'ANTÔNIO RODRIGUES, SOLDADO, VIAJANTE E JESUÍTA PORTUGUÊS NA AMÉRICA DO SUL, NO SÉCULO XVI, consultado em - 06/03/2023 Wildcard SSL Certificates
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ANTÔNIO RODRIGUES, SOLDADO, VIAJANTE E JESUÍTA PORTUGUÊS NA AMÉRICA DO SUL, NO SÉCULO XVI, consultado em
    6 de março de 2023, segunda-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


CÓPIA DE UMA CARTA DO IRMÃO ANTÔNIO RODRIGUES PARA OS IRMÃOSDE COIMBRA. De S. Vicente, do último de maio de 1553

Pax Christi. - Ainda que até agora, com muitos perigos, andei navegando por este mar dosul, onde há tantas tormentas, que poucos navios escapam, contudo confesso, Caríssimos Irmãos,até agora ter navegado por outro mar mais perigoso, que é o deste mundo e suas vaidades, ondetantos se perdem, do qual Nosso Senhor me livrou por meio do Padre Manuel da Nóbrega,recebendo-me na Santa Companhia de Jesus, trazendo-me já Nosso Senhor movido para entrarnela vendo quanto tempo e com quantos perigos tinha sido soldado no mundo, com tão poucoproveito, e que entrando nela entrava em melhor batalha, que é das almas, e com tão grandeprêmio, que é a remuneração eterna.Mandou-me o Padre que eu vos desse conta da minha vida e das mercês que NossoSenhor me tinha feito, e por eu ter ido daqui do Brasil ao Peru, por terra e tornado, vos escrevessetambém dos gentios que por essas terras há, esperando ser ajudados de vós para a sua salvação, eo aparelho que têm para receber a nossa santa fé; e para vos dar esta conta vos quero escreverdesde o princípio da minha vida a estas partes.E é que eu e outros Portugueses, assim por vaidade como por cobiça de ouro e prata, noano de 1523, partimos de Sevilha em uma armada, que fazia Dom Pedro de Mendoça, na qual éramos 1800 homens; e todos carregados de nossa cobiça, chegamos, com próspero vento, ao Rioda Prata e entramos pelo rio com as naus 60 léguas.Logo quiseram ir em terra todos para edificar uma cidade: e os primeiros seis que saírampara ver o lugar onde se podia fazer mataram-nos as onças bravas. Nem por isso se deixou deedificar ainda que cada dia as onças matavam homens. Prouve a Nosso Senhor castigar a nossacobiça e pecados, que soldados comumente fazem: permitiu vir tanta fome ao arraial que nãodavam a comer a cada um, cada dia, senão seis onças de pão. E, porque a gente por esta causa,com a fraqueza, não podia trabalhar, era muito castigada dos oficiais da ordem da guerra, porquelhes davam com paus, e assim morriam cada dia 4 ou 5. Ainda que não deixou Nosso Senhor aestes, que castigavam aos outros, sem castigo, porque vieram os gentios um dia de Corpus Christie mataram 40 dos mais nobres e esforçados.Aconteceram nesta fome, com que Nosso Senhor nos castigou por nossos pecados, coisassemelhantes às que aconteceram aos judeus em Jerusalém, no cerco de Tito e Vespasiano.Porque, enforcando-se a dois soldados, lhes comeram as barrigas das pernas, e um homem matouem sua casa a um seu primo e comeu-lhe a assadura. Acabando de a comer o acharam que estavapara morrer, permitindo Deus por seu justo juízo que o matasse a comida com que a morte doprimo procurou. Aconteceu também comerem uns o excremento que outro depois de ter comidodeitava, ainda que pela corrupção dos corpos era aquilo tão peçonhento que quem o comia logomorria. E, desta maneira, uns com fome, outros por os matarem as onças, e outros os gentios,morreram neste tempo, que se fez a cidade, 600 homens.O Governador, vendo ir a gente desta maneira, voltou para a Espanha, o qual morreu nocaminho e deixou em seu lugar a João de Ayolas, o qual em bergantins subiu pelo rio 350 léguas,deixando a cidade sepultura de mortos; e praza a Deus que não seja o inferno sepultura das almase não sejam lá castigadas como foram cá seus corpos. Digo isto, Caríssimos Irmãos, porqueclaramente se vê ter Nosso Senhor permitido tantos males por nossos pecados. Porque alirenegavam e blasfemavam de Deus, ali os falsos testemunhos, ali as injustas justiças e vinganças,ali os oficiais da ordem da guerra diziam:- Bem é que morram, porque não haverá ouro para tantos! [Páginas 1 e 2]

nos muito. Desta cidade fomos mais adiante a conquistar terras e subimos mais acima 250 léguas echegamos perto do Maranhão e das Amazonas. Chegamos aos “Parais”, gente lavradora, muitoamigos dos cristãos; têm um principal a quem obedecem que em sua língua chamam “Mameri.”Não comem carne humana. Perto destes estão os “Barbacanes,” os ‘Sabacoces”, os “Saicoces,”todos gente lavradora de muitos mantimentos, e dócil para receber a fé de Cristo. Passamos poroutros gentios, de que não fizemos caso, por não serem lavradores, a que chamam “Pagais”, osquais mataram a nosso governador João de Ayolas. Estes são pescadores e caçadores. Achamostambém outros gentios chamados “Gaxarapos”, mui ruim gente, e outros que chamam “Gatos.” E não achando nesta saída prata nem ouro, tornamos a nossa cidade, cansados e emexcesso trabalhados. Neste tempo os Carijós tomavam muito bem a doutrina de Cristo, como abaixo contarei. Fomos outra vez no ano de 1548, que entramos caminho do poente, buscando agentilidade “Carcara,” que tem ouro e prata. Fomos vinte de cavalo e 250 de pé e 3000 Carijós,homens de guerra. E assim caminhamos pela terra dentro 70 léguas e chegamos a uns gentios,chamados “Maias”, que são seis povoações e uma e meia ( sic) onde estava o seu principal. Égente de muitos mantimentos e grandes lavranças. Não comem carne humana. E vendo-nos nãoousaram esperar-nos, fugiram desamparando as suas casas. Mas o principal nos enviou umpresente de certas peças de prata e muitas mantas de algodão, que suas mulheres fiam e tecem.Têm entre si uns, a que chamam “Taonas”, e a estes dão a comer os seus inimigos, quando ostomam. E, deixando estes, fomos adiante sempre por povoado e achamos outra muita gente, asaber: os Laenos, Quichaqueanos, Soporoanos, Madpenos, Canes, todos gente lavradora, demuitos mantimentos. Achamos também outros chamados Cororés. Estes nos esperaram parapelejar, mas os de cavalo os desbarataram. Tinham uma povoação de bj (sic) casas com praças nomeio, bem-feitas e poços de beber, muito fundos, por não haver rios por toda aquela terra. E logoachamos outros chamados “Caporés”, os quais tinham uma povoação de 300 casas. Estes nosenviaram muitos avestruzes e outras carnes, porque isto é o que mais há naquela terra. Achamoslogo adiante outros, chamados “Severis”; é povoação mais pequena. Deram-nos também do que [Página 5]



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.