História da Odontologia. Escrito por Haroldo Cauduro – Fundador da RGO. Consultado em rgo.com.br
11 de janeiro de 2019, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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A primeira data que registra aspectos relativos a odontologia foi em 3.700 A.C. em manuscritos egípicios, mencionando alguns malefícios, como a dor de dente, feridas gengivais e outras manifestações orais.A primeira evidência de procedimento cirúrgico apresentava uma mandíbula com duas perfurações, abaixo das raízes do primeiro molar, indicando a drenagem de um abscesso dentário.
Um dos documentos mais antigos de odontologia que se tem notícia, vem da Mesopotânia, hoje Iraque, sobre o exercício da profissão de dentista.Hoje, fica difícil imaginar que, ha quase 10 mil anos, o homem já se submetia a algum tipo de intervenção odontológica.Descobertas recentes, apresentadas por uma equipe de arqueólogos e antropólogos da França: a, revelaram que aldeões paquistaneses, que viveram há 9.500 anos, durante o período Neolítico, usavam brocas de pedras para abrir buracos nos próprios dentes.
Em 1423 alguns barbeiros alcançavam fama exercendo cargos importantes, um deles Olivier Le Daim que ocupou lugar de destaque na corte de Luis XI. Há relatos que praticavam extrações.
Em outro reino, o cirurgião Jean Pitard , conseguiu que o rei Felipe IV cassasse o direito dos barbeiros de praticarem qualquer intervenção cirúrgica, se não se submetessem a um exame de habilitação.
No século XVIII, Pierre Fauchard (1678-1761) com a obra “Tratado dos dentes para os cirurgiões dentistas” proporcionou um salto para a ciência da odontologia, sendo considerado o “Pal da Odontologia”. O livro abrangia anatomia, fisiologia, entre outros assuntos e citava a piorréia alveolar, que recebeu o nome de “Enfermidade de Fauchard” (doença periodontal).
Foi ele que cunhou o termo cirurgião-dentista para a profissão, criou o “pivô” e iniciou o desenvolvimento de dentaduras. Reconheceu, também, a intima relações entre as condições bucais e a saúde em geral.
A inauguração da primeira escola dental do mundo deu-se em 6 de março de 1840, criada par Harris e Hayden no Estado de Maryland, na cidade de Baltimore, EUA (“Baltimore College of Dental Surgery”). O curso era de 16 semanas e a classe possuía cinco alunos.
Somente com a pesquisa de eminentes Cirurgiões Dentistas, como Pucci, Grossman, Ingle, Hess, dentre outros, é que se mudou a situação e começou uma nova era de novas técnicas e muita pesquisa. Após este desenvolvimento acabou-se com as extrações em massa por ordem médica, que extraiam dentes sem qualquer problema de foco ou mesmo cárie.
ODONTOLOGIA NO BRASIL
Nossos índios já realizavam tratamento dentário quando o país foi descoberto e se desconhece desde quando essa prática era usada. Documentos indicam que eles tinham bons dentes.
Sera que podemos sentir uma ponta de inveja dos habitantes do Brasil nos idos 1500? A carta de Pero Vaz de Caminha descreve; “habitantes com bons rostos, o que pode indicar dentes sadios e bonitos”.
Crânios encontrados em Lagoa Santa (MG), em região litorânea de São Paulo e do Paraná, acrescentadas as observações dos primeiros colonizadores indicavam que os índios tinham dentes bem implantados e com pouquíssimas cáries, mas acentuada abrasão, causada pela mastigação de alimentos duros.
A tribo Kuikuro, do norte do Mato Grosso, preenchia as cavidades dentárias com resina de jatobá aquecida, que cauterizando a polpa, eliminava a dor e funcionava como uma obturação depois de endurecida.
Os indígenas acumularam através das gerações, o conhecimento e efeitos das plantas medicinais nativas na intervenção das moléstias. Praticavam a odontologia de forma empírica e suas técnicas cirúrgicas eram rudimentares, como extrações com cipós ao primeiro indicio de cárie ou dor.
Com a colonização, foram implantadas no Brasil as práticas odontológicas vigentes em Portugal. Na época da criação das capitanias hereditárias, com a chegada das expedições colonizadoras e a formação dos primeiros núcleos de povoação, chegaram ao Brasil artesãos entre os quais se incluíam pessoas que tiravam dentes.
O Regimento do Físico-mor de Portugal, datado de 25 de fevereiro de 1521, regulou o oficio desses profissionais. Os dentistas trazidos eram iletrados e normalmente o local de trabalho se verificava onde se reuniam pessoas de condição social inferior, mas, também, nas ruas ou em domicilio.
O exercício da arte dentária no Brasil foi regulamentado somente em 9 de novembro de 1629, com a Carta Regia de Portugal. Com a reforma do regimento em 12 de dezembro de 1631 os “tiradentes” que não possuíam licença para “extrair dentes”, poderiam ser presos e teriam que pagar multa de dois mil réis. Essa licença especial era conferida pelo “cirurgião-mor Mestre Gil”, após exames de habilitação.
Essa era a situação do dentista, nos primeiros anos do governo de D. João VI no Brasil, quando eles tinham conhecimentos rudimentares, sem escolas, nem cursos. Nada Ihes era exigido para conseguir a carta da profissão de tiradentes, nem mesmo saber ler.
A profissão de dentista tinha sua licença dependendo do cirurgião-mor e os curativos nos dentes com licença, dependendo da parte medica da profissão.
A palavra dentista foi citada pela primeira vez no Plano de Exame da Real Junta do Pronto-Medicato, em 23 de maio de 1800, assinado pelo príncipe regente D. João IV. O documento estabelecia que o aspirante a profissão dentária deveria, se submeter a uma avaliação de conhecimento em anatomia, métodos operatório e terapêutico para estar legalizado.
A primeira carta-licença de dentista no Brasil foi concedida ao português Pedro Martins de Moura, em 15 de fevereiro de 1811, e o primeiro brasileiro que recebeu o documento foi Sebastian Fernandez de Oliveira em 23 de julho do mesmo ano.
Finalmente, em 1820, o doutor Jose Correa Picanço, cirurgião-mor, concedeu ao francês Doutor Eugênio Frederico Guertin, a primeira carta a um dentista mais evoluído, porque era diplomado pela Faculdade de Odontologia de Paris, para exercer sua profissão no Rio de Janeiro.
Recebendo permissão para extrair dentes, praticar todas as operações necessárias ao ramo, fazendo curativos, atingiu elevado conceito, atendendo a maior parte da nobreza, inclusive D. Pedro II e familiares. Ele foi o autor do primeiro livro de odontologia feito no Brasil, em 1829, “Avisos Tendentes a Conservação dos Dentes e sua Substituição”.
Outros dentistas franceses vieram a seguir trazendo o que havia de melhor na odontologia mundial. As dentaduras eram constituídas de dentes, esculpidos em marfim, adaptadas em base metálica e as arcadas ligadas por molas elásticas.
A partir de 1840 começaram a chegar dentistas dos Estados Unidos que pouco a pouco suplantaram os colegas franceses. Luiz Burdelli foi o primeiro, seguindo-se Clintin Van Tuyl, que usavam o clorofórmio para anestesia, conforme citação no livro: “Guia dos Dentes Sãos” (1849) com cerca de 100 paginas. Este guia era destinado ao grande publico, porém foi aproveitado pelos dentistas da época, porque abrangiam todos os assuntos odontológicos.
Segundo dados disponíveis, a primeira entidade da classe criada no Brasil foi o Instituto de Cirurgiões-Dentistas, em 1868. Em fevereiro de 1880, se atualizou o ensino tanto material, como cientificamente, criando-se laboratórios de cirurgia dentária, encomendando aparelhos e instrumentos dos Estados Unidos. E com crédito especial obtido em 1882, foi montado um laboratório de prótese dentária.
Descobriu-se em 1883 a fórmula de vulcanite suprindo, desta forma, a falta de material e combatendo os preços abusivos dos materiais.
Posteriormente foi publicado o “Manual do Dentista” pela firma de Cardoso & Cia, que vendia artigos para cirurgia em geral e o livro foi organizado par Veridiano Carvalho.Em 25 de outubro de 1884, criou-se oficialmente o Curso de Odontologia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e outro na Bahia, através do decreto n. 9311. Esta data passou a ser comemorada coma “Dia do cirurgião-dentista”.
Em 1889, formou-se peta Faculdade de Odontologia do Rio de Janeiro, Isabela Von Sidow, paulista de Cananeia, tornando-se a primeira mulher dentista formada no Brasil. Lucy Hobbs foi a primeira mulher no mundo a receber o titulo de dentista. Antes de conseguir o titulo, ela tentou por varias vezes o curso, porém sem sucesso, devido ao fato de ser do sexo feminino.
A Escola de Odontologia de São Paulo, foi criada em 7 de dezembro de 1900, e constava nos Estatutos que o Curso de Odontologia teria três séries, sendo assim constituídas:
1ª série: Física, Química Mineral, Anatomia descritiva e Topografia da Cabeça.
2ª série: Histologia dentária, Fisiologia dentária, Patologia dentária e Higiene da boca.
3ª série: Terapêutica dentária, Cirurgia e Prótese dentaria.
O Curso de Odontologia foi transformado em Faculdade em 1925, continuando anexa a Faculdade de Medicina, que pertencia a Universidade do Rio de Janeiro. Em 1933, a Faculdade de Odontologia tornou-se autônoma e passou a ter no mínimo quatro anos.Nesta mesma data Augusto Coelho e Souza – Pai da Odontologia Brasileira – publicou o “Manual Odontológico” e com Dias de Carvalho muito contribuíram para consolidação da profissão coma prática cientifica.Foi o grande impulso para o desenvolvimento da odontologia moderna, com o aprimoramento do ensino e das técnicas clinicas.No ano de 1960, inicio-se um movimento tendo como objetivo a criação dos Conselhos de Odontologia.
Foi instalado, em 1965, o Conselho Federal de Odontologia, em caráter provisório, e eleita a sua primeira diretoria e no ano seguinte instalados os primeiros Conselhos Regionais.Lenta e progressiva foi sendo conscientizada a necessidade de um cuidado sistemático com a saúde bucal em relação ao aspecto social. O cooperativismo, associado as perspectivas de limitação ao atendimento particular, houve a aceitação da ideia de convênios de assistência odontológica pelas empresas e a consolidação do Sistema Cooperativista na Odontologia.Enfim, isso tudo é apenas o início da história da odontologia brasileira, que chega aos dias de hoje com mais de 200 mil profissionais, com tecnologia avançada e muito trabalho pela frente na área de saúde bucal.Espero que tenha sido de bom proveito.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (19): 01/01/1423 - *Alguns barbeiros alcançavam fama exercendo cargos importantes, um deles Olivier Le Daim que ocupou lugar de destaque na corte de Luis XI. Há relatos que praticavam extrações 01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás 25/02/1521 - Regimento do Físico-mor de Portugal 09/11/1629 - O exercício da arte dentária no Brasil foi regulamentado com a Carta Regia de Portugal 12/12/1631 - Os “tiradentes” que não possuíam licença para “extrair dentes”, poderiam ser presos e teriam que pagar multa de dois mil réis. Essa licença especial era conferida pelo “cirurgião-mor Mestre Gil”, após exames de habilitação 01/01/1728 - *Pierre Fauchard publica “Le chirurgien dentiste” 23/05/1800 - A palavra dentista foi citada pela primeira vez no Plano de Exame da Real Junta do Pronto-Medicato 15/02/1811 - A primeira carta-licença de dentista no Brasil foi concedida ao português Pedro Martins de Moura 23/07/1811 - Sebastian Fernandez de Oliveira foi o primeiro brasileiro que recebeu a carta-licença de dentista 01/01/1820 - *O doutor Jose Correa Picanço, cirurgião-mor, concedeu ao francês Doutor Eugênio Frederico Guertin, a primeira carta a um dentista mais evoluído 01/01/1829 - *“Avisos Tendentes a Conservação dos Dentes e sua Substituição”, primeiro livro de odontologia feito no Brasil 06/03/1840 - Inauguração da primeira escola dental do mundo, criada par Harris e Hayden no Estado de Maryland, na cidade de Baltimore, EUA (“Baltimore College of Dental Surgery”) 01/01/1849 - *“Guia dos Dentes Sãos” 01/01/1868 - *Criada a primeira entidade da classe no Brasil foi o Instituto de Cirurgiões-Dentistas 01/01/1880 - Se atualizou o ensino tanto material, como cientificamente, criando-se laboratórios de cirurgia dentária, encomendando aparelhos e instrumentos dos Estados Unidos* 25/10/1884 - Decreto n° 9311 criou oficialmente o Curso de Odontologia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e outro na Bahia 01/01/1889 - *Formou-se peta Faculdade de Odontologia do Rio de Janeiro, Isabela Von Sidow, paulista de Cananeia, tornando-se a primeira mulher dentista formada no Brasil, e primeira no mundo a receber o titulo de dentista 07/12/1900 - Criada a Escola de Odontologia de São Paulo 01/01/1925 - *Curso de Odontologia foi transformado em Faculdade EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.