1312: Dissolução da Ordem dos Templários, consultado em dw.com
28 de maio de 2023, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
•
•
A 22 de março de 1312, o papa Clemente 5º dissolveu a Ordem dos Templários, alegando degeneração e heresia. A ordem, criada em 1119 para proteger os peregrinos, foi uma das mais poderosas organizações da Idade Média.
Tesouros afundados, atos heroicos, ritos religiosos secretos e uma forte crença comum: este o material de que são feitos os mitos. A Ordem dos Cavaleiros do Templo era uma das mais poderosas e enigmáticas sociedades secretas da Idade Média.
Fundado em torno de 1119, em Jerusalém, por cruzados franceses, o grupo nasceu para proteger peregrinos cristãos que empreendiam a longa e perigosa jornada até a Terra Santa. Séculos mais tarde, o tema dos templários foi enfocado por Umberto Eco em seu livro O pêndulo de Foucault.
Com rituais de iniciação, voto de pobreza e uma dedicação espartana, os templários se tornaram monges-guerreiros, detentores de profundo conhecimento esotérico e donos de enorme fortuna.
No ano 1139, uma bula papal determinou que os cavaleiros não estariam subordinados a nenhum outro poder a não ser o do papa. Jovens nobres de todo o mundo cristão seguiram o ditado e doaram seus bens à organização.Aumento da influênciaAos poucos, passaram a influenciar os centros do poder político e financeiro em toda a Europa e na Terra Santa. Os cheques, por exemplo, são uma invenção dos templários. Também foram responsáveis por outros importantes inventos e descobertas na medicina, na navegação e na construção de estradas.
Em 1307, às vésperas de a ordem completar 200 anos, o rei da França, Felipe, o Belo – que tinha dívidas com os templários –, começou a perseguir a organização. Os bens foram confiscados e os membros, presos. Sob tortura, foram obrigados a confessar a prática de obscenidades, homossexualismo e a negação de símbolos cristãos.
Pouco tempo depois, o papa Clemente 5º ordenou a todas as dinastias na Europa a prisão de templários e o confisco de seus bens. No dia 22 de março de 1312, o Santo Padre decretou o fim da Ordem dos Cavaleiros do Templo e, dois anos mais tarde, 500 membros foram queimados vivos em Paris, entre eles, seu último grã-mestre, Jacques de Molay.
Pedro Álvares Cabral
Alguns templários sobreviventes foram acolhidos pelo rei de Portugal, dom Dinis. Em 1317, ele obteve permissão de Roma para fundar a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, que manteve a estrutura e os símbolos dos templários.
A maioria dos grandes viajantes portugueses, entre eles Pedro Álvares Cabral, pertencia à Ordem de Cristo e suas armadas singravam os mares com a Cruz de Copta, o símbolo dos templários, impressa nas velas.
Ao desembarcar no Brasil, vestindo o manto da Ordem de Cristo, Cabral estava, de certa forma, concretizando uma antiga profecia dos Cavaleiros do Templo. Grande padrinho das navegações lusitanas, infante dom Henrique foi, não por acaso, o administrador da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. (bf/rw)
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!