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Um passeio desafiador pelas ruas de Sorocaba. Por Daniela Jacinto, jornalcruzeiro.com.br
    4 de setembro de 2016, domingo
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


Duas ruas em uma mesma via, sendo que do meio para cima começa a numeração de uma, com números pares do lado direito, e do meio para baixo a de outra, com os pares do lado esquerdo. Parece aquelas brincadeiras de adivinha, do tipo "o que é, o que é", mas essa é a descrição de um dos caminhos mais percorridos pelos sorocabanos: as ruas São Bento e 15 de Novembro, que se iniciam na metade da via, numa curva leve, mais exatamente onde tem uma travessa chamada Leite Penteado (no passado conhecida como o beco do Inferno).

Essa é uma das tantas particularidades de Sorocaba, que só quem mora aqui pode compreender. Há ruas que mudam de nome no meio do caminho, avenidas com nomes de ruas, e ruas com nomes de avenidas, praças que são conhecidas por apelidos e com monumentos que não correspondem a seus respectivos nomes, entre alguns exemplos. E apesar de ocasiões em que tudo isso gera confusão, chega a ser um registro curioso de como o sorocabano se vira em meio ao crescimento desordenado e a tantas mudanças de nomenclaturas de endereços ao longo dos anos.

O jornal Cruzeiro do Sul havia tratado do mesmo tema no dia 18 de março de 1978, quando foi publicada uma reportagem sobre essas contradições da cidade com relação às vias públicas e desde então, passados quase 40 anos, pouca coisa mudou. A avenida Paraguai, por exemplo, é uma rua, mas até hoje é conhecida como avenida, apesar de não ter nenhum canteiro central que justifique essa nomenclatura. Já a rua Chile, na Vila Hortênsia, é uma avenida.

Enquanto muitas ruas mudam de nomes quando chega a uma curva, como a Rui Barbosa, na Vila Hortência, que vira Constantino Senger um pouco antes de chegar na avenida São Paulo, outras mantêm muitas curvas e atravessam vias sem mudar o nome, como a Caracas, no Campolim. Mas há casos como o da Salvador Corrêa, no Vergueiro, que atravessa duas avenidas, passa por uma praça, faz curvas, quase muda de bairro, mas quando está chegando no fim, não vence outra curva e acaba tendo seu nome mudado.Acompanhe: a rua Salvador Corrêa é uma travessa da rua Santa Clara, no Centro, perto da conhecida "mão inglesa". Ali ela se inicia, depois passa por uma praça, cruza a avenida Juscelino Kubitschek, faz curva, passa pela avenida Barão de Tatuí e ao contrário de continuar até o final da via, já que estava prosseguindo, ela termina numa curva, quando passa a ser denominada de Silvio Romero.Nem no GPSA rua Salvador Corrêa vai até onde está um loja de doces, no número 873. Conforme a proprietária, Ana Paula Tosta Teixeira, 29 anos, mudar o nome na curva gera muitos problemas. "Esse trecho não aparece no GPS, não consta como Salvador Corrêa e então muita gente não consegue achar a nossa doceria. Chegamos ao ponto de dar o endereço de outro local, a rua da frente, para as pessoas poderem encontrar aqui", afirma ela, que já passa por esse transtorno há três anos.Com relação às ruas São Bento e 15 de Novembro, citadas no início desta reportagem, quem trabalha nessas vias é que ajuda diariamente as pessoas que ficam perdidas por ali. "Aqui o dia inteiro tem gente confusa, procurando numeração e querendo saber onde é a São Bento e onde é a 15 de Novembro", afirma Maurício Adriano Gonçalves, 39, que trabalha como promotor de vendas numa loja localizada na divisa entre essas duas ruas. Ele e os colegas é que acabam informando as pessoas.

Desencontros persistem há décadas na cidade

Outros desencontros podem ser observados em mais lugares. A reportagem de 1978 anotava que na praça Artur Fajardo, conhecida como jardim do Canhão ou praça do Canhão, os monumentos reverenciam Brigadeiro Tobias e a Revolução Liberal de 1842. Na praça Pio XII, conhecida como o jardim de Santa Rosália, o busto é de Pereira da Silva. Já a praça Ferreira Braga, popularmente chamada de largo do Rosário, ostenta monumento de Sud Menucci.

Oficialmente, a primeira rua a ganhar nome em Sorocaba, nos documentos da Câmara, foi a Constantino Senger, a antiga rua Aurora. “Primeiramente ali era a rua da Boa Morte porque no ponto onde é a esquina da rua Ataliba Borges, foi uma área doada aos escravos para construírem uma capela, que seria da Irmandade da Boa Morte, mas essa capela só chegou a meio metro de altura”, afirma o pesquisador Adolfo Frioli.

De acordo com Frioli, a rua da Boa Morte começava na rua dos Morros (Nogueira Padilha) e fazia curva, terminando na rua de São Paulo (hoje avenida São Paulo). Com o tempo é que passou a ser Rui Barbosa até a curva e depois desse ponto virou Constantino Senger.

O pesquisador, hoje com 73 anos, conta que sabe sobre as nomenclaturas da cidade porque seu pai fazia questão de chamar as ruas pelos nomes antigos. Outras informações, ele obteve por meio de pesquisa. “Eu vivi num tempo que seu eu falasse ´vou no bequinho´, estava dizendo que iria onde hoje é a rua Visconde de Porto Seguro”, recorda-se.



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
01/01/1839 - *Na margem direita do rio Sorocaba, existia somente a Rua São Paulo que posteriormente foi ligada a Rua dos Morros, pela Rua Boa Morte
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.