Assinaturas famosas da história de São Paulo, por Douglas Nascimento (Jornalista, fotógrafo e pesquisador independente, é presidente do Instituto São Paulo Antiga e membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP)), em saopauloantiga.com.br - 18/02/2010
Assinaturas famosas da história de São Paulo, por Douglas Nascimento (Jornalista, fotógrafo e pesquisador independente, é presidente do Instituto São Paulo Antiga e membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP)), em saopauloantiga.com.br
18 de fevereiro de 2010, quinta-feira Atualizado em 24/10/2025 02:19:00
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Algo que nem sempre é mencionado com a atenção que merece são as personalidades que estiveram presentes na fundação da cidade, ou que fizeram parte do cotidiano da São Paulo de Piratininga em seus primeiros cem anos, quando a pequena vila dava seus primeiros passos rumo ao que seria a grande metrópole do século 21.Pensando nisso, fomos atrás de algo bastante inusitado: as assinaturas das pessoas famosas na época do nascimento de São Paulo. São pessoas que tiveram alguma importância para a fundação de nossa cidade ou que cujas histórias e vidas se cruzaram com a trajetória de São Paulo em seus primeiros anos. Alguns nomes são bastante conhecidos dos paulistanos, outros nem tanto, confiram:
Afonso Sardinha, O Velho: Este nome histórico da saga paulista, foi utilizado por duas pessoas: pai e filho. A assinatura acima nos remete a Afonso Sardinha pai, conhecido também como “o velho”. Sua trajetória está intimamente ligada a história da capitania de São Vicente e de São Paulo de Piratininga. Português, sua data de nascimento e data de chegada ao Brasil é desconhecida.
Afonso Sardinha foi nomeado almotacel (espécie de fiscal do período colonial) em 1575 e nos anos de 1576 e 1577 seu nome surge como vereador. Além de homem da política paulistana foi um dos pilares da atividade econômica do século 16 (dono de fazendas, imóveis e minas) e da atividade militar. Por muitos e muitos anos historiadores pensaram que Afonso Sardinha, o velho, fosse analfabeto pois sempre assinava com uma cruz de três hastes, entretanto este erro está sendo revisto e sua importância histórica, destacada.
Afonso Nunes: Não existem muitas informações sobre Afonso Nunes, exceto que fora almotacel em 1556.
Amador Bueno, o aclamado:Bisavô do conhecido bandeirante Amador Bueno da Veiga, Amador Bueno de Ribeira era um paulista ilustre do século 17, que foi aclamado como rei de São Paulo pelo povo.Sua aclamação surgiu em 1641, um ano depois de D. João IV de Bragança assumir o poder em Portugal. Embora de iniciativa popular, a ideia de tornar Amador Bueno rei de São Paulo, foi uma manobra política de castelhanos que queriam enfraquecer o poder português, e viram nele – filho de um carpinteiro de Sevilha que mudou-se para o Brasil – a pessoa certa para isso.Entretanto, apesar da origem espanhola de seu pai, Amador Bueno de Ribeira não deixou se levar e recusou a honraria reafirmando com sua espada erguida a lealdade ao Rei de Portugal após sessenta anos de união ibérica.Ele foi pai de Amador Bueno, o moço, bandeirante avô de Amador Bueno da Veiga. Faleceu em 1649.Antônio Raposo Tavares:Personalidade das mais conhecidas da história paulista, Antônio Raposo Tavares, português de origem judaica e bandeirante, expandiu as fronteiras brasileiras por terras espanholas e foi importante sertanista.Sua chegada ao Brasil deu-se em 1618, junto com seu pai, Fernão Vieira Tavares, que foi designado capitão-mor governador da capitania de São Vicente. Com a morte do pai, Raposo Tavares decidiu mudar-se para o planalto, fixando-se na Vila de São Paulo, onde ocuparia diversos cargos públicos. Foi de São Paulo que partiria a sua primeira bandeira em 1628.Faleceu em São Paulo em 1658, aos sessenta anos.
Baltasar Nunes: Figura importante do período da fundação da cidade de São Paulo, Baltasar Nunes foi porteiro e alcaide da Vila de Santo André, tendo sido nomeado em 1556 por Jorge Ferreira, capitão-mor de São Vicente.
Brás Cubas: Fidalgo e explorador português foi fundador da Vila de Santos e governador da Capitania de São Vicente por duas ocasiões (1554-1549 e 1555-1556), alguns historiadores afirmam ter sido ele também fundador da cidade de Mogi das Cruzes. Natural da cidade do Porto, chegou ao Brasil em 1531 com a expedição de Martim Afonso de Souza. Brás Cubas teve vários filhos e um deles, Pero Cubas, recebeu o título de alcaide-mor quando ele faleceu em 1592. Não há nenhuma relação entre Brás Cubas e o personagem homônimo fictício de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis.
Diogo Fernandes: Escrivão da Câmara de Santo André em 1556.
Fernão Dias Paes:Nascido em São Paulo no ano de 1608, Fernão Dias Paes foi um bandeirante paulista. Também conhecido como “O Caçador de Esmeraldas” é juntamente com Antônio Raposo Tavares considerado o bandeirante de maior renome.Realizou quatro importantes bandeiras nos anos de 1638, 1644, 1661 e 1674. Desbravador de terras incomparável, morreria na mata em 1681, de febre.Francisco Alves:Bandeirante paulista.
Francisco Avel: Alcaide da Vila de São Paulo em 1556.
Francisco Peres:Alcaide e guarda-mor da Vila de São Paulo.
Garcia Fernandes: Procurador do conselho em 1556.
Garcia Rodrigues:Vereador da Vila de São Paulo em 1555.Gaspar Nogueira:Escrivão da câmara da Vila de São Paulo em 1555.Gonçalo Fernandes: Gonçalo (ou Gonsalo) Fernandes, era procurador do conselho em 1556 juntamente com Garcia Fernandes.
João Fernandes:Procurador do conselho em 1555.
João Galeno: Vereador da Vila de São Paulo em 1556.
João Pires, O Gago: João Pires, cuja alcunha era ” O Gago “, foi um fidalgo português nascido no Porto que veio para o Brasil em 1531. Povoador de Santo André da Borda do Campo, posteriormente se tornaria juiz ordinário da região e depois almotacel. Há indícios de que também teria sido um caçador de índios.
João Ramalho:Alcaide-mor de Santo André da Borda do Campo e posteriormente membro da câmara de São Paulo, João Ramalho é talvez uma das pessoas mais polêmicas e misteriosas da São Paulo do século XVI.Pesquisando por seu nome é possível encontrar referências das mais distintas, como membro politico de Santo André e São Paulo, como por uma descrição que dizia: “…João Ramalho, homem por graves crimes infame e excomungado.”, acrescentando: “daqueles Ramalhos, árvore ruim e de pior fruto, foram os maiores males que a própria peste, a suscitar rancores”.Apesar disso, existem estudos feitos por aqueles que estudaram os jesuítas que, muitos dos atos que são atribuidos a João Ramalho não passam de hipóteses, sendo assim muito difícil de descrever sua verdadeira trajetória.Alguns estudos apontam que sua chegada ao Brasil se deu entre 1512 e 1517. Sua origem em Portugal também é bastante imprecisa, tendo Pedro Taques afirmando que ele veio de Barcellos. Já Tomé de Sousa em carta de 1 de junho de 1553 afirma que Ramalho era natural de Coimbra. Por fim, alguns indicam Vouzelas ou Boucelas como também sua origem.Supõe-se que ele era parente do Padre Manuel de Paiva, celebrante da missa do planalto em 25 de janeiro de 1554.João Rodrigues:Foi procurador em São Paulo em 1555.
Manoel Fernandes: Vereador de São Paulo no ano de 1556.
Manoel Ribeiro: Importante povoador paulista, assinatura de 1556.
Paulo de Proença:Foi juiz ordinário de São Paulo em 1555. Era genro de Brás Cubas.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (4): 01/01/1556 - *Afonso Sardinha é vereador da vila de Santos 12/02/1556 - Entregava o procurador do Conselho, á Câmara, uma mão de papel que, por dous tostões, para ella mercara 01/01/1575 - *Afonso Sardinha aparece em Livros de Atas e de Registro da Câmara de São Paulo 01/01/1753 - *Cidade perdida teria sido descoberta segundo o "Manuscrito 512" EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.