“AS IMAGENS DO SERTÃO NA LITERATURA NACIONAL: O PROJETO DA MODERNIZAÇÃO NA FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRA A PARTIR DOS ROMANCES REGIONALISTAS DA GERAÇÃO DE 1930”. ARTUR MONTEIRO LEITÃO JÚNIOR - 01/01/2012
“AS IMAGENS DO SERTÃO NA LITERATURA NACIONAL: O PROJETO DA MODERNIZAÇÃO NA FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRA A PARTIR DOS ROMANCES REGIONALISTAS DA GERAÇÃO DE 1930”. ARTUR MONTEIRO LEITÃO JÚNIOR
2012 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Estes interesses exógenos também dão suporte para explicar porque os romances queretratam os primórdios de ocupação das minas gerais foram escritos por sociedades afetadaspelas disputas que lá aconteceram – e não, propriamente, pela sociedade desenvolvida noâmbito da região aurífera. Esse é o caso, por exemplo, da já citada obra A muralha, queaborda a Guerra dos Emboabas a partir da visão paulista, uma vez que sua autora, DinahSilveira de Queiroz, era nascida e criada em São Paulo; este conflito é também o motivo queembasa o romance O retrato do rei (1991), de Ana Miranda, só que do ponto de vista de umreinol residente na capital, a cidade do Rio de Janeiro; outro ainda é o ponto de vista doenredo de Josefa do Furquim (1991), de Vera Telles, já que o contexto histórico é apresentadopelas impressões de uma mineira, não só sobre este conflito, como também em relação àRevolta de Vila Rica, ocorrida em 1720.Enquanto em A muralha, os personagens mineiros que se encontram envolvidos naGuerra dos Emboabas representam o desrespeito aos direitos paulistas sobre a posse das terrase das lavras de ouro nas áreas mineradoras – pois este conflito, do ponto de vista paulista, évisto como um ato autoritário e usurpador, impetrado por reinóis, baianos e pernambucanos,dos direitos dos paulistas sobre os “achados” de ouro –, o romance O retrato do rei impõeoutro ponto de vista ao incorporar a visão do governador do Rio de Janeiro, representante daCoroa portuguesa, interessado em manter contínua a remessa de ouro para Portugal. Buscandomanter-se alheio ou não tomar partido dos acontecimentos nos distantes sertões das minasgerais, o protagonista, Dom Fernando de Lancaste, acabou perdendo o cargo quando asnotícias sobre a tragédia do Capão da Traição chegou a Lisboa. Quanto a Josefa do Furquim,o romance utiliza-se da trajetória da protagonista Josefa como pretexto para abordagem daformação histórica das minas gerais, desde a explosão demográfica, as intrigas e as disputasaté a presença forte da Igreja e suas cobranças. O principal evento histórico da trama é asedição de Vila Rica, que determinou a separação entre a Capitania de Minas Gerais e aCapitania de São Paulo, em 1721, sendo que a Guerra dos Emboabas (1707-1709) participa datrama numa visada que prioriza os interesses dos não-paulistas (reinóis, pernambucanos ebaianos que vivam na região aurífera).Outras duas obras regionais merecem destaque: O romance da prata (1935), de PauloSetúbal, e Gongo sôco: o romance do ciclo do ouro nas Gerais (1966), de AgripaVasconcelos, quarto volume da série Sagas do País das Gerais77. O primeiro constitui-se em um relato histórico por excelência, percorrendo as lendas em torno da existência de vultosasminas de prata nos sertões coloniais, desembocando na famosa lenda da serra de Sabarabuçu(da “montanha grande que resplende”); o segundo, por sua vez, não se trata especificamentedo ciclo do ouro, ocorrido no século XVIII, uma vez que o romance centra-se temporalmentena primeira metade do século XIX – e, portanto, posterior à decadência da mineração nacapitania –, quando a mina de Gongo sôco foi descoberta e explorada. A trama deste romanceexplora o modo de vida do Barão de Catas Altas, proprietário da mina de Gongo sôco, umadas mais profícuas de todos os tempos da Capitania de Minas Gerais; destarte, o luxo e aostentação proporcionados pelo domínio da atividade mineradora também entram em cena noenredo.Quanto aos Sertões dos Currais, estes podem ser segmentados basicamente em duasporções: os currais da Bahia e o Curral D’El Rei e entorno. A região dos currais da Bahianão teve, ao contrário da área mineradora, uma ocupação intensiva ou o surgimento de umarede de cidades articuladas em função da atividade econômica preponderante, uma vez que aprincipal característica regional foi o trânsito populacional, tanto pela comercialização quantopelo deslocamento de animais. Como o trânsito na região foi proibido, por algum tempo, pelaCoroa portuguesa, a fixação tornou-se ainda mais parca, contribuindo para a rarefação dapopulação e, como corolário, para o não-favorecimento ao surgimento de obras regionais, aomenos coetâneas ao processo dos seus primórdios, marcados intensamente pela mobilidade –tendo em vista que a produção literária pressupõe uma dada concentração populacional para ageração de tensões e conflitos, bem como para o consumo das obras. Sendo assim, as obrasque dão visibilidade às características desses currais foram lançadas quando tal região já nãomais existia em sua função primordial de transporte de mercadorias para as minas gerais.Os currais da Bahia eram percebidos, no final do século XVII e ao longo do séculoXVIII, como Sertão pela população da área mineradora, pois as áreas das chapadas próximasao rio São Francisco encontravam-se distantes e não possuíam vilas governadas porrepresentantes da Coroa portuguesa, reproduzindo a imagem simbólica de ser uma “área semlei”. Em meados do século XVIII, quando a função de abastecimento de gado para a regiãocentral da capitania mineira entrou em declínio, sobretudo a partir do surgimento dos camposde vacarias em Rio Grande de São Pedro (atual Estado do Rio Grande do Sul), a região [Páginas 179 e 180]
Croqui do Peabiru na América do Sul Data: 01/01/2012 Créditos/Fonte: Andressa Celli Baseado em: Bond, 2011(mapa
ID: 6202
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.