'Massacre em Guairá ou a Fúria Bandeirante, consultado em terrabrasileira.com.br - 20/02/2023 Wildcard SSL Certificates
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
100
150
Registros (538)Cidades (0)Pessoas (0)Temas (0)


Massacre em Guairá ou a Fúria Bandeirante, consultado em terrabrasileira.com.br
    20 de fevereiro de 2023, segunda-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


O autor deste texto, padre Ruiz de Montoya, foi o superior das reduções do Guairá de 1620 a 1638 e assistiu aos ataques dos paulistas. Revoltado com a violência, viajou até Madri, onde, na corte, apresentou a denúncia. O trecho abaixo é parte deste documento."No dia de São Francisco Xavier do ano de 1636, quando se estava celebrando a festa com missa e sermão, 140 brancos do Brasil, acompanhados de 150 tupis, entraram naquela missão. Vinham todos otimamente armados com escopeta e se achavam vestidos com gibões, que são forrados de algodão, pelo que o soldado está protegido dos pés à cabeça e peleja em segurança contra as flechas.Foi assim, ao som de tambor, bandeira desfraldada e em ordem militar, que os paulistas entraram no povoado, já disparando armas e, sem aguardarem negociação, atacando a igreja com a detonação de seus mosquetes.Pelejaram todos durante seis horas, ou seja, das oito da manhã até as duas da tarde. Feriram os paulistas a um dos padres com um balaço na cabeça. Nossos índios cristãos lutavam com esforço, esperando também no socorro de gente, que se aguardava. As mulheres e os meninos, de sua parte, pediam socorro de joelhos a Deus, mergulhados em lágrimas.Vista pelos inimigos a valentia dos sitiados e considerando serem muitos os seus próprios mortos, pretenderam abrir uma passagem por meio de uns paus do forte. Percebeu-o uma índia que, vestindo-se de homem, partiu com uma lança contra um tupi, que já estava abrindo a passagem aos demais, e, atravessando-o, deixou-o morto ali, bem como impedindo a entrada aos outros.Resolveram os inimigos queimar a igreja... Confesso a este respeito que os ouvi dizerem que eram cristãos, pois nessa hora estavam com enormes rosários. Não há dúvida de que tenham fé em Deus, mas são do diabo as suas obras. Por três vezes atiraram flechas inflamadas, mas, embora com dificuldade, conseguiu-se apagar o fogo. O fogo fez, na quarta tentativa, a presa irremediável na palha da igreja.Abriram então um portãozinho, pelo qual saíram os índios, assim como faz o rebanho de ovelhas, indo do cercado ao pasto. Com isso acudiram ao mesmo portãozinho aqueles tigres ferozes e começaram com espadas, facões e alfanjes a derrubar cabeças, truncar braços, descarnar pernas e atravessar corpos, matando com a maior brutalidade já vista no mundo. Provavam eles o fio de aço de suas espadas em cortarem os meninos em duas partes, em lhes abrirem as cabeças e despedaçarem os seus membros fracos."(Montoya, A. Ruiz de. Conquista espiritual feita pelos padres da Companhia de Jesus nas províncias do Paraguai. Porto Alegre, Martins Editora, 1985. p. 244-5)Furacão sobre ItatimPouco antes de 1640, a Espanha concordou em armar os indígenas das reduções para barrar a expansão paulista. Mas a medida prejudicava também os encomenderos [grandes proprietários rurais] paraguaios, que exploravam o trabalho forçado dos índios. Em 1640, frei Bernardino de Cárdenas assumiu o cargo de bispo da diocese do Paraguai, despertando a oposição da Companhia de Jesus. Cárdenas era francamente favorável aos encomenderos e terminou sendo expulso de Assunção, em 1644, pelos jesuítas, aliados ao governador Gregório de Hinestrosa. Três anos depois retornou ao cargo e passou a hostilizar seus inimigos. Enquanto isso, Raposo Tavares preparava-se para invadir a província do Itatim, coroando as campanhas de destruição das missões. A 8 de setembro de 1647, os paulistas, sob as ordens do experimentado sertanista, caíram sobre Nossa Senhora de Tare. Os jesuítas em fuga pediram reforços a Assunção, obtendo o silêncio como resposta. Pior ainda, frei Bernardino assumiu o poder após a morte do governador Diego Escobar Osório e nada fez para combater os bandeirantes; pelo contrário, precipitou a expulsão dos jesuítas de Assunção e o confisco de seus bens. Os paulistas assenhorearam-se então da província de Itatim. E quando se retiraram de lá deixaram apenas ruínas que foram ocupadas pelos indígenas Guaicuru e pelas ervas daninhas.(Saga. A grande História do Brasil. São Paulo, Abril Cultural, 1981. v.2, p. 65)Fonte: Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\28351icones.txt


ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
08/09/1647 - Os paulistas, sob as ordens do experimentado sertanista, caíram sobre Nossa Senhora de Tare
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.