Dicionário do Brasil de 1845 é reeditado e revela curiosidades sobre a história do país, gauchazh.clicrbs.com.br
1 de dezembro de 2014, segunda-feira Atualizado em 31/10/2025 17:08:15
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"Rio de Janeiro: bela e importante província do Brasil, respeito a sua população atual, comércio, indústria e sítios aprazíveis, e por vezes pitorescos e majestosos." O verbete é um dos mais alentados dos quatro mil listados no Dicionário Geográfico Histórico e Descritivo do Império do Brasil, lançado em 1845 e agora reeditado. A população à época era dividida assim: "brasileiros por nascimento ou adoção" somavam 60 mil; "estrangeiros de diversas nações", 25 mil; "escravos de toda cor e sexo", 85 mil; num total de "170 mil almas".
O autor, J.C.R. Milliet de Saint-Adolphe, era um militar francês que chegou ao Brasil em 1816, mesma época da missão artística que trouxe no grupo pintores como Debret e Taunay. Seus dados pessoais são desconhecidos, mas o historiador e professor da UFMG, Renato Pinto Venâncio, acredita que ele tenha nascido junto com a Revolução Francesa, em 1789.
Parte do exército napoleônico, Saint-Adolphe teria aportado no Brasil por causa da perseguição política pós-1815, quando o imperador foi derrotado. Veio com o filho, Auguste, e se manteve como tipógrafo. Foram 26 anos no Brasil até voltar, em 1842, à França com seu calhamaço para publicá-lo (a tradução para o português foi feita por Caetano Lopes de Moura).
O dicionário, única publicação relevante de sua vida, virou obra referencial para os pesquisadores que lhe sucederiam.
- Ele é um personagem muito interessante e pouco conhecido. Um homem ligado às tradições intelectuais iluministas que decide fazer uma enciclopédia, uma obra de síntese - conta Venâncio.
Pesquisador inquieto, Saint-Adolphe viajou muito pelo país e buscou em acervos religiosos, militares e públicos informações sobre a história das províncias, vilas e aldeias desde o século 16, sua população, recursos naturais, escolas, comércio e atividades econômicas.
O texto original foi preservado - a ortografia foi corrigida sob as normas atuais, para facilitar a compreensão - e foram acrescidos dados atualizados, baseados em informações do IBGE. Uma curiosidade são as localidades que não existem mais.
- A historiografia brasileira trata muito do segundo reinado (1831-1840) e Saint-Adolphe traz um retrato do Império das primeiras décadas do século 19, época em que ainda estávamos em formação, e na qual os contornos geográficos eram imprecisos - afirma a historiadora Maria do Carmo Andrade Gomes, da Fundação João Pinheiro, que trabalhou na reedição.
A iniciativa foi da fundação mineira e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Maria do Carmo acredita que a obra servirá a pesquisadores de vários campos, uma vez que os relatos são bastante completos, mas, em algumas vezes, impregnados da subjetividade do autor.
Em 1845, o Brasil tinha 18 províncias. No Rio, capital do Império, o autor se estendeu por 18 páginas; na Bahia, "descoberta em 1500 por Pedro àlvares Cabral, que, navegando para a Índia, foi obrigado por um temporal a abrigar-se na baía de Porto Seguro", por 12; Minas Gerais, "província mais populosa, e de maior extensão", mereceu 9; São Paulo, "rica e grande província marítima", ganhou 9 também. No verbete dedicado aos índios, ele elencou tribos e nações indígenas de cada região, dos abadás do Mato Grosso aos xumetos do Rio de Janeiro.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (3): 01/01/1816 - *J.C.R. Milliet de Saint-Adolphe, era um militar francês que chegou ao Brasil em 1816, mesma época da missão artística que trouxe no grupo pintores como Debret e Taunay 22/01/1816 - Debret embarcou em Le Havre no veleiro norte-americano Calpe, rumo ao Rio de Janeiro 01/01/1845 - *“Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, J.C.R. Milliet de Saint-Adolphe EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.