Quem realmente descobriu a Antártida? Depende para quem você pergunta. ERIN BLAKEMORE, nationalgeographicbrasil.com
5 de novembro de 2020, quinta-feira Atualizado em 24/05/2025 05:13:40
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DUZENTOS ANOS após a descoberta da Antártida, o continente congelado é conhecido como um centro de exploração científica e um local de aventuras e perigos a temperaturas abaixo de zero. Mas quem realmente descobriu o novo continente? Depende do que se entende por “descoberto”. A descoberta fatídica poderia ser atribuída a uma expedição russa em 27 de janeiro de 1820 — ou a uma britânica apenas três dias depois.
No início do século 19, exploradores buscavam um enorme continente ao sul, chamado Terra Australis Incognita (“terra desconhecida do sul”). Acreditava-se que essa vasta massa de terra “equilibrava” a terra no Hemisfério Norte. Mas as primeiras tentativas de encontrar o continente fracassaram. O capitão James Cook passou três anos procurando por ele durante sua segunda viagem, de 1772 a 1775. A expedição levou Cook e seus homens até o Círculo Antártico, mas o explorador acabou desistindo, pois não conseguiu encontrar o continente.
No entanto, Cook estava convencido de que a história não acabava por ali. “Acredito firmemente que exista um pedaço de terra perto do Polo, que é a fonte da maior parte do gelo espalhado por esse vasto Oceano Antártico”, escreveu ele ao final da expedição, mas “o risco que se corre ao explorar uma costa nesses mares desconhecidos e gelados é tão grande que posso ter a ousadia de dizer que ninguém jamais se aventurará mais longe do que eu e que as terras que se situam ao sul nunca serão exploradas”. Na verdade, Cook ficou a apenas 128 quilômetros da costa do continente em determinado ponto de sua jornada.As viagens de Cook incentivaram outros exploradores, mas nenhuma foi bem-sucedida e a busca pela “terra desconhecida do sul” foi considerada impossível. Contudo a busca pela Antártida voltou a aquecer graças a rivalidades internacionais e aos possíveis lucros com o comércio de pele de focas caçadas em águas geladas. A competição global por território e domínio econômico levou exploradores da Rússia, Inglaterra e Estados Unidos em direção à Antártida.
Em 1819, a Rússia encarregou Fabian von Bellingshausen de navegar mais ao sul do que Cook. Em 27 de janeiro de 1820, ele avistou o gelo sólido que provavelmente era uma plataforma de gelo anexada à terra antártica, agora conhecida como Terra da Rainha Maud. Sem saber, ele tinha companhia: três dias depois, o oficial da Marinha britânica Edward Bransfield avistou a ponta da Península Antártica.
Embora von Bellingshausen tenha sido tecnicamente o primeiro a ver o continente desconhecido, escreve o historiador David Day, sua conquista foi ocultada por décadas por uma tradução incorreta de seu diário que levou os historiadores a supor que ele realmente não tinha visto terra. Os norte-americanos não estavam muito atrás: John Davis, caçador de focas e explorador, foi a primeira pessoa a pisar em terras antárticas em 1821.
A corrida para encontrar a Antártida provocou uma competição para localizar o Polo Sul — e alimentou outra rivalidade. O explorador norueguês Roald Amundsen o encontrou em 14 de dezembro de 1911. Pouco mais de um mês depois, Robert Falcon Scott o encontrou também. Entretanto ele retornou com resultados desastrosos. Todo o grupo de Scott morreu e a expedição é considerada um fracasso até hoje.
No entanto, quando Amundsen conversou com a Royal Geographic Society em uma cerimônia em homenagem a sua conquista, escreve o historiador Edward J. Larson, participantes aplaudiram os cães do explorador, mas não ele. A Antártida pode ser fria, mas as paixões que ela acende no coração dos exploradores e de seus campeões são realmente ardentes.
Southern Hemisphere Data: 01/01/1818 Créditos/Fonte: John Pinkerton 01/01/1818
ID: 11338
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (4): 13/11/1768 - Chega ao Rio de Janeiro, em viagem para o Pacífico, o célebre navegador James Cook 01/01/1818 - *Mapa “Southern Hemisphere” de John Pinkerton 27/01/1820 - Descoberta a Antártida 01/01/1821 - *John Davis, caçador de focas e explorador, foi a primeira pessoa a pisar em terras antárticas EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.