23 de maio de 2025, sexta-feira Atualizado em 24/10/2025 02:55:25
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Antônio Rodrigues de Arzão (? — 1730) foi um bandeirante paulista nascido em Taubaté, filho do capitão Manuel Rodrigues Arzão (morto em 1700) e de Maria Afonso ou Afonso de Azevedo; bisneto paterno de Cornélio de Arzão e de Elvira Rodrigues; bisneto materno de João Peres Calhamares e de Margarida Fernandes. Teve dois tios igualmente importantes sertanistas.[1]
Era o cabo de bandeira escravagista que teria, em 1693 (a data se ignora, especula-se que foi a partir de 1690) achado ouro na casa da Casca, assim chamada, não deu importância ao achado, pois nunca cogitou em pedir ao rei qualquer proveito. Sertanista dos antigos, penetrou o sertão à cata de esmeraldas, em demanda do Itaverava com mais ou menos 50 homens entre os quais se achava seu cunhado José Gonçalves de Carvalho, casado com Catarina de Camargo, filha de Fernando Ortiz de Camargo o Moço. Assim chegou aos sertões da Casca ou distrito do Cuieté (ou Caeté, "mato bravo") a cinco léguas do rio Doce- e, guiado por uma índia, descobriu cascalhos de ouro - ou, dizem, teria achado no córrego onde lavavam os pratos.
No Itaverava, tivera as mesmas dúvidas que Vicente Lopes, decidindo prosseguir - e foi ter à serra do Guarapiranga, de onde pela manhã avistou os pincaros agudos da serra dos Arrepiados por efeito da luz parecendo mais próximos; descendo nessa direção encontrou o rio Piranga, em seu melhor braço, aurífero, e índios da nação puri que lhe falaram de um manacial melhor, o do rio Casca, originario da cordilheira. No ramo superior desta, chamado hoje serra do Brigadeiro, havia o pico chamado Pedra Menina que tem parecença com o Itacolumi, por isso se enganou. Sua comitiva teria morrido de febres, os índios não o quiseram acompanhar,ou temendo os conquistadores no vale do Sipotaua (Xopotó, "cipó amarelo") e só queriam aceitar segui-lo para o Espírito Santo, muito mais perto do que Taubaté.
E assim foi. No Casca, o sertanista enchera os alforges destes ouros, do que ofereceu três oitavas ao Capitão-Mor regente João Velasco de Molina, que delas fez três moedas) e à câmara de Vitória, onde chegou descendo o rio Doce. As oitavas apresentadas foram as primeiras de que se acha relação dos registros de São Paulo. Com o fracasso da bandeira, teria desertado Duarte Nunes, o descobridor do ouro preto? O fato é que voltou ao Rio e Santos e de lá a São Paulo.Diz Silva Leme em sua «Genealogia Paulistana» volume 1 pág. 193 (Tit. Camargos): «Foi Rodrigues de Arzão um destemido bandeirante, e o primeiro que descobriu ouro em Minas Gerais; faleceu em 1696, deixando o roteiro de suas descobertas a seu concunhado Bartolomeu Bueno de Siqueira, que, nesse mesmo ano, se embrenhou nos sertões em busca desse metal, e consultando o dito roteiro, foi ter a Itaberaba (pedra brilhante) onde, em distância de oito léguas, fundou a povoação de Ouro Preto e outras vizinhas.Seguindo os caminhos abertos por Fernão Dias (1674-1681), teria descoberto a primeira jazida de ouro nos sertões das Minas Gerais em 1692 ou 1693. Deve ter partido para os sertões de Caeté em 1687 com uns 50 homens, encontrou as minas do rio Doce, das que deixou roteiro a seu cunhado Bartolomeu Bueno de Siqueira. Diz um historiador: « Antônio Rodrigues Arzão por 1692 andou com cinqüenta companheiros pela bacia do rio Doce. Encontrou , no rio da Casca, areias auríferas; encheu os alforges; e descendo o rio Doce chegou ao Espírito Santo, a cujo capitão-mor comunicou o descobrimento. O roteiro, deu-a ao concunhado, Bartolomeu Bueno de Siqueira, também paulista, que se pôs em campo - em 1694 - através das regiões de Congonhas e Suaçui.»O historiador mineiro Diogo de Vasconcelos detalha a viagem de Arzão que, após breve estada em Itaverava, alcançou a Serra do Guarapiranga de onde, pela manhã, avistou os píncaros agudos da serra de Arrepiados. Afirma que, em razão da luz oriental, supôs mais próxima a serra. Seguindo, então, em sua direção, encontrou o rio Piranga.Há várias versões sobre quem descobriu o ouro das Minas Gerais. Prevalece, geralmente, aquela que atribui à bandeira de Antônio Rodrigues Arzão a descoberta dos cascalhos auríferos nos sertões do rio Casca, por volta de 1693.Arzão morreu logo após regressar a Taubaté deixando ao cunhado os dados necessários a futuras expedições. Não teria aceitado auxílios oficiais em Vitória, talvez por se sentir cansado e doente, e cometeu a Bartolomeu Bueno de Siqueira, seu cunhado e nacional de São Paulo, a continuação de seu descoberto. É, pelo menos, a versão oficial. E se especulou, na época, que teria achado muito mais do que as três oitavas.Em meados de 1694 Bartolomeu Bueno e Carlos Pedroso da Silveira, este último companheiro de Arzão, descobriram ouro na serra de Itaverava e remeteram amostras para o Rio de Janeiro.Com referência à «Casa da Casca», citada por Arzão e companheiros, querem alguns autores que se localizava nas imediações do Cuité, enquanto outros apontam a região onde hoje se encontra a cidade de Abre Campo, em Minas Gerais. Entretanto, o historiador Salomão de Vasconcelos diz que a localização exata da Casa da Casca é nas fraldas da Serra dos Arrepiados, em Araponga.Em 30 de janeiro de 1701, D. Pedro II de Portugal enviou-lhe uma Carta Régia de Salvaterra em que ordena que, se seu velho pai Manuel Rodrigues Arzão já estivesse falecido, ficasse ele encarregado da escolha da data mineral real e por conta da respectiva fazenda a mandasse lavrar. Mas Arzão não desempenhou a incumbência, desapareceu até 1717.
A outra versão
Historiadores há que dizem que estava vivo em 1728! Carvalho Franco, no "Dicionário dos Bandeirantes e Sertanistas do Brasil", demonstra que não morreu ao regressar da Casa da Casca, viveu até 1730 exercendo funções publicas em São Paulo, que era cristão novo de origem flamenga e que sua numerosa família estava muito ligada aos Buenos e demais bandeirantes de São Paulo.
Esse ouro é considerado por diversos cronistas o primeiro que se achou em território mineiro, sendo provável que 12 anos antes Borba Gato e os seus (outros dizem 20 anos antes) já tivessem colhido algumas amostras às margens do rio das Velhas.
O que é incontestável é que abriu caminho e a ele se seguirão em breve Carlos Pedroso da Silveira, Bartolomeu Bueno de Siqueira, Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, Manoel Garcia Velho, Domingos do Prado, Antônio Dias Taubateano, o padre João de Faria Fialho, Tomás Lopes de Camargo, Francisco Bueno da Silva, João Lopes de Lima, Leonardo Nardes, «em mais tantos itinerários distintos mmas com idêntica ambição e fortaleza, alguns lançando na nova terra da promissão os fundamentos de numerosos e vastos arraiais."Casamento e posteridadeeditarEra casado com Mariana de Camargo (morta em 1715) da importante família dos Camargos, filha de Joana Lopes e de Fernando Ortiz de Camargo o Moço, portanto neta de Fernando de Camargo, o Tigre. Tiveram quatro filhos. Não há referências à vida deles.
Manuel Rodrigues de Arzão (São Paulo, c. 1617, — c. 1700) foi um sertanista brasileiro.
Em 1642 casou com Maria Afonso de Azevedo, filha de João Peres Cañamares.
Capitão e administrador da aldeia de índios do Real Padroado de Barueri, em 5 de outubro de 1671; capitão de infantaria da ordenança da vila de São Paulo em 6 de outubro de 1677. Foi grande sertanista, fazendo uma entrada em 1662 que talvez tenha palmilhado o célebre sertão dos Cataguases.
Silva Leme descreve sua famíia em sua «Genealogia Paulistana», volume VII , página 316: era filho de Cornélio de Arzão, dito «o flamengo», e de Elvira Rodrigues.[1]
Está sepultado, juntamente com outros sertanistas, no subsolo da Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, no Largo de São Francisco, em São Paulo.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.