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Biografia de Amador Bueno, consultado em pt.wikipedia.org/wiki/Amador_Bueno
    1 de março de 2023, quarta-feira
    Atualizado em 24/10/2025 02:40:53

  
  


Amador Bueno de Ribeira, O Aclamado (c. 1584 — c. 1649), foi um proprietário de terras e administrador colonial (capitão-mor e ouvidor) da Capitania de São Vicente.[1]Tornou-se personagem importante do Brasil Colonial ao ser aclamado rei de São Paulo em 1641 pela população pró-castelhana como reação ao fim da união dinástica entre Portugal e Espanha. Amador Bueno prontamente recusou a aclamação dando vivas ao rei D. João IV de Portugal.[2]Foi um acto impulsionado pela mesma revolta, de 1641, que se conheceu popularmente como Botada dos padres fora, por dirigir-se contra os jesuítas. O mesmo espírito de rebelião se respirava nos dois movimentos ou impulsos populares.[3]

Dados biográficos

Seu pai era espanhol, Bartolomeu Bueno, dito O Sevilhano porque nascera em Sevilha, por volta de 1555 e que morreu em São Paulo, por volta de 1620.[4] Ele, seu pai, carpinteiro da Ribeira de Sevilha, veio para o Brasil na armada de D. Diego Flores de Valdez. Em 1616 foi vereador. Casou por volta de 1584 com Maria Pires, a mãe de Amador, nascida em 1564, filha de Salvador Pires, português do Porto, e de Mécia Fernandes, também conhecida como Mécia Uçu. Mécia Fernandes era filha de António Fernandes, português, e de Antónia Rodrigues, mameluca, descendente do Cacique Piquerobi de Ururaí e de António Rodrigues, um dos dois portugueses encontrados por Martim Afonso de Sousa, que não se sabe como vieram parar no litoral paulista.[4] Tinha, assim, ancestralidade portuguesa, indígena e castelhana.

AclamaçãoVer artigo principal: Aclamação de Amador BuenoQuando D. João IV de Bragança assumiu o trono de Portugal em 1640, no ano seguinte Amador foi aclamado rei em São Paulo pelo poderoso partido de influentes e ricos castelhanos, liderados pelos irmãos Rendon de Quevedo, Juan e Francisco Rendón de Quevedo y Luna naturais de Coria, partido ao qual ainda pertenciam D. Francisco de Lemos, da cidade de Orens; D. Gabriel Ponce de León, de Guaira; D. Bartolomeu de Torales, de Vila Rica do Paraguai, D. André de Zunega e seu irmão D. Bartolomeu de Contreras y Torales, D. João de Espíndola e Gusmão, da província do Paraguai, e outros que subscreveram o termo de aclamação, a 1º de abril de 1641. Contrariando o golpe de estado do 1 de Dezembro de 1640, no Reino de Portugal, os espanhóis não queriam ser súditos de D. João IV, que reputavam vassalo rebelde a seu soberano, resolveram provocar a secessão da região paulista do resto do Brasil, esperando talvez anexá-la às colônias espanholas limítrofes.[5] Diz o historiador Afonso Taunay em "Ensaios Paulistas", pág. 631: «Oferecem o trono ao sogro, ele próprio filho de espanhol e homem do maior prol em sua república pela inteligência, a fortuna, o passado de bandeirante, o casamento, os cargos ocupados.»Os paulistas conservavam a fama de maus vassalos, possuidores de um ímpeto autonomista, ou seja, uma tendência à rebeldia. A disseminação de tais características, que remonta ao final do século XVI, ficou a cargo dos jesuítas, viajantes e funcionários régios.[6]No entanto, Amador Bueno recusou a honra e, com a espada desembainhada, pelo contrário, deu vivas ao rei de Portugal, assumindo-se como seu leal vassalo, depois de sessenta anos de União Ibérica, aliando-se à restauração da monarquia portuguesa. Ameaçado de desacato, Amador Bueno, tinha-se refugiado no mosteiro beneditino pedindo a intervenção do abade e seus monges.

Diz o mesmo historiador: «Desceram à praça fronteira o prelado e sua comunidade, procurado convencer os manifestantes que deviam abandonar o intento que os congregara. (....) Arrependidos do seu desacordo, resolveram os aclamadores aderir ao movimento restaurador do 1º de Dezembro de 1640. E assim foi D. João IV solenemente reconhecido soberano da colônia a 3 de abril de 1641, num gesto esplêndido de solidariedade portuguesa, do qual a unidade do Brasil imenso viria valer-se pelo alargamento extraordinário de sua área.»O auto da Câmara foi assinado pelo capitão-mor de São Paulo, João Luís Mafra, Antônio Raposo Tavares, Frei João da Graça, abade do Mosteiro de São bento, Frei Bento da Trindade, Frei Manuel de Santa Maria, frei Francisco dos Santos, Fernão Dias Paes Leme, Antônio Pompeu de Almeida, o vigário padre Manuel Nunes, Lourenço Castanho Taques e outros da colônia.Por esse ato, Amador Bueno deixou nome ilustre e recebeu carta de el-rei em que lhe agradecia a lealdade. Quase duzentos anos depois, Dom Pedro I fez questão de ressaltar que foi aclamado Imperador pela primeira vez na terra do "fidelíssimo e nunca assaz louvado Amador Bueno de Ribeira".Muito se escreveu sobre essa dita «Aclamação» de Amador Bueno. Amador era homem riquíssimo e de muito bom senso, que gozou do maior prestígio. Sobre o mito imutável de sua aclamação deve-se ler o que escreveu Alfredo Ellis Jr. em O ouro e a Paulistânia no Boletim n° 8 da Cadeira de História da Civilização Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Prudente, quando o partido espanhol o quis ver rei, se refugiou no mosteiro de São Bento e mandou chamar Lourenço Castanho Taques para serenar e dissuadir o povo. Castanho Taques sustentava o partido dos jesuítas e os dois, Castanho Taques e Amador Bueno, apoiavam Salvador Correia de Sá e Benevides, almirante e governador do sul do Brasil.Do grupo de Amador faziam parte seus genros e amigos castelhanos, D. Francisco Mateus de Rendon, D. João Mateus Rendon (genros); D. Francisco de Lemos e seus dois filhos, D. Gabriel Ponce de León, D. Bartolomeu de Torales e seus três filhos, D. Andrés de Zuñega, Bartolomeu de Contreras e João Espínola.[5]Do Livro 13 de sesmarias, consta que em 31 de março de 1627 obtivera carta de data de uma légua de terras nos campos de Juqueri, passada pelo capitão-mor Álvaro Luís do Vale, locotenente do donatário.Foi ainda provedor e contador de Fazenda Nacional da dita capitania por provisão de Diogo Luís de Oliveira, datada na Bahia de 6 de dezembro de 1633, tomando posse em Santos dada por Pedro da Mota Leite, capitão-mor governador da capitania, em abril de 1634.FamíliaCasou com Bernarda Luís, filha de Domingos Luís, o Carvoeiro, e de Ana Camacho, os quais em 10 de abril de 1603 haviam fundado a capela de Nossa Senhora da Luz no bairro do Guarepe, nos arredores da vila de São Paulo. Tiveram numerosa descendência, entre elas um filho, bandeirante, também chamado Bartolomeu Bueno como seu avô e seu tio e um filho chamado, para distinguir do pai, Amador Bueno, o Moço, também bandeirante.Entre seus irmãos os famosos bandeirantes Francisco Bueno e Bartolomeu Bueno, o Moço.MorteAmador Bueno morreu em data incerta entre 1646 e 1650. Acredita-se que tenha sido sepultado na parte desaparecida do Convento de São Francisco.[7]DescendênciaAmador Bueno foi o bisavô de outro personagem importante da história de São Paulo, Amador Bueno da Veiga, que comandou os paulistas na Guerra dos Emboabas. Foi também tio e tutor de Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro "Anhangüera".[8]São muitos os brasileiros descendentes de Amador Bueno.[9] Dentre eles estão vultos como Getúlio Vargas,[10] Tancredo Neves,[11] Roberto Marinho,[12] Júlio de Mesquita Filho,[13] Walter Moreira Sales, Armando de Sales Oliveira, Vicente de Carvalho,[14] Carlos Drummond de Andrade,[15][16] Frei Gaspar da Madre de Deus,[17] Pedro Taques de Almeida Paes Leme[17] e Bárbara Heliodora.[18] A respeito dos descendentes de Amador Bueno, o geneticista Sérgio Pena explica por que o número deles é enorme:“ Por exemplo, Amador Bueno foi uma grande personagem histórica e o homem que, em 1641, apesar de aclamado pelo povo, não quis ser rei do Brasil. Podemos, então, tentar traçar a descendência de Amador Bueno. Na verdade, acabaremos descobrindo que virtualmente todo mundo no Brasil descende dele, porque o número de descendentes cresce, não em potência de 2, como no caso dos antepassados, mas mais rapidamente ainda, por causa do grande número de filhos que as pessoas tinham no passado. A propósito, sei com confiança que sou parente de Amador Bueno, porque um livro chamado Amador Bueno, o Aclamado, na Família Lagoana, menciona o nome de minha avó paterna, Balbina Drummond Pena, como sua descendente. ”



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
01/01/1564 - *Nascimento de Maria Pires, filha de Salvador e Mécla-Açu
01/01/1584 - *Casamento de Bartholomeu I com Maria Pires
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.