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A viagem de Fernão de Magalhães, consultado em Ensinar História ensinarhistoria.com.br
    20 de março de 2022, domingo
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Em 27 de novembro de 1520, a expedição do navegador português Fernão de Magalhães (viajando sob bandeira da Espanha) descobriu o caminho que liga os oceanos Atlântico e Pacífico no extremo sul da América do Sul. O estreito, batizado de Estreito de Magalhães, uma passagem interoceânica de 305 milhas náuticas (cerca de 565 km), levou quase um mês para ser percorrido devido ao clima hostil, os ventos e as marés.

O Estreito de Magalhães é um labirinto e toda a região é sujeita a ventos fortes e tempestades prolongadas. A travessia foi iniciada pela esquadra de Magalhães no dia 1º de novembro. Quando finalmente completou a travessia e atingiu o oceano, em 27 de novembro, este foi chamado de “Pacífico” por contraste às dificuldades encontradas no estreito.

As terras no extremo sul do continente americano foram batizadas por Magalhães de “Terra do Fogo”, por causa das muitas fogueiras acesas pelos nativos que a habitavam. Foi também o primeiro europeu a avistar os pinguins que receberam seu nome como homenagem, o pinguím-de-magalhães. Ainda hoje, o Estreito de Magalhães é considerado um dos trechos de navegação mais difíceis do mundo devido ao clima hostil e à sua pequena largura. Mesmo assim, antes da criação do Canal do Panamá, o estreito foi a principal passagem utilizada para atravessar do Atlântico ao Pacífico, evitando assim o tempestuoso Cabo da Boa Esperança, no sul da África. Pelo tratado de fronteiras de 1881, o estreito pertence ao Chile.

Como tudo começou

Fernão de Magalhães, navegador português a serviço do rei de Castela, Carlos I, iniciou sua viagem em 20 de setembro de 1519 partindo de Sanlúcar de Barrameda, em Cádis. Ele não tinha a intenção de circunavegar a Terra. O acordo firmado com o rei de Castela em 22 de março de 1518 proibia isso, pois violaria os interesses e direitos do D. Manoel I, de Portugal, tio e cunhado do rei espanhol garantidos pelo Tratado de Tordesilhas de 1494.

A orientação dada a Magalhães era navegar em direção oeste (a mesma rota marítima que fizera Colombo), encontrar o caminho mais curto possível para a Índia e “descobrir ilhas e continentes, ricas jazidas de especiarias e outras coisas” no mundo espanhol. Sob nenhuma circunstância a expedição de Magalhães deveria operar na parte portuguesa do mundo.

A expedição era formada por 5 navios e uma tripulação de 234 homens, bem como equipamentos, artilharia e provisões para dois anos. A tripulação era composta por espanhóis, na maioria, mas havia também tripulantes de outras origens:

37 portugueses, 26 italianos, 10 franceses, 4 flamengos, 2 gregos, 2 alemães, 1 inglês, 1 norueguês e 1 escravo malaio, Henrique de Malaca, que atuaria como intérprete para Magalhães. Nas Ilhas Canárias, o número total de tripulantes aumentou para 242. Da Baía da Guanabara à Baía de San Julián.

A expedição ancorou na baía da Guanabara em 13 de dezembro de 1519. Os tupis receberam os estranhos de maneira amigável e negociaram com eles. Depois de duas semanas a armada espanhola prosseguiram para o sul e, em 10 de janeiro de 1520, chegou ao vasto estuário do Rio da Prata. Magalhães ficou cerca de um mês explorando a região. Depois, retomou a navegação ao longo da costa sul-americana, explorando todas as baías e estuários ao longo do caminho.

Em 30 de março, a expedição chegou à baía de San Julián, à entrada do estreito, na extremidade da atual costa da Argentina. A essas alturas, com seis meses de viagem, Magalhães decidiu interromper a viagem por um tempo para recompor as energias da tripulação.

Contudo, a falta de suprimentos e o corte das rações de comida provocaram o motim dos tripulantes dos navios San Antonio e Victoria que foi, a muito custo, debelada por Magalhães. Durante a estada em Puerto San Julián, foram feitos os primeiros contatos com povos nativos, os índios Tehuelche, que Magalhães chamou de patagones (“pés grandes”) provavelmente devido a sua grande estatura. A terra foi chamada de Patagônia.

O navio Santiago foi enviado para patrulhar a costa sul da Patagônia, onde naufragou em 22 de maio. Os marinheiros sobreviventes conseguiram voltar dias depois percorrendo uma árdua marcha. Em 24 de agosto de 1520, os quatro navios restantes deixaram Puerto San Julián. Depois de cinco meses explorando foz de rios e baías, nenhuma passagem havia sido encontrada.

Novo motim na entrada do estreito Em 21 de outubro de 1520, Magalhães alcançou um cabo, que chamou de “Cabo das Virgens. Os navios Concepción e o San Antonio foram enviados para uma viagem de reconhecimento ao sul do cabo e descobriram a entrada da tão procurada passagem.

Foi então que o piloto Estevão Gomes, do San Antonio, liderando outros marinheiros, rebelou-se. Aprisionou o seu capitão Álvaro de Mesquita, primo de Magalhães, e iniciou a viagem de volta. O San Antonio era o navio maior e com mais suprimentos. Assim, restaram apenas três navios para fazer a difícil jornada, iniciada em 1º de novembro e concluída no dia 27, no que hoje é chamado de Estreito de Magalhães.



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (4):
20/09/1519 - Partida, da qual só 18 dos 250 tripulantes sobreviveram
10/01/1520 - A armada espanhola chegou ao vasto estuário do Rio da Prata
27/11/1520 - Fernão de Magalhães descobre o caminho marítimo para o Pacífico
01/01/1881 - *Tratado de Fronteiras
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.