Às vésperas da partida do Batalhão Patriótico, o prefeito Floramante transmitiu aos prefeitos de Jacupiranga e Cananeia o seguinte telegrama: “Fazendo seguir dia 4 para S. Paulo voluntários Guarda Paulista em numero 40, nos seria agradável que rapazes inscritos na vossa localidade aproveitassem mesma condução afim seguirem juntos formando uma só companhia.”
De Cananeia, veio a resposta: “Agradecendo lembrança comunico que sahindo daqui amanhã dez ou mais voluntários afim seguirem juntos aos dahi. a) Nino Cavagna – Prefeito.”
E de Jacupiranga: “Jacupiranga, 1 – Respondo o vosso aviso de hoje. Por enquanto não se apresentou nesta voluntario ou reservista algum. Publiquei aviso inscrição e assim que alguém se apresente até dia 4 comunicarei. Saudações. (a) Gaspar P. Mayer – Prefeito Municipal.”
Esse primeiro destacamento do Batalhão Redentor Filhos de Iguape partiu para o front no dia 4 de agosto, com destino a Juquiá para combater as forças federais ali instaladas. Para a partida desse batalhão, organizou-se uma grande comemoração, a fim de se homenagear aqueles bravos e destemidos jovens que partiriam rumo aos campos de batalhas, arriscando as próprias vidas para a defesa da honra de São Paulo.
O embarque dos voluntários do Batalhão Redentor Filhos de Iguape ocorreu na manhã do dia 4 de agosto. A partida do vapor “Rio de Una” deu-se às 10h horas com destino à Vila de Santo Antônio do Juquiá. Além do sargento José Nogueira e do professor Bento Pereira da Rocha, diretor do Grupo Escolar, faziam parte desse batalhão os seguintes jovens:
João Rocha, Manoel Paulino da Silva, Américo Amâncio (ou Mâncio), João Santiago Carvalho, Carlos Campos Collaço, Adélio Fortes, Celso Veiga, Antônio Andrade, Lucílio Carneiro, Andrelino Nicolau Slindvain, Aristóbulo Lima, Oswaldo Freitas, José Silva de Lima, Benedicto Pereira, Raphael Gonçalves Archanjo, Antônio Campos Collaço, Sizenando Carvalho, Domingos Júlio de Ramos, Francisco Giglio Júnior, Mário Mendes dos Santos, Henrique Gonçalves, Florivaldo Conceição, Lúcio dos Santos, Theophilo Fortes, Antônio Ribeiro, João Pedro da Cruz, Horácio Gaudêncio Catira, Silvino Silvestre, Lavene França Carneiro, Antônio Torquato, Júlio Neves, João Leandro Souza, Onofre Sant´Anna Ferreira, Oswaldo Rollo, Ary Moraes Giani, Ernestino Rocha, Francisco Souza, Paulo Adarico Brasil e Francisco Ribeiro.
Antes do embarque, foi celebrada missa pelo padre Henrique Harbeck, na Igreja do Bom Jesus, com comunhão geral aos voluntários, sendo-lhes, após, servido, um chocolate oferecido por senhoras iguapenses. Depois de uma marcha triunfal pelas ruas da cidade, o batalhão dirigiu-se ao cais do Porto General Osório, no qual, mesmo debaixo da chuva torrencial que caía sem parar, enorme multidão se comprimia para aclamar de perto os bravos voluntários, nos semblantes dos quais percebia-se o indisfarçável contentamento de que se achavam possuídos em incorporaram-se às forças da lei e da liberdade.
No cais, discursaram os senhores João Bonifácio da Silva, Joaquim de Souza Oliveira e a professora Amância Alves Muniz, que dirigiram palavras de conforto e encorajamento aos que embarcavam para levar a colaboração de Iguape à causa que São Paulo defendia pelas armas. Também discursou o menino Luiz Gonzaga Trigo Muniz, que saudou o professor Bento Pereira da Rocha em nome dos alunos do Grupo Escolar, do qual era diretor. Coroando a cerimônia de despedida, duas moças da sociedade, num gesto que deixou transparecer o patriotismo e a fé da mulher iguapense, pregaram às fardas dos voluntários medalhas com a efígie do Senhor Bom Jesus de Iguape.
Quando o vapor começava a zarpar, de bordo, falaram os voluntários Bento Pereira da Rocha, Francisco Giglio Júnior e o sargento José Nogueira. Juntamente com os voluntários iguapenses, seguiram também 17 jovens de Cananeia, que chegaram à cidade na véspera.
[29697] A Revolução de 1932 no Vale do Ribeira, por Elizandra Aparecida Nóbrega, em ovaledoribeira.com.br 08/07/2022
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!