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Problemática em torno da descoberta europeia do Brasil, por Louro Carvalho (sinalaberto.pt)
    22 de junho de 2022, quarta-feira
    Atualizado em 14/11/2025 23:09:43





A descoberta europeia do Brasil não recolhe unanimidade da parte dos historiadores. Geralmente, é atribuída a Pedro Álvares Cabral, sendo a partir da sua abordagem ao território que a exploração ou colonização se desenvolveu. Mas há outras hipóteses a considerar e com alguma relevância.

Alguns, como Joaquim Barradas de Carvalho, sustentam que, em dezembro de 1498, uma frota de oito navios, sob o comando de Duarte Pacheco Pereira, atingira o litoral brasileiro e chegou a explorá-lo, à altura dos atuais Estados do Pará e do Maranhão. Essa aproximação portuguesa foi mantida em rigoroso sigilo. Estadistas hábeis, os dois reis de Portugal entre os séculos XV e XVI – D. João II e D. Manuel I – tentavam impedir que os espanhóis conhecessem os seus projetos.

E, após o retorno de Vasco da Gama a Lisboa, em agosto de 1499, com a descoberta do caminho marítimo para Índia, D. Manuel I, em parceria com investidores particulares, organiza nova expedição a Calecute. Para impressionar o monarca local ou o convencer pelas armas, o rei enviava agora uma expedição ostensivamente rica e poderosa, composta de 13 navios com uma tripulação estimada entre 1.200 e 1.500 homens, sob o comando de Álvares Cabral.

Porém, como refere MaxC Comes (internauta assim designado no site Quora), a 4 de maio, Pedro Álvares Cabral não “descobriu” o Brasil, naquele 22 de abril; só cumpriu missão ordenada por Dom Manuel I de fazer “apenas” a confirmação das terras portuguesas descobertas, em 1342, pelo capitão Sancho Brandão.

A Carta de 12 de fevereiro de 1343, do rei de Portugal Afonso IV ao Papa Clemente VI e guardada no Museu do Vaticano atesta e comprova a descoberta da Ilha do Brasil (com esse nome) no século XII. Assim, conforme “Documentos do Arquivo Reservado do Vaticano” (livro 138, folhas 148/149), junto com um mapa da região descoberta, no qual se vê a inscrição “Insula do Brasil”, escreve-se:

Diremos reverentemente à Vossa Santidade que os nossos naturais foram os primeiros que acharam as mencionadas ilhas do ocidente… dirigimos para ali os olhos do nosso entendimento e, desejando pôr em execução o nosso intento, mandamos as nossas gentes e algumas naos para explorarem a qualidade da terra, as quais, abordando as ditas ilhas, se apoderaram, por força de homens, animais e outras coisas e as trouxeram com grande prazer aos nossos reinos.

Afonso IV enviou com a carta um mapa da região descoberta com a inscrição “Insula do Brasil ou de Brandam”. E os portugueses monopolizaram o comércio do pau-brasil, proveniente daquela ilha. Porém, a confirmação de Cabral foi importante, já que o valenciano Rodrigo de Boja, o Papa Alexandre VI, impusera o Tratado de Tordesilhas (1994), aos reinos da Península Ibérica.

A descoberta do Brasil refere-se, na ótica europeia, ao achamento do território conhecido como Brasil, momento visto como sendo o do avistamento da terra que denominaram de Ilha de Vera Cruz, a 22 de abril de 1500, nas imediações do Monte Pascoal, pela armada comandada por Cabral. Esta descoberta inscreve-se nos “Descobrimentos Portugueses”.

Embora referida em relação à viagem de Cabral, a expressão “descoberta do Brasil” pode também aplicar-se à chegada da expedição de Vicente Yáñez Pinzón, navegador e explorador espanhol que atingiu o cabo de Santo Agostinho, promontório localizado no atual estado de Pernambuco, a 26 de janeiro de 1500. É a mais antiga viagem comprovada ao território brasileiro.

A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera, a 19 de novembro de 1499. Cruzada a linha do Equador, Pinzón enfrentou forte tempestade, mas, a 26 de janeiro de 1500, avistou o cabo e ancorou as naus num porto abrigado e de fácil acesso a pequenas embarcações, com 16 pés de fundo, segundo as indicações da sonda. Era a enseada de Suape, localizada na encosta sul do promontório, que a expedição espanhola denominou de cabo de Santa María de la Consolación. A Espanha não reivindicou a descoberta, minuciosamente registada por Pinzón e documentada por cronistas da época, como Pietro Martire d’Anghiera e Bartolomeu de las Casas, devido ao Tratado de Tordesilhas. De noite, após o desembarque, divisaram grandes fogueiras queimando à distância, na linha da costa a noroeste.

Na manhã seguinte, zarparam naquela direção até chegarem a um belo rio, batizado por Pinzón de “rio Formoso”. Na praia, às margens do rio, registou-se violento combate com os índios locais, da tribo dos potiguaras. Rumando para o norte, Pinzón dobrou o cabo de São Roque e atingiu, em fevereiro, o rio Amazonas, que denominou de Santa María de la Mar Dulce, donde prosseguiu para as Guianas e, daí, para o mar do Caribe, voltando para a Espanha a 30 de setembro de 1500. O primo de Pinzón, Diego de Lepe, empreendeu uma viagem irmã, saindo de Palos em 1499, vinte dias após a partida da esquadra pinzoniana. E chegou ao cabo de Santo Agostinho em fevereiro de 1500. Porém, navegou algumas milhas para o sul, observando que a costa se inclinava muito para o sudoeste, e voltou percorrendo a trajetória de Pinzón.

O mapa de Juan de la Cosa, feito em 1500, a pedido dos primeiros reis da Espanha – os Reis Católicos (Fernando II e Isabel I) –, mostra a costa sul-americana enfeitada com bandeiras castelhanas do cabo da Vela (na atual Colômbia) até ao extremo oriental do continente. Ali figura um texto que diz:

Este cavo se descubrio en año de mily IIII X C IX por Castilla syendo descubridor vicentians”.

Referir-se-á à chegada de Pinzón, em finais de janeiro de 1500, ao cabo de Santo Agostinho. Mais para leste e separada do continente, aparece uma Ysla descubierta por Portugal colorida em azul. Portanto, de la Cosa terá querido refletir assim a terra descoberta, em 1500, por Cabral e que este batizara “Terra de Vera Cruz” ou “Terra de Santa Cruz”. E os portugueses criam tratar-se de uma ilha entreposta no Atlântico, separando a Europa das Índias. Entretanto, a navegação de navios espanhóis à costa americana não produziu consequências. A chegada de Pinzón pode ser vista como um incidente da expansão marítima espanhola.A nomenclatura deste evento histórico considera o ponto de vista dos povos do chamado “Velho Mundo”, que tinham registos na forma de História (escrita), e reflete uma conceção de História eurocentrada. Marca o início de sistemática colonização portuguesa em territórios que formaram, posteriormente, o Brasil, por uma construção social, mais especificamente política.

A 30 de outubro de 1500, D. Manuel I casou com Maria de Aragão e Castela, filha dos Reis Católicos e irmã da primeira esposa Isabel (falecida em trabalho de parto), iniciando a ligação dinástica entre Portugal e Espanha. No ano seguinte, partiu de Lisboa a primeira expedição lusa de reconhecimento da costa brasileira, confiada a Américo Vespúcio e comandada por Gonçalo Coelho.

A armada avistou, a 17 de agosto de 1501, o cabo de São Roque no Rio Grande do Norte, descoberto por Pinzón (o cálculo de latitude era relativamente preciso à época, mas o de longitude era deficiente). Os portugueses seguiram para o sul, percorrendo a costa leste do Brasil.

Na altura de Santa Cruz Cabrália, depararam-se com dois degredados advindos da esquadra de Cabral e resgataram-nos. Verificaram que Cabral descobrira não uma ilha, mas um trecho de litoral do novo continente. A frota singrou até ao cabo de Santa Maria, no atual Uruguai. A Coroa Espanhola enviaria, mais tarde, o navegador Juan Díaz Solís em expedição para conhecer as terras que cabiam à Espanha segundo o Tratado de Tordesilhas, cuja linha imaginária passava no litoral do atual Estado de São Paulo, em Cananeia. E, por ter descoberto o Brasil, Vicente Yáñez Pinzón foi condecorado pelo rei Fernando III de Aragão a 5 de setembro de 1501.

Para selar o sucesso da viagem de Vasco da Gama na descoberta do caminho marítimo para a Índia, que permitia contornar o Mediterrâneo, sob domínio dos mouros e das nações italianas, D. Manuel I apressou-se a mandar aparelhar a predita nova frota para as Índias. Porque a pequena frota de Gama tivera dificuldades em impor-se e comerciar, esta seria a maior até então constituída pelo Ocidente, sendo composta por 13 embarcações e mais de mil homens. Com exceção dos nomes de duas naus e duma caravela, não se sabem os nomes dos navios comandados por Cabral. Estima-se que a armada levasse mantimentos para cerca de 18 meses. Era a maior esquadra até então enviada para singrar o Atlântico: dez naus, três caravelas e uma naveta de mantimentos. Embora não se saiba o nome da nau capitânia, a nau sota-capitânia, capitaneada pelo vice-comandante da armada Sancho de Tovar, chamava-se El Rei. A outra, a Anunciada, comandada por Nuno Leitão da Cunha, que pertencia a Dom Álvaro de Bragança, filho do duque de Bragança, e fora equipada com os recursos de Bartolomeu Marchionni e Girolamo Sernige, banqueiros florentinos que residiam em Lisboa e investiam no comércio de especiarias. As cartas que trocaram com os sócios e acionistas italianos preservaram o nome do navio. Conservou-se o nome da caravela capitaneada por Pero de Ataíde, a São Pedro. A caravela comandada por Bartolomeu Dias teve o seu nome perdido. A armada era completada pela naveta de mantimentos, comandada por Gaspar de Lemos. Coube-lhe retornar a Portugal com as notícias sobre a descoberta do Brasil.Baseado em documento incompleto que localizou na Torre do Tombo, em Lisboa, Francisco Adolfo de Varnhagen identificou cinco das dez naus que compunham a frota cabralina: Santa Cruz, Vitória, Flor de la Mar, Espírito Santo e Espera. A fonte citada por Varnhagen nunca foi reencontrada, pelo que a maioria dos historiadores prefere não adotar os nomes por ele listados. A armada, assim, continua quase anónima.

Vasco da Gama fez recomendações para a longa viagem: a coordenação entre os navios era crucial para não se perderem uns dos outros. Recomendou ao capitão-mor que disparasse os canhões duas vezes e esperasse pela mesma resposta de todos os outros navios antes de mudar o curso ou velocidade, de entre outros códigos de comunicação semelhantes. E, antes da partida, o bispo de Ceuta, Diogo de Ortiz, rezou missa na capela de Belém, a mando d’El Rei, benzeu uma bandeira com as armas do Reino e entregou-a a Cabral, despedindo-se o rei do fidalgo e dos outros capitães.A 24 de abril, Cabral, com Sancho de Tovar, Simão de Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correia e Pero Vaz de Caminha, recebeu um grupo de índios no seu navio. E os nativos reconheceram o ouro e a prata que surgiam na embarcação, nomeadamente um fio de ouro de D. Pedro e um castiçal de prata, o que levou os portugueses a crer que havia ali muito ouro. Entretanto, Caminha, na carta a D. Manuel I, confessa que não sabia dizer se os índios diziam que ali havia ouro ou se o desejo dos navegantes pelo metal era tanto que não entenderam diferente. Mas era!O encontro entre portugueses e índios está documentado na carta de Caminha. O choque cultural foi evidente. Os indígenas não reconheceram os animais que traziam os navegadores, à exceção de um papagaio do capitão; ofereceram-lhes comida e vinho, que eles rejeitaram. A curiosidade tocou-lhes pelos objetos não reconhecidos, como as contas dum rosário; e a surpresa dos portugueses pelos objetos reconhecidos, os metais preciosos. Fez-se absurdo aos portugueses Cabral ter-se vestido com as vestimentas e adornos a que tinha direito um capitão-mor frente aos índios e estes terem passado pela sua frente sem o diferenciarem dos demais tripulantes.Os indígenas tomaram conhecimento da fé dos portugueses ao assistirem à primeira missa, rezada por Frei Henrique de Coimbra, no domingo, 26 de abril. Logo depois da missa, a frota de Cabral rumou para as Índias, mas enviou um dos navios de volta a Portugal com a carta de Caminha. No entanto, com a chegada de frotas lusitanas com o objetivo de permanecer no Brasil e evangelizar os índios, os portugueses perceberam que a suposta facilidade na cristianização dos indígenas se traduziu na curiosidade destes com os gestos e falas ritualísticos dos europeus, não havendo real interesse na fé, o que forçou os missionários a repensar os métodos de conquista espiritual.

Aqueles povos praticavam uma incipiente agricultura e a domesticação de animais. Contudo, conheciam a produção de bebidas alcoólicas fermentadas a partir de raízes, tubérculos, cascas e frutos, entre outros. O litoral era ocupado por duas nações indígenas do grupo tupi: os tupinambás, entre Camanu e a foz do rio S. Francisco; e os tupiniquins, de Camamu até ao limite com o atual Estado do Espírito Santo. Para o interior, na faixa paralela à dos tupiniquins, estavam os aimorés.No início, os tupiniquins apoiaram os portugueses e os tupinambás os franceses, que lançaram, nos séculos XVI e XVII, várias ofensivas contra os portugueses. Ambas as tribos tinham cultura antropofágica para com os rivais, não compreendida pelos europeus, o que resultou na posterior caça aos que recusassem mudar esse hábito, a par de todo um processo de colonização ambíguo.

Louro Carvalho - É natural de Pendilhe, no concelho de Vila Nova de Paiva, e vive em Santa Maria da Feira. Estudou no Seminário de Resende, no Seminário Maior de Lamego e na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi pároco, durante mais de 21 anos, em várias freguesias do concelho de Sernancelhe e foi professor de Português em diversas escolas, tendo terminado a carreira docente na Escola Secundária de Santa Maria da Feira.



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (6):
01/08/1499 - Vasco da Gama regressou a Portugal. Gaspar da Gama virou amigo de Dom Manuel*
13/11/1499 - A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera
01/01/1500 - *Mapa de Juan de la Cosa, também referido como carta de Juan de la Cosa
26/01/1500 - Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco
30/09/1500 - Pinzón retorna para a Espanha
16/08/1501 - A esquadra portuguesa de André Gonçalves e Américo Vespúcio, vinda de Lisboa, avista o cabo a que se deu o nome de São Roque
EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.