Eduardo Bueno em Canal Buenas Idéias, 100° episódio: “A devastação das Missões”
3 de abril de 2019, quarta-feira Atualizado em 23/10/2025 17:29:25
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Essa História, não é que eu goste, mas essa História é incrível que ela nunca tenha sido contada, essa História é que realmente tinha que cair no ENEM. Essa é uma História que todos nós tínhamos que conhecer, porque a História não se divide entre bons e maus, entre mocinhos e bandidos, mas nesse caso específico o lado de "lá", o lado que destruiu as Missões sim, é o lado do vilão. Não tem outra interpretação. A História é complexa, a História é múltipla, a História é quase "furta-cor", a História é camaleônica.
Além de tudo, se diz que o passado está sempre mudando, porque ele depende das interpretações do presente, como o presente está sempre mudando, você interpreta o passado de formas diferentes. Que bela lição! Só que nesse caso específico só tem um lado, que essa devastação, imposta ao primeiro período das Missões, o período que vai de 1609 á 1641, não tem desculpa...
Portanto, a origem de São Paulo está ligada a escravização dos índios. Só que isso daria uma grande guinada, uma enorme guinada, a partir de 1591, quando Portugal e Espanha já estavam unidas sob a União Ibérica, e chega um Governador-Geral do Brasil, chamado Dom Francisco de Souza (1540-1611). E é ele que cria essas milícias para-militares. De São Paulo já saiam expedições exploradoras para toda a região em seu entorno desde 1530, 1531. Mas ele, Dom Francisco, que militariza essas incursões. Ele dá roteiros, estabelece o número de pessoas que deveriam fazer parte da tropa e até capelães, ou capelões, padres iam junto nessas expedições, que serviam basicamente para escravizar indígenas.
É inacreditável que quando se iniciou o estudo do "bandeirismo", por volta dos anos 1920, 1930, 1940, alguns historiadores, ou com cinismo gigantesco ou com deliberada ingenuidade, estabelecem a primeira fase do bandeirismo como chamado "bandeirismo defensivo". Que os paulistas teriam criado essas milícias para-militares para proteger a vila dos ataques indígenas. De fato tinha havido um ataque indígena incrível em São Paulo em 1562, quando a nascente vila de São Paulo quase foi destruída por um ataque coligado de indígenas que saíram do Rio de Janeiro e do oeste do atual estado de São Paulo e atacaram a nascente vila de São Paulo, que escapou um um triz. E houveram outros ataques, em 1570, enfim.
Só que a partir de 1590, 1591, com Dom Francisco de Souza, até os historiadores mais "caras-de-pau" são obrigados a admitir que se inicia o "bandeirismo ofensivo". Bota ofensivo nisso né. Ora, os ataques se davam porque eles tinham começado a escraviza-los, como eu falei, desde 1508.
Os paulistas saem por essas trilhas que saíam todas do coração de São Paulo e começam a escravizar tudo que é índio que encontram ao redor. Só que, a partir de 1609, os jesuítas, partindo do Paraguai, começaram a estabelecer as Missões no Guayrá, que hoje é o oeste do Paraná, no Tape, que é o oeste do Rio Grande do Sul, e no Itatim, que é no sul do Mato Grosso do Sul.
A questão é que o Guayrá, chamada "A Florida Cristandade", que tinha 13 Reduções, com cerca de 5.000 índios afeitos a autoridade, ao trabalho disciplinado, ao trabalho agrícola, ficava a 40, 50 dias de marcha. E São Paulo é uma raça de caminhantes, os caras sempre foram caminhantes. Há relatos do Governador-Geral Tomé de Souza em 1556, de quando encontrou João Ramalho e ele caminhava 90 quilômetros por dia. Já vieram uns comentários aqui dizendo que é impossível caminhar 90 quilômetros por dia. Ok, talvez ele não caminhava todos os dias, 90 quilômetros por dia, mas com certeza algumas vezes ele caminhou 90 quilômetros por dia. 30, 40 quilômetros, esses paulistas caminhavam fácil.
E era cheio de trilhas, que eram chamados Peabirus. Peabirú é a principal trilha, mas todas elas se chamavam Apés, palavra tupi, que quer dizer "caminho". Essas trilhas eles percorriam em "fila indiana", porque os nativos brasileiros andavam um atrás do outro. Porque as chamadas "veredas de pé posto", expressão muito usada por Sérgio Buarque de Holanda para as trilhas estreitas, meras picadas na mata, menos o Peabirú, o principal, que era mais largo. E os sertanistas paulistas incorporaram muitos e muitos dos costumes nativos dos tupis, dos tupiniquins, basicamente dos tupiniquins de São Paulo. Então eles aprenderam a andar na mata com senso de orientação inacreditável, e se alimentando de palmitos, quase extinguiram os palmitais, de mel, dizem que comiam mel com abelha e tudo. Sim! "Paulista macho".
Atacaram em janeiro de 1628 e destruíram aquela Missão. Quando eles voltam para São Paulo, em maio de 1629, eles ficaram quase dois anos, eles tinham escravizado 30.000 nativos e tinham destruído 9 Reduções.
Depois das devastações das Missões, e quem liderou esse êxodo de 12.000 guaranis para o Paraguai, onde daí os paulistas, de fato, não chegavam, pois, pelo menos o Paraguai eles admitiam que pertencia a Espanha, o padre Ruiz de Montoya, primeiro veio para o Rio de Janeiro, em 1638, e depois ele foi para a Espanha. Na Espanha ele foi recebido em janeiro de 1638 pelo Rei Felipe IV, que autorizou os guaranis a se armarem, autorizou os padres jesuítas a armarem os guaranis para que pudessem resistir a esse ataque infame, esse ataque ilegal, esse ataque injusto dos sertanistas de São Paulo. E aí ele também convenceu o Papa Urbano VIII a promulgar uma bula excomungando todo e qualquer homem branco que atacasse essas Reduções. No caso, "os homens brancos" eram evidentemente os sertanistas de São Paulo.
Quando essa informação chega na cidade de São Paulo, que vivia única e exclusivamente do tráfico de escravos, a primeira fonte de renda de São Paulo foi a escravização de indígenas, especialmente da nação guarani. Há uma revolta total, e em desafio decidem destruir, acabar de vez com essas Missões. 8373»E um cara chamado Jerônimo de Barros montou uma expedição em fins de 1640 para atacar as Reduções do Tape, que já tinham sido atacadas pelos Raposo Tavares, que tinha começado atacando o Guayrá, mas que depois continuou atacando o Tape, o Tape era onde hoje é o Rio Grande do Sul.
Esse Jerônimo de Barros, parte de São Paulo em fins de 1640 e no dia 11 de março de 1641, anote essa data do seu calendário. Ele vem pelo Rio Uruguai, com 130 canoas, com 30 paulistas, 300 mamelucos e 600 nativos Tupi. Só que os guaranis tinham sido autorizados a se armar sob a liderança dos padres Pedro Romero e Pedro de Mola e com a liderança indígena do cacique Ignacio Abiarú, 3.000 guaranis estão acantonados, estão atocaiados nas matas ciliares de um arroio chamado M`Bororé.
Não se sabe, nunca foi identificado plenamente onde é esse arroio, mas se acha que era um afluente da margem esquerda do rio Uruguai, no oeste do Rio Grande do Sul, muito provavelmente onde hoje fica uma pequena localidade chamada Porto Velho. Espero que seja lá, porque é longe demais e eu fui até lá só para saudar os nossos queridos heróis guaranis e jesuítas, afinal, eu estudei no Colégio Anchieta, um Colégio Jesuíta, portanto no fundo eu sou um jesuíta.
Mas não se sabe se é lá, se acha que foi lá. Na verdade, se houvessem pesquisas mais intensas e mais profundas, a gente poderia descobrir exatamente onde isso foi. Mas parece que ninguém se interessa por essa História. Mas não interessa, o canal Buenas Ideias se interessa e eu vou contar o que aconteceu:
Os paulistas vinham pelo Rio Uruguai, descendo com suas 130 canoas e os seus mais de 1.000 homens, ou cerca de 1.000 homens, quando 3.000 guaranis, armados com canhões feitos de taquaraçu, que é uma taquara grande, tinha uma boca grande de bambu. Canhões que eles criaram.
Esse Pedro Romero, esse jesuíta, que era um jesuíta engenhoso, fez uns canhões que eram, digamos "portáteis", com a parte fechava com couro, e enchiam de pólvora e pedregulho, botavam um pavio e "bum", disparavam. Era um canhão, um canhão de madeira, só dava para usar uma vez, mas uma vez era bom. E fizeram catapultas. Eles pegaram troncos, toras, envolviam elas com óleo, botavam fogo e lançavam. E desbarataram os paulistas por 3 dias. A batalha, na verdade, a principal batalha, foi dia 11, mas ela se prolongou por 3 dias e por 3 vezes seguidas. Os paulistas sertanistas foram quase todos mortos, só 120 conseguiu voltar para São Paulo, de 1.000. E nesse dia se encerra o "bandeirismo ofensivo".
São Paulo nasceu a partir de dois personagens inacreditáveis e misteriosos da história3:49do Brasil que, algum dia, vão acabar ganhando um episódio aqui.3:51João Ramalho, o paulista primordial, um cara que apareceu em São Paulo ali em 1508, que3:57ninguém sabe se era um náufrago, se era um degredado, se era um cara que tinha vindo4:02de outro lugar do Brasil colônia e chegado ali...4:05Provavelmente era um náufrago, ou talvez um degredado, que chegou em SP em 1508 e que4:11logo criou um exército particular que alguns dizem que chegou a ter três mil nativos indígenas.4:18E, com esses nativos, escravizava vários outros nativos e vendia eles pra expedições4:23que passavam ali.4:25Além do João Ramalho, cara, tem o cara que, olha tchê, falando sério, na minha opinião,4:30é o cara mais misterioso da história do Brasil.4:33Algum dia ele vai ter um episódio.4:34Se chama Bacharel de Cananéia.4:37Ninguém sabe quem foi o Bacharel de Cananéia de verdade e quando ele chegou ao Brasil.4:42Tem gente que diz que ele chegou ao Brasil em 1498.4:46Isso, mil quatrocentos e noventa e oito.4:51Dois anos antes do descobrimento oficial do Brasil, portanto.4:55Outros dizem que chegou em 1501, trazido pela expedição da qual fazia parte Américo Vespúcio.5:00O fato é que, em 1532, quando Martim Afonso de Sousa chega em Cananéia, já encontra5:07esse cara senhor de várias... cara, eu sempre associo ele com Marlon Brando em "Apocalypse5:13Now", o coronel Curtis.5:18O cara morava lá, tinha um monte de mulher dele, tinha um monte de índio servindo ele5:26e tinha um monte de escravo.5:28Por causa disso, dessas duas figuras, São Vicente era conhecido como Porto dos Escravos.5:35Já em 1508, 1510.5:38Portanto a origem de SP está ligada a escravização dos índios.
Só que isso daria uma grande, uma enorme guinada a partir de 1591, quando o Brasil. Portugal e Espanha estavam unidos sob a tal União Ibérica, quando chega o governador-geral pro Brasil, D. Francisco de Sousa.
De São Paulo, já saíam expedições escravistas, expedições exploradoras, pra toda regiãoem torno de SP, desde 1530, 1532, porém é D. Francisco quem militariza essas incursões, dando-lhes roteiros fixos, estabelecendo número de pessoas integrariam parte da tropa, a exemplo, capelães e padres, que serviam, basicamente, pra escravizar indígenas.
É inacreditável que quando se iniciou o estudo do "bandeirismo", por volta dos anos6:5120 do século 20, 1920, 1930, 1940, alguns historiadores, ou com um cinismo gigantesco7:03ou com deliberada ingenuidade, estabelecem a primeira fase do bandeirismo como chamada7:10"bandeirismo defensivo".7:12Hahaha!7:13Que os paulistas teriam criado essas milícias paramilitares, parecidas com as milícias7:20que hoje assolam e assombram o Rio de Janeiro.. teriam criado essas milícias pra "proteger"7:26a vila dos ataques indígenas.7:28De fato, tinha havido um ataque indígena incrível em São Paulo em 1562, que algum7:33dia eu também te conto essa história que é incrível que nunca nos contem.7:36São Paulo quase foi destr... a nascente de São Paulo quase foi destruída por um ataque7:43coligado de indígenas que saíram do Rio de Janeiro e do oeste do atual estado de São7:49Paulo e atacaram a nascente de vila de São Paulo!7:52Que escapou por um triz!7:53E houve outros ataques em 1570 e tal.7:57Então, os historiadores dizem: "não, aí os paulistas criaram o bandeirismo defensivo".8:03Há!8:04Os ataques se davam justamente porque eles tinham começado a escravizar os caras, como8:08eu falei, desde 1508!
Só que daí cara, a partir de 1590, 91, com esse Dom Francisco de Sousa, aí até os historiadores mais cara de pau são obrigados a admitir que se inicia o "bandeirismo ofensivo". Hahaha... bota ofensivo nisso, né.
8:29Os paulistas saem dessas trilhas que saíam todas do coração de São Paulo e começam8:35a escravizar tudo que é índio que encontram ao redor.8:39Só que daí é o seguinte, cara...8:41Você já ouviu no episódio anterior, no nonagésimo nono episódio do NVCNE, se não []
que escravizavam as outras tribos.12:53Essas bandeiras se punham em movimento e iam escravizando os índios ao redor de SP.13:00Brilhantemente, Capistrano de Abreu (1853-1923) pergunta:
"por que aventurar-se entre gente boçal e rara, falando línguas travas e incompreensíveis se, perto de SP, demoravam aldeamentos numerosos iniciados na arte da paz, afeitos ao julgo da autoridade?".
Exatamente, porque os jesuítas, ao criarem essas missões, acabaram criando um curral13:30escravista.13:31Os bandeirantes de SP olharam e disseram "olha ali cara, um monte de índio, tudo morando13:36numas casinhas.13:37Nós vamos lá escravizar esses caras, cara!".13:39E como já havia essa União Ibérica e os limites entre Portugal e Espanha estavam difusos13:47e os paulistas juravam que todo o oeste do Paraná pertencia a eles... porque eles, de13:53certa forma, tinham mesmo sido os primeiros a chegarem lá nessas missões... eles resolveram13:59iniciar uma campanha pra conquistar essas missões.14:04E as primeiras missões que eles atacam são justamente as missões do Guayrá...
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (9): 09/06/1591 - Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil 23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses 01/01/1609 - *A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de Loreto 01/05/1629 - Retorno dos sertanistas* 22/04/1640 - Padre Francisco Diaz Taño chega ao Brasil com "condenação do cativeiro dos índios" 01/12/1640 - Jerônimo de Barros, parte de São Paulo* 11/03/1641 - Bandeirantes são derrotados pelos nativos, liderados pelos Jesuítas, e voltam para São Paulo 01/08/1641 - Bandeirantes retornam á São Paulo* 01/09/1641 - Paulistas estariam no "sertão"* EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.