Publicação de “Pampa sem Fronteira”, instagram.com/realmarcosdopampa
18 de maio de 2023, quinta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O primeiro caminho aberto por terra entre o Brasil e o Uruguai foi obra de um Bandeirante, que também foi embrião do tropeirismo. Francisco de Brito Peixoto é seu nome, foi um bandeirante vicentista e nasceu no ano de 1650, em Santos-SP. Filho de Anna da Guerra do Prado e de Domingos de Brito Peixoto.
Seu pai foi filho e neto dos povoadores da Capitania de São Vicente (atual Estado de São Paulo/SP), que partiu do Porto de Santos para desbravar o sul brasileiro no fim do século XVII, junto dos filhos Sebastião de Brito Guerra e o próprio Francisco, mais de 60 homens, com armas, munições, mantimentos e ferramentas, fundaram a Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna (atual município de Laguna/SC), no ano de 1676, conforme escritos de Francisco.
Francisco como fundador, ficou em Laguna e, mais tarde, entre 1715 e 1718, com recursos próprios explorou, descobriu, tomou posse e iniciou o povoamento dos campos do Rio Grande de São Pedro do Sul (hoje Estado do Rio Grande do Sul) para a coroa portuguesa, e fez a ligação por terra de Laguna a Rio Grande, a Maldonado, à Colônia do Sacramento e a Montevidéu. Francisco aliado aos indígenas minuanos do pampa iniciou os primeiros movimentos pecuários de origem luso-brasileira na região platina.
Numa atitude corajosa ante os castelhanos de Buenos Aires, estabeleceu seu comércio e mandou seus homens para a Colônia de Sacramento, logo a frente, de possessão portuguesa, onde explorou o comércio de gados, mulas, cavalares e couro, a fim de introduzir em São Paulo, inaugurando assim o primeiro caminho entre Sacramento e Laguna e o primeiro movimento de integração da Região do Prata ao Brasil, no caminho que percorria entre Sacramento-Laguna-Paranaguá-Curitiba-Sorocaba-São Paulo.
Pelas notícias dos consecutivos sucessos de suas empreitadas aliados aos indígenas minuanos na condução de gados e muares, novos bandeirantes focaram suas investidas no novo movimento que surgia, a fim de introduzir o muar em São Paulo e na região das Minas. Como Francisco de Souza e Faria, e Cristóvão Pereira de Abreu que desce com uma tropa de bandeirantes, um dos quais tivera contato pessoal com o bandeirante Francisco de Brito Peixoto, que já reunia tropas de mulas e de gados para comércio e condução desde Sacramento.
Passados anos, já em 1726, o bandeirante deixou uma carta para o Rei de Portugal a respeito das terras conquistadas e a relação com os indígenas da região. No ano de 1726, Francisco de Brito Peixoto escreveu para o Rei:
"Mandei no serviço de S.M. que Deus Guarde, para o Rio Grande de São Pedro 31 homens à minha custa, e por capitão deles o meu genro João de Magalhães, a quem ordenei que chegando à paragem do Rio Grande escolhessem algum lugar que fosse mais conveniente para formarem as suas casas em forma de povoação e logo façam canoas de pau, suficientes para serventia de passagens de gado, encomendando-lhes também aquele zelo e diligência de passarem gado para esta parte da nossa campanha para a multiplicação, pois é um grande serviço que se faz a EI-Rei Nosso Senhor, enxotando-o para o meio da campanha para o dito gado tomar posse (...) Também se me oferece dizer a Vmc. que já desta banda do Rio Grande se acham 800 reses de gado vacum que mandei buscar das campanhas à minha custa (...) por entender que nisso fazia serviço a S.M. que Deus Guarde, para a multiplicação na campanha desta parte, e por não haver nela gado algum e ter capacidade para nela estarem milhões de gado, e na diligência de conduzir mais estou sempre (...) Também digo a Vme. que tenho adquirido a boa amizade dos índios minuanos (...) e ser conveniente ao real serviço a amizade destes gentios, por estarem as campanhas francas para delas se tirar quanto gado quiserem."
Com essas notícias a Coroa passou a investir a partir de 1732 em Sesmarias, dando início ao povoamento luso-brasileiro em terras platinas.Nunca se casou oficialmente, mas cm Sevirina Dias, indígena Carijó, teve três filhos: Ana, Maria e Sebastião, todos “de Brito Peixoto”. Com outra índia teve mais quatro filhos (Domingo Leite Peixoto, Victor de Brito, Ana da Guerra e Catarina de Brito). Com Paula Dias do Prado, teve o filho Luis de Brito Peixoto, deixando grande descendência em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Uruguai.Foi preso por ordem do Capitão-Mor Manuel Manso de Avelar, provavelmente por motivação política - já que denunciava os contrabandos na região. Foi liberado em 1º de fevereiro de 1721, quando recebeu do rei João V de Portugal a carta patente de Capitão-Mor das terras de Laguna, da Ilha de Santa Catarina e do Rio Grande de São Pedro, por três anos.Substituindo Bernardo Cavalcanti de Mello, tornou-se Comandante da Ilha de Santa Catarina, para o período de 1721 a 1728, e governou-a de 1º de fevereiro de 1721 a 25 de outubro de 1724. Interinamente, assumiu a administração, Augusto Xavier de Carvalho.Depois do episódio, Francisco prendeu Avelar, remeteu-o para a vila de Santos, onde teve seus bens confiscados após inquérito. Em 1732, solicitou ao Rei de Portugal concessão de campos e terras de Garopaba/SC até o rio Tramandaí/RS, por seu empenho, posses investidas e serviços prestados à coroa, mas recebeu uma Sesmaria de Légua e Meia em Quadro.Faleceu em 31 de outubro de 1735, em Laguna/SC, cidade que fundou. Seus restos mortais estão no altar principal da Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos, construída por ele na freguesia em 1696.Com tais feitos Francisco de Brito Peixoto é considerado um dos maiores bandeirantes de São Paulo, pela iniciativa de tornar a região platina como parte do Império Português, como por ser o precursor dos primeiros movimentos tropeiros do Brasil.Possui estátuas em sua homenagem no Museu Paulista do Ipiranga, e na cidade que fundou(Laguna-SC).Fonte: Paulistânia Tradicional
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 29/07/1676 - Fundação de Laguna/SC EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.