Em defesa da Constituição. A guerra entre rebeldes e governistas (1838-1844). Erik Hörner
2010 Atualizado em 30/10/2025 01:35:20
•
•
•
No outro ofício (Ofício do Barão de Caxias ao Barão de Monte Alegre, 11.06.1842) do mesmo dia o Brigadeiro declarava acreditar, com base nos movimentos rebeldes e de informações colhidas por seus espiões e informantes, que os rebeldes pretendiam interromper a comunicação da Capital com Santos pelo lado de Embu. Diante disso pedia ao Presidente da Província que mandasse marchar os 100 homens que se encontram em Santos a fim de guarnecer os pontos intermediários. Em outros termos, o comandante do Exército Pacificador não se via ainda em condições de subestimar a força rebelde, apesar da derrota que sofreram em Venda Grande e da confiança de que esta notícia em muito enfraqueceria o movimento.
Esta cautela permanece mesmo com o início do avanço de Caxias. Quando no ofício de 12 de junho, informando sobre a marcha que começara na noite anterior, o Comandante pondera que ou por receio das forças sob seu comando ou por terem sido avisados os rebeldes recuaram para além da Ponte da Cutia e da “Casa de Francisco José”, não tendo sido possível surpreender “suas guardas avançadas”.
Para o Barão de Caxias esta situação sugeria ser possível atacar pela frente e por um dos flancos, mas que neste dia ainda acamparia na Fazenda do Prado, de onde escreve, e no dia seguinte atacaria. No entanto deixava claras suas incertezas: “caso seja feliz não passarei além da referida Ponte, porém se se malograrem minhas esperanças contramarcharei até a Ponte dos Pinheiros”. Por fim pede para ser mantido informado a respeito de possíveis alterações no “espírito público” [Ofício do Barão de Caxias ao Barão de Monte Alegre, 12.06.1842].
Caxias sabia o quanto era importante o apoio da população da capital a fim deimpedir reveses inusitados ou possíveis traições. Em mais um ofício de tom amigável,quase íntimo, Monte Alegre o acalma, não havia em São Paulo qualquer mudança no“espírito público” e completa: “eu sim muito me tenho angustiado com as notíciasrecebidas do Norte da Província.” Quanto às notícias sobre o recuo dos rebeldes oPresidente mostra confiança no chefe militar afirmando que as forças inimigas nãoousaram esperar pelas tropas comandadas por Caxias, pois se tivessem dado combateteriam sido “infalivelmente” batidos. Para reforçar esta injeção de ânimo Monte Alegreainda comunica a chegada de 100 guardas nacionais de Santos, assim como uma peçade artilharia e um obus com suas munições, além de 200 Guardas Policiais de diversaslocalidades124. [Página 159]
Janeiro135. Por outro lado, o guarda-livros de Souza Breves, Julio Augusto de Almeida,não é tão condescendente com seu provável ex-patrão. Em interrogatório na casa doDesembargador Chefe de Polícia da Corte Eusébio de Queiroz Coutinho Mattoso daCâmara, Julio de Almeida declara que a articulação teve início dentro da Sociedade dosPatriarcas Invisíveis, com a participação direta dos Senadores José Bento e Alencar, etambém de Limpo de Abreu. Este teria enviado carta a Breves orientando-o a “seduzir”o Batalhão de Fuzileiros. Para o interrogado, se o negócio tivesse sido melhorconduzido teria dado certo136.Devemos considerar que o guarda-livros presta depoimento sob a garantia de serposto em liberdade, como lhe fora prometido por Honório Hermeto Carneiro Leão, demodo que se pode considerar seu interrogatório “interessado” ou coagido137. Em todocaso, os nomes citados e o contexto oferecido coadunam com o apresentado no restanteda documentação. É importante salientar que havia um possível plano de rompimentotambém para a Província do Rio de Janeiro e talvez até para a Corte.
Retornando ao acampamento do Barão de Caxias na Fazenda do Prado em 12 dejunho, temos um cenário não exatamente positivo. O Brigadeiro apesar de mostrarconfiança em seus homens e em seu plano de campanha lidava com incertezas. Arepressão ao movimento no Vale do Paraíba enfrentava dificuldades e, naquelemomento, não estava sob o comando direto de Caxias, não obstante ele ser oComandante das Forças em operação na Província de São Paulo. E, por fim, no dia 10de junho Minas Gerais rompera em revolta, contudo esta notícia ainda não haviachegado à frente de combate paulista.
A respeito do combate aos rebeldes do Norte, Caxias movimentou as forças quetinha disponíveis. Como atesta carta do general ao Presidente da Província138, atendendoà proposta deste último, Caxias enviou ordens ao Major Solidonio José Antonio Pereirado Lago para subir a Serra do Mar com seus 50 homens – Aluisio de Almeida afirmaserem 100, pois juntos aos permanentes estavam os guardas nacionais de Ubatuba e 20cavaleiros voluntários139 – a fim de combater os rebeldes em Paraibuna, comandados pelo Pe. Valério da Silva Alvarenga, à testa de 300 homens. Para auxiliar o MajorSolidonio do Lago, Caxias ordenou no mesmo ofício do dia 11 de junho que partisse oMajor Manuel Joaquim Pereira Braga com seus homens da Guarda Nacional de Jacareí.Em ofício de 24 de junho, Major Braga informava ao Comandante Militar da Capital ter chegado a Paraibuna no dia anterior com seus 220 praças, 170 de infantaria e 50 decavalaria, para se juntar ao Major Solidonio140. Enquanto seus oficiais combatiam no Vale do Paraíba, a força principal do Exército Pacificador avançava no encalço daColuna Libertadora.
Enfim avanço de Caxias
Na noite do dia 12 de junho, por volta das 20h, o Cel. Leite Pacheco comandou a marcha de 400 caçadores. O plano constituía em, saindo da Fazenda do Prado, flanquear o inimigo e atacá-lo de revés enquanto Caxias à frente do restante da tropa atacaria frontalmente. Para o Brigadeiro,
“o movimento foi soberbamente executado, porém os rebeldes tendo apenas ontem recebido notícias da derrota de suas forças em Campinas, e vendo a audácia das Tropas a meu comando, levantaram seu acampamento, que existia meia légua além da ponte da Cutia, e retiraram-se na direção de Sorocaba, com tanta precipitação que caiu em meu poder parte de sua bagagem e grande porção de mantimentos.” 141
Ainda afirma que se tivesse mais 200 cavalos teria sido possível perseguir osrebeldes e forçá-los a deixar para trás sua peça de artilharia calibre 3, porém seuscavalos estavam cansados. O Barão de Caxias mais uma vez comunica a Monte Alegresua ação futura: iria “picar” a retaguarda do inimigo por três léguas, no intuito deacelerar a sua retirada e provocar a desmoralização dos rebeldes. Em um plano maisamplo esperava-se que a força que foi enviada a Parnaíba fosse capaz de abrir ascomunicações com a coluna de Campinas e permitir que esta operasse sobre Itu, casofosse conveniente. Por fim, apesar da mudança de tom, agora muito mais otimista econfiante, o comandante do Exército Pacificador mais uma vez pede que lhe mande quantos homens for possível enviar para render os destacados sob o comando do Cel.Pacheco.
Junto a este ofício foi remetida uma proclamação que, segundo Caxias lhe“pareceu conveniente publicar”. Trata-se exatamente do que foi publicado pelo OGovernista e citado anteriormente. Estamos em 13 de junho e não há qualquer sinal dafamigerada Batalha de Pinheiros ou da “vergonhosa debandada”. Nem mesmo o Barãode Monte Alegre que, como foi mostrado, empenhava-se em motivar os espíritos doscombatentes manifestou tanto entusiasmo com a retirada dos rebeldes.
Em resposta ao ofício de Caxias o Presidente da Província escreveu no diaseguinte: “creio, que os rebeldes continuarão a mostrar a prudência de não esperar porV. Exa. e que só virão às mãos com as Forças, comandadas por V. Exa. quando nãotiverem meios de se retirarem”142. E comunica o envio de 100 homens da GN de Santos.Os cavalos estavam sendo providenciados, mas era grande a dificuldade em conseguilos.
A parada seguinte de Caxias foi às margens do rio da Cutia em 14 de junho,quando então noticia os bons resultados da “picada” que mandou fazer na retaguardados rebeldes. Foi apreendida uma peça de artilharia, segundo o Brigadeiro seria aquelaque o “inculcado Presidente” rebelde trouxe para “animar” a Coluna143. O curioso é queem ofício do dia 11 de junho havia sido dito que Rafael Tobias de Aguiar trouxera duaspeças, e agora esta apreendida seria a única em poder dos insurgentes.
Do rio da Cutia o Barão de Caxias avançou até o rio Barueri no dia 16 de junho,de onde escreveu comunicando seus planos imediatos. Como lhe constava que havia umgrande número de legalistas escondidos nos matos na Freguesia de Cutia, a intenção eramarchar para lá e reunir estes homens à tropa144. Esta situação parece ter sido muitocomum e, em alguns casos a fuga dos legalistas se deu para mais longe. Dias depois oBrigadeiro pediu a Monte Alegre para que fizesse voltar os “refugiados” de São Roque,em especial o Cap. Manoel Francisco Rosa145. O motivo era simples, vencidos osrebeldes era necessário re-empossar as autoridades locais para que a vida cotidiana fosseretomada, do contrário, após a passagem do Exército Pacificador formar-se-ia um rastrode cidades acéfalas e semifantasmas. [Páginas 162, 163 e 164]
Pe. Ramalho deveria se entender169. Com certa liberdade de ação a tropa de Bezerra eRamalho poderia ainda levar uma ou duas peças de artilharia se julgassem necessário.Desse modo, o oficial vindo de Campinas, seguiu para Minas Gerais via Caldas170.Movimento semelhante ao realizado pelo Major Antonio João Fernandes PissarroGabiso que partira de Atibaia para a província vizinha com tropa e “artigos bélicos”171.A 1ª Comarca, a última a ser “pacificada”O Barão de Caxias retornou à Capital em 28 de junho e a preocupação agora seconcentrava na porção Norte da Província. Apesar das primeiras medidas terem sidotomadas pelo Brigadeiro já em 11 do mesmo mês, a 1ª Comarca ainda inspiravacuidados. Como consta em carta ao Presidente da Província172, atendendo à propostadeste último, Caxias enviara ordens ao Major Solidonio José Antonio Pereira do Lagopara subir a Serra do Mar. O major se encontrava desde 2 de junho em São Sebastiãopara onde fora enviado a fim de garantir a tranqüilidade da vila173. Após cumprida estaprimeira diligência deveria rumar para Paraibuna com seus 50 ou 100 homens, comocomentado anteriormente, a fim de combater os rebeldes comandados pelo Pe. Valérioda Silva Alvarenga, à testa de 300 homens. Para auxiliar o Major Solidonio do Lago,Caxias ordenou no mesmo ofício do dia 11 de junho que partisse o Major ManuelJoaquim Pereira Braga com seus homens da Guarda Nacional de Jacareí. Em ofício de24 de junho, Major Braga informava ao Comandante Militar da Capital ter chegado aParaibuna no dia anterior com seus 220 praças, 170 de infantaria e 50 de cavalaria, parase juntar ao Major Solidonio174.Paraibuna foi mais um confronto que não ocorreu. O Pe. Valério Alvarenga aosaber do fim de Sorocaba, dispersou sua tropa no dia 21 de junho, aguardando até o dia seguinte a chegada dos soldados de São Sebastião e Jacareí175. De fato, as primeirastropas legalistas a entrarem em Paraibuna, sem qualquer resistência, foram as do MajorSolidonio, vindas de serra abaixo e no dia seguinte se juntaram a elas os homenscomandados pelo Major Braga. Foram realizadas buscas nas casas de rebeldes e, emespecial, na casa do Pe. Valério, onde encontraram armas, munição, pólvora, lanças e [Página 171]
garantia de perdão179. De acordo com o mesmo Cônego Marinho, esta promessa nuncafoi atendida plenamente, posto que dependia de uma determinação geral por parte doslegalistas. Porém, estes, determinados a resolverem pendências pessoais, prenderam eprocessaram inúmeros rebeldes que se entregaram pacificamente180. Alguns dias depois,a 23 de junho, foi expedido o Aviso do Ministro da Fazenda aos Presidentes dasProvíncias de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, que poderia ser chamado de“Aviso de Confisco”. Segundo este documento, diante do fato dos rebeldes terem seapoderado de dinheiro público a Fazendo Pública, amparada na lei, tinha o direito deexigir indenização pelos prejuízos causados. O Ministério pedia, ainda, que fossepublicado em editais o artigo 27 do Código Criminal, para que todos estivessem cientes,indivíduos ou Companhias Nacionais e Estrangeiras, de que qualquer contrato feito comos rebeldes seria considerado nulo. Assim como os bens abandonados pelos envolvidosna “Revolução” seriam confiscados conforme a lei181. Vejamos, ainda, o artigo citadono Aviso:“Art. 27. Quando o crime for cometido por mais de um delinqüente, asatisfação [do dano causado] será à custa de todos, ficando porémcada um deles solidariamente obrigado, e para esse fim se haverão porespecialmente hipotecados os bens dos delinqüentes desde o momentodo crime.”182É desnecessário grande esforço imaginativo para inferir a respeito do efeito desteAviso sobre os insurgentes, ameaçando de confisco o que de mais sagrado havia em seuideário político: a inviolabilidade da propriedade privada. No entanto, foi grande adúvida gerada pelo Aviso, a julgar pelos inúmeros ofícios de Juízes Municipais à MonteAlegre pedindo esclarecimentos. Em um deles, o Presidente explica ao Juiz Municipalde Atibaia que o seqüestro de bens dos rebeldes que se ausentassem de suaspropriedades poderia ser feito independente de pronuncia ou processo crime, assimcomo esses bens não precisariam ser retirados da propriedade ou posto em hastapública. Em outro ofício, desta vez ao Major Solidonio do Lago, o Presidente daProvíncia orientava que os bens seqüestrados por conta do cerco à fazenda do Padre Valério, chefe dos rebeldes em Paraibuna, deveriam ser reunidos aos outros bensorganizados pelo Juiz Municipal da localidade, e em vista da fuga “precipitada dodelinqüente” serem postos para arrematação183.O Aviso permite também um outro uso que não o confisco real, mas sob aameaça de fazê-lo prender os rebeldes às suas propriedade evitando fugas e facilitando arepressão. O casamento de Rafael Tobias de Aguiar pouco antes de sua evasão para oSul provavelmente visaria contornar este Aviso, pois fazia da Marquesa de Santos aresponsável pelos bens na ausência do marido. No entanto, segundo Aluisio deAlmeida, o chefe rebelde não evitou o seqüestro de seus bens184.Outro elemento presente nesse documento diz respeito aos contratos firmadosdurante o movimento. Não tive meios de comprovar o quanto este artigo foi levado acabo em São Paulo ou Minas Gerais, entretanto ele evidencia a existência de“empresas” responsáveis pelo abastecimento dos rebeldes, como, por exemplo, ofornecimento de armas e munição. Uma colaboração significativa se considerarmos ainexistência de fábricas de armamentos e pólvora sob o controle rebelde. Sabe-se apenasda existência da Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, próxima de Sorocaba, com apossibilidade de produção de armamento.Retomemos a campanha militar na 1ª Comarca. O Barão de Caxias haviaordenado a marcha de 100 homens para Jacareí em 2 de julho e dois dias depois seuirmão, Francisco de Lima avançaria rumo a Taubaté com mais 200 soldados. OBrigadeiro permaneceu na cidade de São Paulo até pelo menos o dia 8 deste mêsquando também seguiu para o mesmo destino do irmão.Chegando a Jacareí por volta do meio dia, Caxias escreveu a Monte Alegre nofim da tarde quando já se preparava para seguir imediatamente para S. José e de lá paraTaubaté, depois de “fazer junção” com as forças comandadas pelo Major Solidonio quese achavam em Caçapava. Apesar de Caxias ter notícias de que Taubaté havia reunidoaté 2 mil rebeldes185, contingente responsável pela interrupção de toda a comunicaçãooficial na região, o major lhe escrevera informando que os rebeldes de Taubatédebandaram. Como a notícia havia sido recebida na noite do dia anterior, as forças de Solidonio do Lago marchariam sobre Taubaté a fim de evitar “conseqüências dodesespero e perversidade desses rebeldes na ocasião da sua fuga”186.A ação de Solidonio em Caçapava resultou na prisão do Juiz de Paz SalvadorCorreia de Siqueira, que estava à frente de tropas rebeldes e tido como um dosresponsáveis pelo levante em Taubaté. Este prisioneiro foi remetido para Jacareí juntocom os outros rebeldes: Francisco Ferreira de Alvarenga, Manoel Correia de Siqueira,Prudente Correia de Siqueira, Francisco Correia de Siqueira, Tristão José Lopes, e osescravos Fabrisio e Benedito.Apesar dessas notícias, em especial o abandono de Taubaté pelos insurgentesque “imitaram os rebeldes de Sorocaba e eu acabei de convencer-me de que nestaProvíncia não há rebeldes a combater com armas na mão”, Caxias pretendia marchar atérestabelecer o contato com as tropas legais em Guaratinguetá187. Isto se deve ao fato darepressão ao movimento na região ter ocorrido em dois sentidos, do Rio de Janeiro paraTaubaté e desta localidade rumo à província fluminense, convergindo emGuaratinguetá.No extremo norte os homens do Cel. Morais Rego lutaram dois dias paradominarem Areias, entrando na cidade a 24 de junho. Segundo o periódico OGovernista, os rebeldes teriam perdido 50 homens em combate, enquanto do lado legalo saldo foi de dois soldados e um oficial mortos188.A 13 de julho a coluna legalista do Cel. Manoel Antônio da Silva travoucombate com 500 homens do Ten. Anacleto Ferreira Pinto na cidade de Silveiras,ficando 8 mortos da tropa do coronel e entre 40 e 50 do lado rebelde. Para o Ministro daGuerra este foi o “mais sangrento de todos”189 os combates que ocorreram na Província.De acordo com ofício do Cel. Manoel Antonio da Silva a Caxias, o “renhido combate”teria se prolongado das 11 às 16 horas, tempo necessário para se vencer as trincheiras eemboscadas dos rebeldes. Certamente não foi uma batalha simples e mais uma vezforam apreendidas, ao final, duas peças de artilharia, muita pólvora, balas, chumbo,pederneiras e algumas espingardas190 [Página 173, 174 e 175]
O Correio de Minas, por sua vez, ofereceu seu franco, mas discreto apoio aMachado Nunes. Discreto porque ao longo de um mês de mandato o desembargadorapareceu apenas duas vezes nas páginas do jornal: por ocasião da posse e da suasubstituição. Em 12 de junho o periódico declara ser apoiador do novo governo, mas [Página 201]
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (3): 11/06/1842 - Caxias dividiu suas forças 12/06/1842 - Ofício do Barão de Caxias ao Barão de Monte Alegre 13/06/1842 - Ofício do Barão de Caxias ao Barão de Monte Alegre, 13.06.1842 EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.