Leite da Silva, natural desta Parochia de Sorocaba. A contrahente neta por parte paterna de Sebastião Bicudo de Almeyda e Isabel Pedroza ambos naturais desta Villa e por parte materna de Luiz castanho de Morais natural da Parnaiba e Francisca Soares de Araujo, natural desta Villa de que fis este assento que assigno com as testemunhas. [...]. Receberão as bençãos nupciais na forma dos Atos da igreja em nove de janeiro de mil setecentos e oitenta e dous."
Como todos puderam perceber, neste registro, José Soares de Abreu é chamado pelo nome de Domingos Soares de Abreu. Este detalhe, dá margem a inúmeras especulações, que vão desde um erro, por parte do padre que lançou o assento matrimonial; ou, o noivo resolveu mudar o seu nome no ato do casamento; ou, quem sabe, José desistiu do casamento ou morreu (da dispensa ao casamento, foram nove dias!) e um irmão, por nome Domingos, assumiu o compromisso.O fato, é, quando Silva Leme abordou a descendência de Antônio Pedroso de Abreu, ao escrever o ttº Cubas, deve ter anotado os casamentos dos filhos que conseguiu encontrar, e juntou-os com o rol dos herdeiros que ele conseguiu extrair do invº de Antônio. Desta forma, acabou dando mais importância para alguns filhos, enquanto aos outros, citou apenas seus prenomes, como podemos [p. 181]
Fogo nº 133: Antonio Pedrozo de Abreu, idade 72 anos; Izavel Soares, idade 57anos. Filhos: Domingos Soares em Cuiabá, idade 30 anos; Antonio Leite, soldado de cavalo, idade 28 anos; Joze Soares, soldado de pé, idade 24 anos; Joaquim, idade 12 anos; Anna Leite, idade 23 anos; Maria Leite, idade 20anos; Francisca Leite, idade 18 anos; Rita Leite, idade 16 anos. Agregada: Ignacia, idade 40 anos.Fogo nº 136: João Bicudo de Almeida, idade 43 anos; Maria Leite, idade 33anos. Filhos: Maria de Almeyda, idade 16 anos; Anna Maria, idade 14 anos; Francisca Maria, idade 12 anos; Gertrudes Maria, idade 06 anos; Joze, idade 04 anos; Theresa, idade 02 anos.Ano 1780 – Bairro do Rio AbaixoFogo nº 196: João Bicudo, idade 56 anos; Maria Leite, idade 42 anos. Filhos: Anna, idade 25 anos; Francisca, idade 24 anos; Gertrude, idade 14 anos; Joze, idade 12 anos; Theresa, idade 11 anos; Bernardina, idade 07 anos; Mariana, idade 04 anos; Maria, idade 01ano.Fogo nº 211: Antonio Pedrozo, idade 82 anos; Izavel Soares, idade 67 anos. Filhos: Joze Soares, soldado de pé, idade 30 anos; Joaquim, idade 20 anos; Anna, idade 32 anos; Maria, idade 25 anos; Rita, idade 21 anos; Francisca Maria, casada, idade 22 anos. Filhos de Francisca: Ana, idade 03 anos; Maria, idade 02 anos; José, idade 01ano.1781 – Bairro do Rio AbaixoFogo nº 218: Antonio Pedrozo, idade 82; Izabel Soares, idade 70 anos. Filhos: Joaquim, idade 23 anos; Anna, idade 33 anos; Maria, idade 22 anos; Rita, idade 20 anos.Fogo nº 245: João Bicudo, idade 55 anos; Maria Leite, idade 45 anos. Filhos: Joze, idade 14 anos; João, idade 01ano; Francisca, idade 24 anos; [ilegível]Ano 1783 – Bairro BacaetavaFogo nº 224: João Bicudo de Almeida, idade 55 anos; Maria Leite, mulher, idade 45 anos. Filhos: Jozé, idade 16 anos; Francisca, idade 22 anos; Custódia, idade 12 anos; Gertrude, idade 14 anos; Joze, idade 12 anos; Theresa, idade 17 anos; Bernardinha, idade 10 anos; Mariana, idade 07 anos; Maria, idade 03 anos; João, idade 02 anos.Bairro Rio AbaixoFogo nº 242: Antonio Pedrozo, idade 84 anos; Izavel Soares, mulher, idade 72anos. Filhos: Anna, idade 38 anos; Joaquim, idade 22 anos; Maria, idade 30anos; Rita, idade 25 anos.Fogo nº 390: José Soares, idade 33 anos; Anna de Proença, mulher, idade 22anos. Escravos: Marcos, idade 20 anos; Antônio, idade 02.1785 - Bairro Rio AbaixoFogo nº 226: Antonio Pedrozo de Abreu, casado, idade 87 anos; Izavel Soares, mulher, idade 68 anos. Filhos: Joaquim, idade 25 anos; Anna, idade 30 anos; Maria, idade 35 anos; Rita, idade 30 anos. Escravos: 12 escravos.Fogo nº 227: José Soares, casado, idade 35 anos; Anna de Almeida, mulher, idade 27 anos. Filhos: Maria, idade //03 anos; Anna, idade //05 meses. Escravos: Marcos, idade 20 anos; Antônio, idade //04 anos.Fogo nº 228: Francisco Feliciano, casado, idade 34 anos; Francisca Maria,mulher, idade 31 anos. Filhos: Jozé, idade 06 anos; Antônio, idade 04 anos; Francisco, idade 03 meses; Anna, idade //09 anos; Maria, idade //07 anos; Isabel, idade //03 anos.Legenda: //- Menos deComentários: Aos analisarmos os censos populacionais acima, notamos que, Domingos Soares (maço de 1772), com 30 anos de idade, fº mais velho de Antônio Pedroso, à época, já vivia em Cuiabá, MT. José Soares, com então, 24 anos de idade, figura como “soldado de pé”. No maço de 1780, Domingos Soares e seu irmão Antônio Leite, não são listados em casa de seu pai, tão pouco, na vª de Sorocaba. José Soares, por sua vez, encabeça a lista dos filhos de Antônio Pedroso, com a idade de 30 anos de idade (e ainda solteiro). Sua futura [p. 184, 185]
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