'Hoje é dia de passar pela a Praça Cel. Fernando Prestes, atravessar a Rua São Bento e conhecer a história do querido Sorocaba Clube, o Palaciano. Sandro Aranha, Sorocaba Através da História - 16/10/2021 Wildcard SSL Certificates
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Hoje é dia de passar pela a Praça Cel. Fernando Prestes, atravessar a Rua São Bento e conhecer a história do querido Sorocaba Clube, o Palaciano. Sandro Aranha, Sorocaba Através da História
    16 de outubro de 2021, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Curiosamente em 10 de março de 1915, inaugurava-se o Sorocaba Club Familiar, na esquina da Rua José Bonifácio com a Rua Barão do Rio Branco, mas infelizmente encontramos poucas informações para confirmar se ele seria a origem do Sorocaba Clube, pois a última noticia encontrada foi de um jogo em 1917, entre o Sorocaba Club X Pindorama em Tatuí.

Chegando a década de 20, um grupo de pessoas descontentes com o rumo que os clubes da época que seguiam, segundo a visão deles, os estatutos e tradições eram ignorados e que os locais se tornaram centros de reuniões politicas com discursos subversivos, anarquistas e revolucionários, decidiram criar um clube que resgatasse esses princípios, liderados pelo senador Dr. Campos Vergueiro.

Além do Dr. Vergueiro no grupo destacava-se: Tobias Avino, Pedro Augusto de Almeida, Ireno Tienghi, Brasilizio Leite, Edgard Sampaio, Persio Madureira, Querubim Rosa, Mauro Pedreshi, Fortunato Amaral, Jorge Moysés Betti, Luiz do Amaral Wagner, mas o total de fundadores chegaria a 180 pessoas, segundo a ata de fundação encontrada pelo presidente atual do clube, Benedito Maciel de Oliveira Filho.

As primeiras reuniões aconteceram na sede do E. C. Sorocabano, na Rua São Bento. Em 3 de novembro de 1926, houve a assembleia para discussão dos estatutos do novo clube que foi presidida por João Clímaco de Camargo Pires e seguida pela eleição da primeira diretoria tendo Campos Vergueiro como seu presidente.

Dessas assembleias foi decidido o nome do clube que homenagearia a cidade, e sendo os sócios em sua maioria católica, foi escolhido como padroeiro do clube, São Paulo, que era o padroeiro do estado paulista. Chegando a um acordo em todas as questões relacionadas à criação do clube, finalmente ele foi fundado em 9 de novembro de 1926.

Depois de visitarem diversos prédios, sem encontrar nenhum que valesse a pena a adaptação, aproveitaram a mudança do E. C. Sorocabano de sua sede na Rua São Bento nº 44, que se transferiu para outro prédio na mesma rua, para comprar e se instalar nesse casarão que era de Gumercindo Gonçalves que acabara de ficar desocupado.

Ema reforma para adequar as atividades do clube e comprou algumas propriedades no fundo do clube que o fez ter acesso a Rua Ubaldino do Amaral. Foi contratada a Casa Alemã, de São Paulo, que mandou seu decorador, Carlos Zoega, que preparar todo prédio, os móveis vieram de uma famosa fábrica de Florianópolis para a inauguração.

Com o prédio pronto podemos nos imaginar passamos pela porta para vento, e vendo o monograma do clube em dourado e ao lado um corredor que leva ao salão de dança e ao fundo a varanda, do lado direito havia a sala de leitura, também chamada de “sala azul” e a esquerda o salão nobre ou “sala vermelha” e dela a entrada para a sala da diretoria. O bar que fica próximo ao terraço era dirigido por Fortunato Amaral e ao fundo um grande quintal.

Depois de alguns adiamentos a inauguração do Sorocaba Clube aconteceu em 25 de junho de 1927, às 21 horas na Rua São Bento nº 44. Os sócios foram recebidos pelo porteiro devidamente uniformizado que se chamava Abrão Almeida Leme, no salão nobre foi colocado um livro de registro de presença para os sócios assinarem. O salão de dança foi preparado com enfeites e iluminação para o baile. Como atrações ser apresentaram a banda de José Maria de Oliveira (Zizinho) e a orquestra local de João Mendes da Cunha Soares, e no quintal do clube as bandas São Luiz, a Santa Cecília e a São Vicente se revezavam nas apresentações. O evento foi calculado com um público de mil pessoas e se estendeu até às 6 horas da manhã E para os sócios que tem filhos e não puderam vir, no dia seguinte aconteceu uma matinê para a família poder participar.

Fundado com iniciativas recreativas e esportivas, mas um pouco depois abandonou os esportes, restringindo suas atividades somente a eventos sociais.

Com o progresso o prédio se tornou pequeno e inadequado e foi decidida em assembleia a construção da nova sede. Em 3 de fevereiro de 1942, foi publicado o edital chamando concorrentes para a sua construção e no dia 7, outro edital para demolição do prédio velho e a compra do material usado ali.

Durante a demolição do velho casarão, o clube ficou temporariamente hospedado no sobrado na esquina da Rua Cel. Benedito Pires e Rua da Penha, onde mais tarde seria a OSE. A construção do sobrado foi feita de maneira rápida e em 20 de fevereiro de 1943, um ano após a demolição, inaugurava-se a nova sede do Sorocaba Clube.

O novo prédio foi inaugurado em 20 de fevereiro de 1943 às 21 Hrs, sendo também inaugurados os quadros de Antônio Pereira Inácio e José Stilitano, beneméritos do clube que discursaram em seguida finalizando a parte solene e iniciando o baile de gala ao som da orquestra Cassino dos Oficiais da Força Policial de São Paulo com transmissão do evento feito pela PRD7.

Com o passar do tempo, o novo prédio construído pelo mestre Tibério da Silva com o projeto da Construtora Celbe, passou a ser chamado de “O Palaciano”, pelas suas características arquitetônicas lembrarem os palácios.

Em 31 de dezembro de 1955, inaugurava-se a ampliação do salão de festas que agora acomodava as mesas paras os sócios dentro do próprio salão com a retirada do mezanino e posteriormente retirada a escadaria original, sendo substituída por uma no canto lateral ao fundo que levava ao salão.

Em 1956 foi construído o telhado frontal, que substituiu os toldos que se posicionavam sobre as portas da sacada. Em 1º de fevereiro de 1969, o Palaciano, inovou quando foi inaugurado em seu andar térreo o “Porão 113”, a primeira boate de Sorocaba.

Em 1976, foi realizada uma reforma onde os arcos da fachada foram padronizados no estilo arquitetônico no interior do prédio, como sala de leitura, secretária, bar, acesso ao salão principal entre outros locais.

A piscina que já constava na planta original do prédio, teve seu projeto atualizado em 1976, se tornou realidade em 1981, durante a gestão do presidente Eurípedes Ramos da Silva, que transformou a área do antigo jardim do fundo, junto com a demolição da grande sala que abrigava a diretoria e a sala de jogos carteados, conhecida como “Senado”, nessa área de lazer haveria piscina, bar e sauna. Essa última etapa, da saúna, embora com caldeira e tudo mais, nunca saiu do papel.

A piscina foi bem utilizada e conservada por um pouco mais de 10 anos, até que foi deixada de lado, mal conservada, abandonada pelos frequentadores e demolida, transformada em um estacionamento. Com o risco de venda em 1995, o prédio foi tombado pelo conselho municipal como Patrimônio Municipal para preservá-lo.

Em 1997, o Sorocaba Clube com muitas dívidas, e com risco de encerrar as atividades, alugava sua sede para eventos de bingo e para o jóquei clube, mas ainda matinha cerca de setecentos sócios.

E uma dessas dividas, era com a Prefeitura, que como precisava de um local bem localizado para realização de eventos culturais, fez uma parceria de 4 anos com o Sorocaba Clube que cedeu o espaço em troca do abatimento de seus débitos, assim o local passou a se chamar “Espaço Cultural Municipal”, essa parceria teve adesão teve uma boa quantidade do público e ajudou o clube a equilibrar suas finanças afastando o risco do encerramento.

Infelizmente o Sorocaba Clube continuou em seu declínio nos anos seguintes, até 2018, com a entrada de uma nova gestão eleita, empenhada em resgatar a imagem célebre do clube quase centenário.

Reformas, restaurações, muita limpeza e a lembrança da história através de salas temáticas e eventos saudosos, são as marcas dessa gestão para o regresso dos sócios e sua preservação para as futuras gerações.





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Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!