'O menino que voou de Angola para o Brasil como clandestino porque queria morar com Martinho da Vila. oglobo.globo.com - 29/05/2025 Wildcard SSL Certificates
2020
2021
2022
2023
2025
100
150
200
203
Registros (845)Cidades (0)Pessoas (0)Temas (0)


O menino que voou de Angola para o Brasil como clandestino porque queria morar com Martinho da Vila. oglobo.globo.com
    29 de maio de 2025, quinta-feira
    Atualizado em 31/05/2025 02:09:42

•  Imagens (1)
  
  


Por William Helal FilhoMartinho da Vila tem uma ligação profunda com Angola. Nem sabe dizer quantos shows fez no país africano ao longo de décadas. Durante uma apresentação na sua primeira viagem, em 1969, seis anos antes de o governo local se declarar independente de Portugal, ele se lembrou de que aquele era o dia 7 de setembro. No palco, dirigindo-se ao público, o cantor disse: "Hoje é um dia importante no Brasil, dia de celebrar nossa independência, espero encontrar um país livre quando voltar aqui".- Achei que ia todo mundo bater palmas, mas o público ficou em silêncio total - relembra Martinho, que neste sábado apresenta, no Circo Voador, o show "Canto Livre de Angola". - Logo depois, ouvi alguém batendo palmas, e em questão de segundos virou uma ovação completa. Só que, no fim do show, teve confusão. Alguém gritou "Angola livre!", a polícia chegou e começou a prender. Até hoje, um pessoal lá acha que foi uma atitude importante para a independência do país. Eu me considero meio angolano.

Viagem após viagem, o cantor passou a ser amado pelo povo local. Em 1980, o sambista esteve em Angola como parte de uma excursão que incluía artistas como Chico Buarque, Clara Nunes e Dorival Caymmi. O grupo passou dias percorrendo o país. Por toda parte, uma multidão se reunia em volta de Martinho. Sempre muito requisitado, almoçava na casa de um, jantava na casa de outro. E, aonde quer que fosse, lá estava o menino Gonçalves Antônio Sobrinho, de 10 anos, um fã do sambista.

- Ele sempre perguntava se podia ir junto, e eu dizia que sim. Era um garoto muito esperto - recorda-se o sambista. - Quando estava indo embora, ele disse que vinha me visitar no Brasil e quis saber como fazer para me encontrar. Eu respondi que era só chegar em Vila Isabel e perguntar por mim, falei que qualquer pessoa saberia dizer onde eu morava. Era uma criança, eu estava achando graça e levando na brincadeira, não podia imaginar que ele fosse realmente atravessar um oceano pra me encontrar.

Martinho sofreu uma estafa naquela excursão. Nem completou o show no último dia, necessitou de cuidados médicos e, depois de desembarcar no Rio, no dia 18 de maio daquele ano, foi internado no Pró-Cardíaco, em Botafogo, para fazer uns exames no coração e ver se estava tudo bem.No dia 25 do mesmo mês, O GLOBO publicou uma matéria com o título: "Menino veio de Angola para morar com Martinho da Vila". Parecia história de filme, mas o pequeno Gonçalves Antonio realmente embarcou de forma clandestina em um avião da TAP em Luanda e desembarcou no Rio, passando pelos agentes federais de ambos os aeroportos. Depois, entrou em um táxi e disse para o motorista o levar para a casa do Martinho da Vila. Tinha anotada na mão uma única informação: "Grajaú".- Ele passou pelo controle de passaporte em Angola dizendo que a mãe dele estava vindo logo atrás. Fez a mesma coisa no Rio - relata Martinho, 45 anos depois. - Hoje isso seria inacreditável.O taxista rodou bastante tempo com o garoto perguntando no Grajaú onde o sambista morava, mas não descobriu e resolveu levar o menino na Rádio Globo para pedir ajuda ao locutor Haroldo de Andrade. Àquela altura, Martinho estava descansando em Duas Barras, sua cidade natal, na Região Serrana do Rio, mas sua companheira na época, Lícia Caniné, a Ruça, foi acionada e decidiu ir até a rádio conhecer o menino, ao lado do empresário Vitor Roberto, que logo reconheceu Gonçalves."Ele chegou a deixar uma mala no nosso hotel, mas pedi ao gerente que devolvesse", contou Roberto, segundo o GLOBO na época. "Todos o conheciam, ele chorou muito quando Martinho veio embora".Graças a uma autorização judicial, Ruça conseguiu levar o menino para passar o fim de semana com o cantor em Duas Barras. Mas, na segunda-feira, o Juizado de Menores decidiu que ele teria que voltar para Angola. Na véspera do embarque, Gonçalves passou o dia no Rio com a família de Martinho. Andou de bicicleta no Grajaú, brincou com os instrumentos na casa do cantor e saiu para passear com Ruça, que o levou para fazer compras em um shopping center e para conhecer o Pão de Açúcar.

- A gente tinha que ficar o tempo todo de olho, porque ele saía andando por aí, e não podíamos perder o garoto de vista - relembra o sambista, que perdeu contato com o garoto depois da volta dele à África.O cantor continuou servindo de ponte entre Brasil e Angola. Em 1982, ele gravou o LP "Canto Livre de Angola" e idealizou um show com cantores do país no Oeste da África. Em 1984, o músico foi um dos organizadores do Kizomba, um festival de arte negra que tinha delegações de Angola e outras nações do continente. Em 1992, lançou o livro "Kizombas, andanças e festanças", com o relato de suas visitas ao país. Mais tarde, recebeu o título de embaixador cultural honorário de Angola.Entre abril e maio deste ano, Martinho esteve mais uma vez no país para apresentar o show "Canto Livre de Angola", como parte da celebração dos 50 anos da independência local. Ao retornar, decidiu fazer o espetáculo no Rio. O show festeja a música africana com canções como "Os meninos à volta da fogueira", do poeta Manoel Rui Monteiro. Mas não faltarão sucessos da carreira de Martinho da Vila, como "Devagar devagarinho", "Casa de bamba", "Canta canta, minha gente" e "Ex-amor".- Vou fazer um show pra todo mundo dançar e cantar junto, bem alegre - garante o sambista.



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\30061icones.txt
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\30061yf.txt


Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II
Data: 01/01/1883
Créditos/Fonte: Capistrano de Abreu
Página 281


ID: 13136



ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.