Vinda da família real para o Brasil (data da consulta) historiadomundo.com.br
23 de agosto de 2023, quarta-feira Atualizado em 25/10/2025 19:15:58
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A vinda da família real foi um acontecimento iniciado em 29 de novembro de 1807, e o seu desembarque em terras brasileiras ocorreu em 22 de janeiro de 1808, na cidade de Salvador. A vinda foi consequência direta do Período Napoleônico e do desentendimento existente entre França e Portugal na questão do Bloqueio Continental.
Com isso, a família real portuguesa mudou-se para o Brasil e instalou-se no Rio de Janeiro, junto à toda estrutura de governo de Portugal. Isso iniciou o Período Joanino e resultou em uma série de transformações, como a abertura dos portos brasileiros, que contribuíram para levar o Brasil na direção de seu processo de independência.
Período napoleônico
A vinda da família real para o Brasil é consequência direta do período napoleônico, mais especificamente, na disputa travada entre França e Inglaterra. Esse certame entre as duas nações estava em curso desde a Revolução Francesa e intensificou-se quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder da França, por meio do Golpe 18 de Brumário, em 1799.
O início da Revolução Francesa colocou em xeque a existência das monarquias absolutistas, e, assim, esses países uniram-se contra a França, concretizando uma série de conflitos no final do século XVIII. Com a posse de Napoleão, as guerras continuaram, mas, agora, porque a França havia decidido dominar todo o continente europeu.
Assim, a rivalidade entre França e Inglaterra acirrou-se porque os ingleses eram o grande obstáculo para Napoleão no seu projeto de dominar o continente. Esse impasse refletiu-se em toda a Europa, e Portugal não escapou disso. As disputas internas entre os apoiadores da França e da Inglaterra aumentaram a ponto de interferência no governo português.
O governo português, no entanto, buscava, desde o tempo da Revolução Francesa, manter uma posição neutra para não desagradar as duas nações. A situação agravou-se para ele quando franceses e espanhóis aproximaram-se, o que fez que as relações entre Portugal e Espanha ficassem tensas.
Com a aproximação entre Espanha e França, uma série de exigências foram feitas a Portugal, e, como não foram aceitas, um pequeno conflito entre este país e a Espanha foi travado em 1801, sendo conhecido como Guerra das Laranjas. Portugal perdeu a cidade de Olivença para os espanhóis em definitivo. Com isso, d. João, regente de Portugal, decidiu reforçar as defesas nas regiões de fronteira a fim de evitar novas perdas.
Por que a família real veio para o Brasil?
A vinda da família real portuguesa para o Brasil foi um desdobramento da crise entre Portugal e França por conta da disputa desta com a Inglaterra. Desde a derrota dos portugueses na Guerra das Laranjas, em 1801, as relações diplomáticas entre Portugal e França eram delicadas. Os franceses pressionavam os portugueses para que eles cortassem relações diplomáticas com a Inglaterra.
Isso foi manifestado pela primeira vez logo após serem derrotados na Guerra das Laranjas, uma vez que os franceses, aliados dos espanhóis, exigiram na rendição o aceite do fechamento dos portos portugueses para embarcações inglesas. A exigência foi acatada, porém nunca foi aplicada de fato pelos portugueses.
Em 1806, os franceses não tinham conseguido derrotar os ingleses e não tinham conseguido invadir seu território, protegido pela poderosa marinha inglesa. Sendo assim, como forma de enfraquecer a Inglaterra, Napoleão Bonaparte decidiu impor o Bloqueio Continental. Com essa medida, as nações europeias ficavam proibidas de receber embarcações inglesas e de enviar as suas a portos ingleses.
Já nesse momento, os portugueses começaram a cogitar a possibilidade de mudarem-se para o Brasil. Isso garantiria a liberdade de d. João, uma vez que ele estaria inalcançável a Napoleão Bonaparte. A tensão em Portugal era evidente pelo fato de que o país não queria ser forçado a abrir mão de sua aliança com a Inglaterra.
Mesmo com o Bloqueio Continental, os portugueses continuaram recebendo as embarcações inglesas, e, por isso, Napoleão Bonaparte deu um ultimato a eles para que acatassem uma série de imposições contra a Inglaterra até setembro de 1807. Isso levou a semanas de negociações entre franceses e portugueses para que a situação fosse resolvida, mas não houve acordo.
Uma das imposições dos franceses era que Portugal confiscasse os bens de ingleses instalados no país e aprisionasse-os. Como Portugal recusou-se a aceitar esse e outros termos, Napoleão decidiu colocar em prática a sua promessa de acabar com a Casa de Bragança, e, assim, enviou tropas para Portugal a fim de ocupar o país. A ideia era dividir o território português com a Espanha, aliada da França.
Vinda da família para o Brasil
A decisão que determinou a transferência da corte portuguesa para o Brasil foi emitida pelo próprio regente de Portugal, d. João, no dia 24 de novembro de 1807. Na ocasião, ele anunciou para membros do governo que os franceses poderiam chegar a Lisboa em até quatro dias. Isso deu início aos preparativos para embarcar, o mais rápido possível, tudo que fosse necessário para que os Bragança pudessem continuar reinando no Brasil.
Como a vinda da família real deu-se em uma situação emergencial, os preparativos foram feitos às pressas, e os relatos contam do pânico que dominou as pessoas durante os dias de embarque, de 25 a 27 de novembro de 1807. Os historiadores contam que entre 10 mil e 15 mil pessoas embarcaram junto à família real portuguesa.
Sendo assim, a embarque da corte portuguesa foi um evento, uma vez que todo o aparelho administrativo de Portugal foi embarcado em três dias. Naturalmente, o grau de desorganização de tudo que aconteceu fez com que muita coisa fosse deixada para trás. Em Portugal, não ficou nenhum membro da corte que fazia parte da linha sucessória dos Bragança, e o território ficou sob responsabilidade de uma junta governativa.
Em 29 de novembro de 1807, as embarcações portuguesas iniciaram sua viagem na direção do Brasil e, no alto-mar, encontraram-se com embarcações de guerra dos ingleses. Estas escoltaram os portugueses em segurança até o Brasil. No fim do dia 29, os franceses entraram em Lisboa.
O percurso foi cheio de problemas. Os recursos disponíveis não eram suficientes para a quantidade de pessoas que estavam nos navios, por isso, alimentos e água foram racionados ao máximo. Também não havia espaço para todos, e os dormitórios precisaram ser improvisados. A quantidade de gente e os problemas de higiene resultaram em um surto de piolhos, o que forçou as mulheres a rasparem os seus cabelos.
Família real no Brasil
A chegada dos Bragança no Brasil aconteceu em 22 de janeiro de 1808. Após 54 dias de viagem, os portugueses chegaram a Salvador, e lá se estabeleceram por alguns dias. Com isso se iniciou um período da história brasileira conhecido como Período Joanino. Em Salvador, d. João tomou uma medida muito importante para o Brasil: abertura dos portos brasileiros às nações amigas.Essa medida promoveu mudanças para a economia brasileira e aumentou a influência dos ingleses no comércio de nosso país. Em 8 de março, a corte portuguesa chegou ao Rio de Janeiro, seguida de outras embarcações que tinham se perdido durante a viagem. A presença da família real aqui, ainda, trouxe transformações significativas que adiantaram o percurso do Brasil na direção da independência.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (4): 24/11/1807 - Ordem emitida 29/11/1807 - Parte do Tejo a frota que conduzia ao Brasil a família real portuguesa 22/01/1808 - Chegada no Brasil da família real portuguesa depois de fugir da invasão francesa de Portugal dois meses antes. 07/03/1808 - Chegam ao Rio de Janeiro a rainha dona Maria I e o príncipe regente dom João. A cidade ficou sendo, até 26 de abril de 1821, a capital da monarquia portuguesa EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.