Afro-Ásia - Resistência escrava em São Paulo: A luta dos escravos da fábrica de ferro São João de Ipanema (1828-1842), por Afonso Bandeira Florence - 01/01/1996
Afro-Ásia - Resistência escrava em São Paulo: A luta dos escravos da fábrica de ferro São João de Ipanema (1828-1842), por Afonso Bandeira Florence
1996 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Continuando a acoilipailhar os escravos da Ipanema nos anos posteriores a 1828. vainos perceber que houve mudanças, principalmente nassuas aqões e no cliina político, tanto no interior da fábrica quanto naquelaregião de Soiaocaba. Muitos deles fugiram, individualmente ou empecluenos grupos, e aquiloinbaram-se nas imediações, começando a desenvolver relações de troca e apoio, entre si e coin alguns moradores dasvizinhanças. Supomos que já que não houvera mudança nas condiçõesdentro da fábrica, os escravos começaram a tomar outras iniciativas.
Já nos primeiros anos da década de 30, encontramos evidências deque a mobilização continuava a existir dentro da própria fábrica e que osescravos continuavam coni pretensões tão audaciosas quanto as de 1828.Em 1835 foi descoberta uma conspiração daqueles escravos e João Bloem,entáo adininistrador da fábrica, enviou ao presidente da província uma"Relação dos escravos cabeças de desordem projetada neste estabeleci-~nento".~~ Nesta relação ele fazia uma descrição dos escravos que fugiram,assiin como clos objetos que tinham sido levados na fuga, aproveitandopara alertar que os fugitivos sempre "andam juntos". Os escravos tinhamprojetado o "roinpiinento de desordens" mas de uma maneira que infelizmente não teinos conheciinento, foram descobertos e as duas horas datarde do dia ?I ?.P abril tiveram seu plano desbaratado. Cinco dos "cabeças"conseguirain fugir, tendo sido preso apenas Florêncio Calabar, um "incorrigível [...I valentão". Entre os fugitivos estava Marcelino de Castro, quepor já ter fugido antes encontrava-se, naquele momento, trabalhando comum ferro grosso no pescoço. Outro fugitivo era Victor, cabra que usavacabelos coinpridos e penteados, que foi dos primeiros a chegar ali, so que"desde que há escravos na fábrica, fugiu quatro vezes"."Parece que os cinco fugitivos de abril de 1835 não eram os únicos"cabeças". Menos de dois meses depois, mais precisamente na noite de24 para 25 de maio, ocorreu um nova fuga coletiva, sendo que desta vezquatro dos fugitivos eram recém chegados aquele estabelecimento eestavam trabalhando no corte de madeira.j9Há outras evidências de fugas, tanto individuais como coletivas, nahistória da fabrica de ferro Ipanema e em particular durante este penodo.Em fevereiro de 1836, ele relatou ao presidente informações obtidas sobre [Págna 17 de pdf]
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