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Diário de navegação de Pero Lopes de Sousa, por Me. Cláudio Fernandes. Consultado em brasilescola.uol.com.br
    20 de maio de 2023, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


Até o ano de 1530, o Brasil (ou como já era chamado entre os portugueses, “a Terra do Brasil”) ainda não havia sido alvo de um processo sistemático de colonização. Nos primeiros anos que se seguiram ao descobrimento, alguns aventureiros e exploradores conseguiram estabelecer negócios lucrativos, como foi o caso de Fernando de Noronha, que monopolizou a exploração do pau-brasil durante um tempo. Entretanto, a montagem do sistema colonial e a inserção do Brasil no mercantilismo só começaram a partir da expedição de Martim Afonso de Sousa e, a posteriori, com a instituição do Governo Geral em 1548.

A expedição de Martim Afonso de Sousa foi um dos acontecimentos decisivos do início da história do Brasil. A partir dela, começou-se a regularizar a exploração da terra pelos colonos por meio da outorga de sesmarias e da instituição das Capitanias Hereditárias. Todo esse empreendimento era feito sob o jugo do rei Dom João III. Esse processo inicial, articulado pela habilidade administrativa de Martim Afonso de Sousa, possibilitaria, posteriormente, a configuração da economia colonial com base nos Engenhos de Açúcar.Pois bem, a grande importância da expedição de Martim Afonso só pode ser vislumbrada pelos historiadores, hoje em dia, em virtude do mais rico documento do início do período colonial brasileiro: o Diário de Navegação da Armada, que foi à Terra do Brasil, em 1530, escrito por Pero Lopes de Sousa. O diário de Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim, até hoje constitui um dos documentos mais importantes da nossa história. A sua importância, entretanto, só foi reconhecida no século XIX pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagem, que transcreveu e publicou em livro o Diário.Ao contrário de um diário contemporâneo, os diários de viajantes da era das grandes navegações ultramarinas não comportavam relatos sentimentais ou algo parecido, mas tinham a função de registrar ao máximo possível os detalhes da expedição, desde a partida até a volta. Logo na abertura do Diário de Pero Lopes, podemos perceber esse cuidado:

Na era de mil e quinhentos e trinta, sábado três dias do mês de dezembro, parte desta cidade de Lisboa, abaixo da capitania de Martim Afonso de Sousa, meu irmão, que ia por capitão de uma armada e governador da terra do Brasil com vento leste sai fora da barra, fazendo caminho sudoeste” (p. 3)"

"Vê-se que o autor do diário procura dar testemunho de tudo: o local, o líder da expedição, a pessoa do narrador, o tipo de vento que guia a embarcação e o destino dos tripulantes. Em outro trecho, já no litoral da “Terra do Brasil”, diz Pero Lopes:

Sexta-feira pela manhã nos fizemos à vela; era o mar tão grosso que íamos à popa com todas as velas, e não o podíamos romper. Fomos com este vento até o meio dia, que nos deu o vento sudeste, com que fomos correndo a costa esta noite. No quarto da modorra fomos surgir na boca da Bahia de Todos os Santos.” (p.26)

Percebe-se que Pero Lopes está descrevendo o contorno que a embarcação de seu irmão fez em torno da Bahia de Todos os Santos, no litoral do atual estado da Bahia, que era um dos principais centros de povoação do Brasil naquela época. Em outro momento, já em terra firme, Pero Lopes deslumbra-se com a natureza e com os rios caudalosos do Brasil:

“[...] A terra é a mais formosa e aprazível que eu jamais cuidei ver: não havia homem que se fartasse d´ olhar os campos e a formosura deles. Aqui achei um rio grande; ao longo dele tudo arboreado, o mais formoso que já vi: e antes que chegasse ao mar um tiro de besta se sumia.” (p.47).

Muito da visão paradisíaca que se traçou do Brasil nesse período proveio de descrições como essa. A abundância de recursos naturais era uma das constatações que mais impressionavam os navegantes europeus.O Diário de Pero Lopes, ao lado de outros documentos, como a Carta de Pero Vaz de Caminha, é de importância crucial para o entendimento de como era a visão que se tinha do Brasil no século XVI. Essa visão, quando contrastada com as visões dos séculos posteriores, auxiliam-nos a perceber como ocorrem as transformações históricas.



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ME|NCIONADOSRegistros mencionados (1):
01/01/1847 - *Diário de navegação de Pero Lopes de Sousa Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.