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História: A misteriosa chuva de sangue. Jornal Tribuna do Norte, jornaltribunadonorte.net
    2 de agosto de 2022, terça-feira
    Atualizado em 14/11/2025 19:28:14





Mistério ocorrido em Sorocaba no final de 1927 foi divulgado por vários jornais, inclusive pela Tribuna do Norte. Dos acontecimentos sensacionalistas da primeira metade do século XX que não tiveram como palco o município de Pindamonhangaba, porém divulgados pelo jornal Tribuna do Norte, este ainda hoje chama a atenção dos leitores.

Era a edição de 2 de outubro de 1927 da Tribuna, o título “Chuva de sangue”:

Uma chuva de sangue em Sorocaba é noticiada pelo nosso colega ‘Cruzeiro do Sul’, daquela cidade: – ‘Os moradores da rua Caputera, nas imediações da Santa Casa, foram surpreendidos ante ontem por um fato curioso que os atemorizou e suscitou os mais desencontrados comentários. Ao meio dia de ante ontem, quando o sol dardejava com intenso vigor, aquela rua, de súbito, foi coberta inteiramente, numa extensão de cem metros, por uma tênue camada de sangue, caída como chuva, de um só jato’”.

Conforme o artigo republicado pela Tribuna, ao perceber a ocorrência do fenômeno, além dos receosos e assustados moradores da rua, grande número de curiosos foram atraídos para a rua Caputera para constatar e comentar o ocorrido. Anoiteceu e muita gente ainda para lá se dirigia.

Presente ao local para cobrir o fato, o enviado pelo jornal Cruzeiro do Sul lembrava que a referida rua ficava nas proximidades de um matadouro. A explicação àquilo seria a mesma dada a um fato idêntico que havia acontecido no Rio Grande do Sul, em local próximo de charqueadas (áreas onde se produz o charque, normalmente galpões cobertos onde a carne é salgada e exposta para o processo de desidratação) onde:

O sangue animal infiltrado no solo e depois evaporado e retido pelas nuvens, retornou novamente liquefeito, em forma de chuva, produzindo-se ali, esse fenômeno mais de uma vez”.

Segundo o jornal Cruzeiro do Sul, a rua Caputera ou qualquer outra via próxima de um matadouro estaria sujeita à chuva vermelha.

Outra explicação

Sobre o assunto a edição de 16 de outubro de 1927 da Tribuna trouxe um artigo de autoria de seu cronista colaborador (que assinava seus escritos sob o pseudônimo “Phebo”), tentando explicar a tal “chuva de sangue”.

Para o cronista, terem na atribuído ao fato da tal rua se localizar próxima ao matadouro, lugar onde o solo recebe constantemente o sangue dos animais abatidos, embora tenha sido uma atribuição racional não parecia de toda verdadeira, e explicava o porquê:

Se costumam atirar constantemente o sangue desses animais sobre esse solo é porque, naturalmente ele é poroso, e se poroso, graças ao poder seletivo do solo, esse sangue infiltra-se pela terra abandonando de passagem toda partícula sólida existente, atingindo somente o lençol subterrâneo a água pura e completamente límpida, que se captada convenientemente serve para a nossa alimentação”.

E prosseguia: “A parte evaporada do solo vai constituir a umidade atmosférica (vapor d’água) e a albumina pela dessecação (raios solares), reduzir-se-ia a pequenos fragmentos que depois impulsionados pelo vento, iriam constituir a poeira atmosférica”.

Ao articulista Phebo, esta era a explicação que parecia mais razoável. Ele, lembrando que Sorocaba era cidade industrial por excelência, então conhecida como a “Manchester Brasileira”, contava com várias fábricas de tecidos. Por conta disso:

Naturalmente algum produto corante, ganhou sob a forma de vapor, altura na atmosfera (produto indiscutivelmente químico) e depois de contato com a água, ou melhor, umidade atmosférica, caiu sob a forma de chuva com coloração semelhante a do sangue”.

Finalizando sua “croniqueta”, título de sua coluna semanal na Tribuna, reforçava que, apesar de sua opinião não passar de simples curiosidade de quem escrevia por “amor à arte”, ela parecia ser mais razoável, e concluía: “Em todo caso ‘na terra tudo vem dela e tudo volta pra ela’”…



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Croqui do Peabiru na América do Sul
Data: 01/01/2012
Créditos/Fonte: Andressa Celli
Baseado em: Bond, 2011(mapa


ID: 6202



ME|NCIONADOS Registros mencionados (3):
02/10/1927 - Chuva de sangue
16/10/1927 - Explicação
04/04/2023 - A mais intrigante “chuva de sangue”
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.