História da imigração japonesa no Brasil. al.sp.gov.br
10 de janeiro de 2008, quinta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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A vinda de imigrantes japoneses para o Brasil foi motivada por interesses dos dois países: o Brasil necessitava de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente em São Paulo e no norte do Paraná, e o Japão precisava aliviar a tensão social no país, causada por seu alto índice demográfico. Para conseguir isso, o governo japonês adotou uma política de emigração desde o princípio de sua modernização, iniciada na era Meiji (1868). Apesar de não serem favoráveis à imigração, em 1906, os governos do Japão e do Estado de São Paulo levaram adiante esse processo.A imigração japonesa no Brasil tem como marco inicial a chegada do navio Kasato Maru, em Santos, no dia 18 de junho de 1908. Do porto de Kobe a embarcação trouxe, numa viagem de 52 dias, os 781 primeiros imigrantes vinculados ao acordo imigratório estabelecido entre Brasil e Japão, além de 12 passageiros independentes.
Embora o Japão tenha enviado seus primeiros imigrantes ao Brasil em 1908, os primeiros japoneses a pisar em solo brasileiro foram quatro tripulantes do barco Wakamiya Maru, que, em 1803, afundou na costa japonesa. Os náufragos foram salvos por um navio de guerra russo que, mesmo não podendo desviar-se de sua rota, levou-os em sua viagem. No retorno, a embarcação aportou, para conserto, em Porto de Desterro, atual Florianópolis (SC), no dia 20 de dezembro, permanecendo até 4 de fevereiro de 1804. Ali, os quatro japoneses fizeram registros importantes da vida da população local e da produção agrícola da época.
Incidentalmente, outros japoneses estiveram de passagem pelo país, mas a primeira visita oficial para se buscar um acordo diplomático e comercial ocorreu em 1880. No dia 16 de novembro daquele ano, o vice-almirante Artur Silveira da Mota, mais tarde Barão de Jaceguai, iniciou, em Tóquio, as conversações para o estabelecimento de um Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre os dois países.O esforço nesse sentido prosseguiu em 1882, com o ministro plenipotenciário Eduardo Calado, mas o acordo só seria concretizado 13 anos mais tarde. Em dia 5 de novembro de 1895, em Paris, Brasil e Japão assinaram o Tratado da Amizade, Comércio e Navegação.Abertura à imigraçãoEntre eventos que antecederam a assinatura do tratado destaca-se a abertura brasileira às imigrações japonesas e chinesas, autorizadas pelo Decreto Lei 97, de 5 de outubro de 1892. Com isso, em 1894 o Japão envia o deputado Tadashi Nemoto para uma visita, cujo roteiro incluía os Estados da Bahia, do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.Satisfeito com o que viu, Nemoto manda um relatório ao governo e às empresas de emigração japonesas, recomendando o Brasil apto a acolher os imigrantes orientais. A partida da primeira leva de japoneses que deveria vir trabalhar nas lavouras de café, em 1897, teve de ser cancelada justamente na véspera do embarque. O motivo foi a crise que o preço do produto sofreu em todo o mundo e que iria perdurar até 1906.Em 1907, o governo brasileiro publica a Lei da Imigração e Colonização, permitindo que cada Estado definisse a forma mais conveniente de receber e instalar os imigrantes. Em novembro daquele mesmo ano, Ryu Mizuno fecha acordo com o secretário da Agricultura de São Paulo, Carlos Arruda Botelho, para a introdução de 3 mil imigrantes japoneses, num período de três anos. Nessa época, o governador era Jorge Tibiriçá. Assim, no dia 28 de abril de 1908, o navio Kasato Maru deixa o Japão com os primeiros imigrantes, rumo ao Brasil.O período da imigraçãoOs 793 japoneses recém-chegados foram distribuídos em seis fazendas paulistas. Enfrentaram, porém, um duro período de adaptação. O grupo contratado pela Companhia Agrícola Fazenda Dumont, por exemplo, não permaneceu ali mais que dois meses. As outras fazendas também foram sendo gradativamente abandonadas pelos exóticos trabalhadores de olhos puxados e costumes tão diferentes. Em setembro de 1909, restavam apenas 191 pessoas nas fazendas contratantes.Não obstante, no ano seguinte, a segunda leva de imigrantes já estava a caminho. E no dia 28 de junho de 1910, o navio Ryojun Maru aportava em Santos com mais 906 trabalhadores a bordo. Distribuídos por outras fazendas, eles viveriam os mesmos problemas de adaptação dos compatriotas que os antecederam. Aos poucos, porém, os conflitos foram diminuindo e a permanência nos locais de trabalho, ficou mais duradoura.Conquistando espaçoOs primeiros imigrantes japoneses a se tornarem proprietários de terra foram cinco famílias que adquiriram, em fevereiro de 1911, lotes junto à Estação Cerqueira César, da Estrada de Ferro Sorocabana, dentro do projeto de colonização Monções, criado na época pelo governo federal. Essas famílias foram também as primeiras a cultivar o algodão.Em março de 1912, novas famílias são assentadas em terras doadas pelo governo paulista, na região de Iguape, graças ao contrato de colonização firmado entre uma empresa japonesa e aquele poder público. Iniciado com cerca de 30 famílias " a maioria proveniente de outras fazendas onde os contratos já haviam sido cumpridos ", esse foi um dos mais bem sucedidos projetos de colonização dessa fase pioneira.Nesse mesmo ano, os imigrantes atingiram o Paraná, tendo como precursora uma família procedente da província de Fukushima, e que se estabelece na Fazenda Monte Claro, em Ribeirão Claro, cidade situada no norte do Estado. Em agosto de 1913, um grupo de 107 imigrantes chega ao Brasil para trabalhar em uma mina de ouro, em Minas Gerais. Foram os únicos mineiros na história da imigração.Em 1914, o número de trabalhadores japoneses no Estado de São Paulo já estava em torno de 10 mil pessoas. Com uma situação financeira desfavorável, o governo estadual decidiu proibir novas contratações de imigrantes e, em março, avisou à Companhia da Imigração que não mais subsidiaria o pagamento de passagens do Japão para o Brasil.No entanto, a abertura de novas comunidades rurais utilizando-se a mão-de-obra existente continuou. Por essa época, ocorreu também um dos episódios mais tristes da história da imigração, quando dezenas de pessoas que haviam se instalado na Colônia Hirano, em Cafelândia, morreram vítimas da malária, doença então desconhecida para os japoneses.Adaptação cultural e a Segunda Guerra MundialCom o aumento do número de colônias agrícolas japonesas, que nesse período se expandiram principalmente em direção ao noroeste do Estado de São Paulo, começam a surgir também muitas escolas primárias destinadas a atender os filhos dos imigrantes. Em 1918, formaram-se as duas primeiras professoras oficiais saídas da comunidade, as irmãs Kumabe, pela Escola Normal do Rio de Janeiro. Em 1923, Escola de Odontologia de Pindamonhangaba formou também o primeiro dentista de origem japonesa.Essa presença crescente de um povo exótico no país, porém, não parou de gerar polêmicas. Tanto na esfera executiva como legislativa surgiram opiniões a favor e contra a entrada de novos imigrantes japoneses. Em 1932, segundo informações do Consulado Geral do Japão em São Paulo na época, a comunidade nikkey era composta por 132.689 pessoas, com maior concentração na linha noroeste. Desse total, 90% dedicava-se à agricultura. Nesta época, havia também diversas publicações em japonês com periodicidade semanal, quinzenal e mensal.Em 1938, ano antecedente à Segunda Guerra Mundial, o governo federal começou a limitar as atividades culturais e educacionais dos imigrantes. Em dezembro, decretou o fechamento de todas as escolas estrangeiras, principalmente japonesas, alemãs e italianas.As comunidades oriundas dos países integrantes do Eixo RO-BER-TO (Roma-Berlim-Tóquio) começaram a sentir os sintomas do conflito iminente. Em 1940, todas as publicações em japonês tiveram a sua circulação proibida. No ano seguinte, chegaram as últimas correspondências do Japão. Até o fim da guerra, os japoneses viveram um período de severas restrições, inclusive com o confisco de todos os bens.Período pós-guerraEm 1948, Yukishige Tamura é eleito vereador em São Paulo, tornando-se o primeiro nikkey a ocupar um cargo eletivo em uma capital. Já em clima de paz, é restabelecido, em 1949, o comércio entre Brasil e Japão por meio de um acordo bilateral. Um ano depois, o governo federal anuncia a liberação dos bens confiscados aos imigrantes dos países do Eixo e, em 1951, aprova projeto para introdução no país de 5 mil famílias imigrantes. Encorajadas, as empresas japonesas começam a planejar investimentos no Brasil. As primeiras delas chegam em 1953.Cinqüenta anos após a chegada do navio Kasato Maru em Santos, o número de japoneses e descendentes no país somava 404.630 pessoas. O príncipe Mikasa, irmão do imperador Hiroito, visita o país para participar das festividades do cinqüentenário da imigração.Nas eleições majoritárias de 1962, já se pôde observar a plena integração social e política dos brasileiros descendentes de japoneses, quando seis nisseis são escolhidos por meio das urnas: três para a Câmara Federal (Miyamoto, do Paraná; Hirata e Tamura de São Paulo) e três para a Assembléia Legislativa de São Paulo (Yoshifumi Uchiyama, Antonio Morimoto e Diogo Nomura).Em 1967, o príncipe herdeiro Akihito e a princesa Michiko visitam o Brasil pela primeira vez. Na recepção ao casal imperial a comunidade nipo-brasileira lota o estádio do Pacaembu. Em 1973, chega a Santos o Nippon Maru, o último navio a transportar imigrantes japoneses. Em 1978 a imigração japonesa comemorou 70 anos. O príncipe herdeiro Akihito e a princesa Michiko participam das festividades e novamente o Pacaembu foi lotado. No prédio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo), foi inaugurado o Museu da Imigração Japonesa no Brasil.A integração consolidadaOs anos 60 foram marcados, em muitos aspectos, pela integração dos nikkeis à sociedade brasileira. Além da participação ativa na vida política por meio de seus representantes nas casas legislativas, eles começaram a despontar nas áreas culturais, notadamente na grande imprensa " onde o pioneiro foi Hideo Onaga, na Folha de S. Paulo ", e nas artes plásticas, com destaque para Manabu Mabe. Neste mesmo período, durante o governo Costa e Silva, também é nomeado o primeiro ministro descendente de japoneses, o empresário Fábio Yassuda, que assumiu o cargo de Ministro da Indústria e Comércio sem, no entanto, cumprir integralmente sua gestão.No futuro, dois outros seriam chamados a assumir cargos equivalentes: Shigeaki Ueki, como ministro de Minas e Energia do governo Geisel, e Seigo Tsuzuki, como ministro da Saúde do governo Sarney. Outro marco muito importante, em 1964, foi a inauguração da sede da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa na rua São Joaquim.O Bunkyo passou a promover e coordenar a maioria dos grandes eventos com envolvimento da comunidade nipo-brasileira como um todo: aniversários da imigração, visitas ao Brasil de membros da Família Imperial etc.A partir da década de 70, começaram a surgir as primeiras obras literárias escritas por nikkeis, tendo como temas o Japão e os imigrantes entre eles, Japão Passado e Presente, de José Yamashiro (1978), História dos Samurais, também de Yamashiro (1982), e a obra considerada como referência obrigatória dentro da história da imigração, que é O Imigrante Japonês, de Tomoo Handa, lançado em 1987. Em 1988, no 80º aniversário da imigração, comemorado com a presença do príncipe Aya, filho de Akihito, o censo demográfico da comunidade, feito por amostragem, estimava o número de nikkeis no país em 1.228.000 pessoas. Nesse final de década, a comunidade nipo-brasileira e o próprio país já começaram a sentir os efeitos de um novo e curioso fenômeno que se alastrava rapidamente entre as famílias nikkeis: os dekasseguis.O fenômeno dekasseguiA ida de milhares de japoneses e descendentes do Brasil para o Japão começou em 1988. Seguindo o caminho inverso dos imigrantes do Kasato Maru, mas com objetivos semelhantes, os dekasseguis marcaram este período como um dos mais importantes da história da imigração japonesa.Em 1991, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa realizou o "Simpósio sobre o fenômeno dekassegui". No ano seguinte foi criado o Centro de Informação e Assistência aos Trabalhadores no Estrangeiro (CIATE), com a colaboração do Ministério do Trabalho do Japão. Com atendimento até hoje, este serviço tem sua sede no prédio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa.Surge também, no mesmo período, a primeira obra literária de ficção escrita por uma nikkei, tendo como personagens descendentes de japoneses, e abordando também o fenômeno dekassegui: Sonhos Bloqueados, lançado em 1992 pela professora Laura Hasegawa. Outro importante acontecimento desta década foi a comemoração, em 1995, do centenário do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão.A princesa Norinomiya, filha de Akihito, já então imperador do Japão, veio prestigiar as festividades. Em 1997, o próprio casal imperial fez uma visita de dez dias ao Brasil. Em 1998, a comunidade nikkei de todo o país comemorou com festa os 90 anos da imigração. Nessa festa, a última sobrevivente da primeira leva de imigrantes, Tomi Nakagawa, estava presente.Decorrido todo este tempo desde sua chegada ao Brasil, o Kasato Maru permanece como marco da imigração japonesa no Brasil.Fonte: Museu Histórico da Imigração Japonesa no BrasilNotícias mais lidasAlesp aprova auxílio de até 1 salário mínimo para desempregados; nº de beneficiários também aumentaGoverno do Estado atende solicitação do Deputado e renova Bolsa TrabalhoDelegados defendem valorização de policiais, com aumento salarial e do cuidado com a saúde mentalAlesp aprova projeto para acabar com perturbação causada por sons, ruídos e vibraçõesGovernador sanciona lei que proíbe comprovante de vacinação para acesso a locais públicos e privadosAlesp aprova e governo sanciona lei que garante medicamento à base de Cannabis no SUS de SPLei que dá prazo indeterminado a atestados médicos para autistas passa a valer em todo EstadoDeputado apresenta projeto pelo uso do Cordão de Girassol no EstadoDebate sobre segurança nas escolas persiste na Alesp; confira os pronunciamentos desta quinta, 30
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 20/12/1803 - 105 anos antes do Kasaru Maru: A saga de 10 anos dos primeiros japoneses no Brasil 04/02/1804 - Tripulantes do barco Wakamiya Maru deixam o Brasil EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.