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Aspectos da modernidade em Sorocaba. Experiências urbanas e representações (1890-1914)
    2004
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


“Sorocaba deve lembrar-se de que não é mais a Sorocaba dostempos passados; deve bem considerar que, só no seu perímetro,agazalha actualmente talvez mais de dez mil almas, e que, alémdas muitas industrias que progridem e florescem no seu seio, osibilar da locomotiva que a visita diariamente, ha dezoito annos,lhe grita varias vezes ao dia: Avante!” (Diário de Sorocaba – 01/02/1893)I) Rumo à Manchester Paulista – urbanização e industrialização.Na sua edição do dia 5 de janeiro de 1905, o jornal O 15 de Novembro anunciava a inauguração dos trabalhos para a construção de uma grande usina hidroelétrica, junto à cachoeira do salto de Itupararanga. Tal obra seria executada pelaEmpresa Elétrica de Sorocaba, tendo à sua frente Bernardo Lichtenfels Júnior,um dos grandes capitalistas da cidade.1Dias depois o mesmo periódico relata com detalhes as festividades quecercaram o evento, em toda sua magnificência. A cerimônia também se constituiu numa homenagem ao superintendente da Estrada de Ferro Sorocabana,Alfredo Maia. Um nome muito festejado pela elite local, em função de ter revitalizado completamente a companhia, que se encontrava em sérias dificuldadesfinanceiras. A admiração se justificava, afinal a Sorocabana era uma peça vitalpara o sucesso da expansão industrial da cidade, assim como a construção dausina representaria a garantia para futuros investimentos. Então, nada maissalutar do que comemorar numa mesma solenidade o sucesso da Empresa Elétrica e da Sorocabana. Em meio a esse clima de festa e discursos exaltados,surge a comparação entre Sorocaba e a cidade inglesa de Manchester. A relaçãoé feita por ninguém menos do que o próprio Alfredo Maia, que, agradecendoos obséquios recebidos e num “improvisado e eloqüente discurso” sustentavaque dali a não pouco tempo Sorocaba se tornaria a Manchester brasileira.2Tal expressão foi rapidamente encampada pelas lideranças locais, fato decisivo [Página 3 do pdf]

sentações os vestígios, sejam de que tipo forem – discursivos, iconográficos,etc., – que indicam as práticas constitutivas de qualquer objetivação histórica.Estabelecer hipoteticamente uma relação entre séries de representações, construídas e trabalhadas enquanto tais, e as práticas que constituem o seu referenteexterno. (grifo nosso)”10.Uma hipótese a ser trabalhada é pensar a especificidade da história urbanade Sorocaba, num momento em que a cidade – pelo menos no que se refereaos grandes centros –, se problematiza, gerando novas demandas e necessidades. A questão, portanto, é verificar se para além das transformações porque passam as maiores cidades brasileiras (Rio de Janeiro e São Paulo, porexemplo), muitas dessas manifestações da modernidade da Belle Époque jápoderiam se fazer sentir em algumas cidades do interior.Sem dúvida aqueles anos iniciais do século XX foram auspiciosos para ocrescimento econômico da cidade. Com efeito, Sorocaba já se inseria num contexto de industrialização que se adensava desde a década de 1890, caracterizado pela instalação, em especial, de indústrias têxteis. Houve um certo refluxodurante os anos de 1897 e 1904, por conta de instabilidades no cenário internacional, bem como pela crise de superprodução do complexo exportador cafeeiro (significando a baixa nos preços do café), e da difícil situação financeirado Estado brasileiro. Contudo, a partir de 1905, o ritmo de crescimento éretomado.11 Mas, segundo matéria publicada na imprensa sorocabana no iníciode 1903, já no ano anterior o panorama começava a se modificar favoravelmente para a indústria nacional. Assim, em Sorocaba, reabriu-se uma antigae tradicional fábrica de chapéus, sob nova direção; uma nova fábrica de bebidasé inaugurada; a fábrica de tecidos Santa Maria retoma suas atividades, tendoinclusive encomendado novos equipamentos que já se encontravam no portode Santos. Além disso, o Banco União, proprietário da indústria de estampariae chitas Votorantim, firma contrato para a construção de um grande edifício, [Página 6 do pdf]

dante, em decorrência da imigração; e, além disso, com a Estrada de Ferro sesolucionaria as dificuldades de transporte, sem contar que a cidade já se encontrava localizada próxima às grandes praças comerciais, como São Paulo.No entanto, a trajetória para o advento de uma grande manufatura têxtil nacidade foi um tanto quanto tortuosa, ocorreram várias tentativas fracassadas aolongo da década de 1870, isso a despeito de se ter organizado, pelos mesmosdirigentes da Companhia Sorocabana, uma sociedade anônima denominada“Indústria Sorocabana”, visando justamente à criação de uma fábrica de tecidos.22Finalmente, em 1882, é fundada a fábrica têxtil Nossa Senhora da Ponte,por iniciativa de Manoel José da Fonseca, um iminente comerciante de tecidosda cidade. Tal fato se configura como um marco no processo de industrializaçãolocal, uma vez que propicia o incentivo para a instalação de novas fábricas.Trata-se, então, de averiguar no caso de Sorocaba, as relações entre odesenvolvimento urbano da cidade e seu processo de industrialização. Evidentemente não se pode traçar uma relação mecânica entre urbanização e industrialização no contexto brasileiro. Muitas cidades, como São Paulo, por exemplo, tiveram seu crescimento, num primeiro momento, pautado pelo capitalcomercial. Por outro lado, a cidade parece ser o espaço privilegiado para odesenvolvimento industrial, pelas suas condições estruturais e pela concentração de mão de obra, bem como por se constituir num mercado de consumoprivilegiado. Portanto, como escrevem Foot Hardman e Victor Leonardi, “sehistoricamente, as cidades preexistiam às indústrias, ocorreria que, a partir domomento em que o capital financeiro chegou a dominar todas as demais atividades econômicas, ele passou também a determinar toda expansão urbana,desde os aspectos econômicos até sócio-políticos e culturais.”23 [Página 11 do pdf]

do jornal, a algazarra das crianças, uma animada conversa entre italianos,lembrando a imigração e, finalmente, o barulho irritante dos carros de bois, comoum anacronismo naquele cenário. A narrativa é marcada por ambivalências,alguns ícones de modernização, como é o desejo das elites da cidade, e tambémdo cronista, interagindo com os arcaicos meios de transporte, “fantasmas”, quenem os mais recentes atos municipais conseguiam fazer desaparecer das ruas.A cidade efetivamente passa por transformações, mas tal processo é permeado pela forte permanência de paisagens, práticas e características que remetem aépocas passadas. No aspecto arquitetônico, por exemplo, ainda em meados dadécada de 1950, era possível encontrar na região central da cidade janelas derótulas, a despeito, como vimos, de sua proibição pelo código de 1914.44 É o casotambém dos antigos nomes das ruas, algumas delas possuíam denominaçõesdeliciosas, tais como rua da Boa Vista de Cima, rua de Baixo, rua da Bica, rua dosMorros, rua da Olaria, Beco do Inferno, Beco dos Prazeres. Muitos desses nomes,característicos dos tempos coloniais e imperiais, teimavam em persistir, já noperíodo republicano. Aspecto que irritava alguns jornalistas, os quais consideravamesses termos anacronismos de muito mau gosto. Como Oliveira Mesquita, jámencionado na crônica de Gêbê, que escreve em 1913: “Em Sorocaba, como emtodas as cidades, existem ruas cujos nomes são tão esquisitos quanto ridículos.”45Havia ainda certas regiões da cidade que eram conhecidas por expressõespitorescas, em razão de determinadas práticas que ali se realizavam. É o caso deum local conhecido como Pito Aceso, que era, na passagem do século XIX parao XX, um dos arrabaldes da cidade. Nesse lugar, à noite, os escravos tinham ocostume de sentar na soleira das casas para conversar e fumar seus cachimbos debarro. Conforme escreve o memorialista Antônio Francisco Gaspar, “como ali nãohavia lampiões nem luz elétrica, os pitos acesos das velhinhas e velhos de cor,com seus canudos cumpridos, conforme a usança dessa gente, pareciam vagalumesa divagarem na escuridão e foi por isso que esse trecho da atual Praça 9 de Julhoficou batizado com essa alcunha.”46.Essa imbricação entre temporalidades e ritmos é uma característica daurbe, como escreve o historiador Bernard Lepetit, “a cidade nunca é absolu [Página 19 do pdf]

fábricas de tecelagem. A malha urbana começa a se expandir para muito alémde seu histórico núcleo central, ultrapassando as linhas da Estrada de FerroSorocabana, rumo a até então quase totalmente desabitada região norte da cidade, surge, dessa forma, bairros povoados por operários que trabalhavam nasfábricas têxteis da região como Nossa Senhora da Ponte e Santo Antônio, estafundada em 1913, como nas oficinas da Sorocabana.

Não obstante, alguns autores têm apontado, com razão, uma estranha situação acerca da historiografia sorocabana. Em que pese à importância da industrialização para a história da cidade, o que é produzido sobre o tema fica confinado a perspectiva da burguesia local. Quer dizer, trata-se de uma história decaráter quase que exclusivamente apologético. E os operários? Estes pairamnum surpreendente esquecimento. Inclusive, há indícios de que a luta de classesresultante desse processo, desembocou numa autêntica luta de representações,pois além da expressão “Manchester Paulista” – aceita e divulgada de bomgrado pela burguesia local –, a cidade receberia ainda um outro cognome:“Moscou Paulista”.50 No entanto, as referências a esse último termo são muitovagas, não ficando claro a época em que surge – talvez ao longo da década de1920, muito menos se foi cunhado pelos trabalhadores sorocabanos ou pelaprópria burguesia, neste caso, evidentemente, com um sentido pejorativo. Portanto, se o processo de construção da imagem de cidade industrial está bemdocumentado, mas, talvez ainda não tão bem estudado como merece; a históriaoperária, por sua vez, é totalmente fragmentada, dispersa e, em seus momentosiniciais, que, paradoxalmente coincidem com o apogeu do primeiro ciclo industrial na cidade – ou seja, o primeiro quarto do século XX51, se encontra quasecompletamente esquecida.Nessa questão há ainda um complicador que se relaciona com as radicaistransformações ocorridas no âmbito da relação social capitalista, tão intensasquanto aquelas que se deram na virada do século XIX para o XX e que marcaram a chamada modernidade da Belle Époque. Tais modificações trariam a [Página 21 do pdf]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
05/01/1905 - Inauguração da Usina de Itupararanga
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.