'Resumo da História Econômica e Social de Mangaratiba, Mirian Bondim - 01/10/2015 Wildcard SSL Certificates
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Resumo da História Econômica e Social de Mangaratiba, Mirian Bondim
    outubro de 2015, quinta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


26. A Grande Freguesia de Mangaratiba provoca mais conflitos na aldeiaApós a inauguração da igreja matriz, em 1º de fevereiro de 1802, a paróquia da Aldeia de NossaSenhora da Guia passou a administrar todas as terras compreendidas entre a ponta deItacurubitiba e o rio Itinguçu, incluindo as ilhas de Itacuruçá, Jaguanum, Guaíba, Madeira eMarambaia, dando início ao processo que viria a determinar o fim do aldeamento tupiniquim.A ampliação da freguesia fez aumentar os conflitos entre brancos e índios na aldeia e revelou aexistência de um mercado local onde eram exercidas atividades rurais e portuárias. Tal fatomarcava o aumento da presença de brancos na região, gerando conflitos relacionados à posse deterras e ao interesse dos novos moradores em desenvolver uma política urbanizadora no local.27. Rebelião Tupiniquim em MangaratibaCom o aumento da presença de brancos na aldeia, o clima de tensão chegou ao auge. Um grupo deíndios resolveu atacar o capitão-mor, indo armados à sua residência na localidade de Praia Mansa(atual Ibicuí) com a intenção de matá-lo. Os revoltosos, vendo os filhos da vítima defendendo opai, recuaram. Mas, ao retornarem ao arraial, destruíram as casas construídas de pedra e cal.

Os revoltosos lutavam, também, pelo fim das tavernas (espécie de botecos onde se reuniam osbêbados e as prostitutas) e pela expulsão de todos os brancos que tentassem construir casas noarraial, acusando-os de "seduzir as moças donzelas" e de cometerem furtos. Também ameaçavamexpulsar da região todo aquele oficial (representante da Câmara da vila de Angra dos Reis à qual afreguesia de Mangaratiba pertencia) que permitisse a construção de casas de brancos nalocalidade, com medo que tivessem o mesmo fim que a aldeia de Itaguaí. Esse fato culminou, em30 de novembro de 1806, com um oficial tendo sua casa invadida por um aldeado que o atingiucom um machado.Duas semanas após o acontecido, um grupo de dezenove moradores brancos da freguesia deMangaratiba enviou um ofício ao vice-rei, denunciando um possível levante dos aldeados contra eles na aldeia e solicitava medidas de segurança, através de um ofício foi intitulado como:“Representação dos moradores na aldêa de Mangaratiba em 13 de dezembro de 1806”.Pedro Alexandre Galvão e os demais índios redigiram também uma representação em quereclamavam dos procedimentos do capitão-mor José de Souza Vernek e de alguns habitantes dafreguesia. O vigário Joaquim José da Silva Feijó deu um depoimento em defesa do capitão-mor,este se livrou das acusações. Mesmo assim, o vice-rei Conde dos Arcos resolveu tomar medidasrigorosas.O Juiz da Comarca da Vila da Ilha Grande, à qual a freguesia estava subordinada, organizou umprocesso, ouvindo o vigário, o capitão-mor, os novos moradores e os índios. No final prevaleceu apalavra do vigário a favor do capitão-mor e a Justiça da comarca concedeu licença para a livreconstrução de casas de pedra e cal pelos novos moradores da freguesia.Quando os índios ficaram sabendo da decisão do Juiz, aconteceu outra rebelião tupiniquim,atacando, em multidão, as casas dos novos moradores. O vigário e o capitão-mor corriam perigo,pois eram acusados pelos índios. O comandante da Vila da Ilha Grande enviou soldados da milíciapara manter a ordem no povoado. Demitiu o capitão-mor e nomeou outro, mandando prender oslíderes da revolta. Esses foram punidos com trabalho escravo na capital terminando assim, arebelião. Daí em diante, a população nova foi ganhando terreno, construindo e se estabelecendonos povoados da freguesia.Processo de emancipação política de Mangaratiba28. A economia na grande freguesia de MangaratibaPor todo território da antiga freguesia (do Itinguçu até Itacurubitiba), engenhos e engenhocastocavam a economia de Mangaratiba a todo o vapor. Também se desenvolviam em várias fazendase sítios da região, principalmente na Ingaíba, plantações de arroz, feijão, batatas, anil, fumo,criações de bois, porcos, galinhas. Algumas dessas produções eram negociadas nas grandes cidadescom a atividade portuária dando seus primeiros passos no litoral mangaratibense, enquanto asterras da aldeia, no centro da freguesia, somente desenvolviam pequenas plantações e pesca parasubsistência dos seus aldeados.Por ordem de Marquês de Lavradio, foi construída a “Estrada da Corte”, um caminho de tropas queligava o Rio de Janeiro à Vila de Angra dos Reis. Essa estrada cortava todo o litoral mangaratibenseaté a Ingaíba, onde saía do litoral por um estreito caminho entre serras, que seguia do Batatal atéAngra dos Reis. Mais tarde, esse caminho ficou conhecido como “Estrada do Telégrafo”, devido àsinstalações de postes para funcionamento do telégrafo. [Páginas 21 e 22]

29. Mangaratiba dos engenhosSomente o “Engenho de Itacuruçá” fez parte do chamado “Primeiro ciclo do açúcar da economiabrasileira”, ocorrido entre os anos de 1534 a 1640. No segundo meado do século XVII, quando esseciclo produtivo começou a entrar em decadência, logo após a expulsão dos holandeses do Brasil,Salvador Correia de Sá e Benevides trocou seu engenho e todas suas fazendas em Mangaratiba,com o Engenho Fumaça de Irajá de propriedade de D. José Rendom. Essa troca ocorreu,precisamente, em oito de junho de 1652.

Durante o século XVIII, o ouro substituiu o açúcar como principal produto brasileiro. Nesseperíodo, que ficou denominado como “O século do ouro”, todas as atenções das autoridadesgovernamentais da colônia estavam direcionadas a dar segurança e proteção à saída desseprecioso metal e ao combate da pirataria que invadia todo o litoral da região. Os engenhos do Riode Janeiro aumentaram a produção de aguardente que servia para estabelecer o comércio deescravos entre os portos de desembarques e a áreas mineradoras, absorvedoras de mão de obraescrava.A aguardente se transformou num valioso produto que servia de base de troca com Sobas (chefestribais africanos) para obtenção de escravos capturados nas lutas tribais na África e negociadoscom traficantes portugueses. Mangaratiba passou a fazer parte ativa desse processo. Grandesengenhos de açúcar e aguardentes foram estabelecidos em terras mangaratibenses, como daMarambaia, do Sahy, de Itacurubitiba, etc. Outros menores também movimentavam sua produçãocom poucos escravos em Jacareí, na Ingaíba, no Saco de Mangaratiba, na Ilha Guaíba e nas demaislocalidades. [Página 23]

documento, o padre deixa claro que essa cultura já se destacava Mangaratiba no final do séculoXVIII e início do século XIX:“Igualmente se estende a fertilidade do terreno de Mangaratiba a várias frutas, entre estas devo primeirotratar das bananas, que as produz muito boas, assim das chamadas da terra, como das de São Tomée istoem todo o sítio e lugar sem distinção desse ou daquele terreno”.Tractado de 1810Porém, a produção de bananas em grande escala ascendeu nas primeiras décadas do século XX,coincidindo com a decadência do café, cuja ausência de mão de obra escrava, após a abolição, erafato consumado e com o evento do trem. Nesse período, ocorreu, em todo o município, umagrande derrubada de árvores para produção de lenha e carvão. O plantio de bananas foisubstituindo as àrvores derrubadas, se expandindo por todas as serras mangaratibenses.Até o primeiro meado do século XX, das diversas localidades de Mangaratiba: Serra do Piloto,Várzea da Praia do saco, Rubião, Jacareí, Itacurubitiba, Ingaíba, Praia Grande, Muriqui e Itacuruçá,tropas carregadas de bananas em seus jacás e barcas lotadas de bananas seguiam em direção àsestações e paradas de trens. A grande produção de banana, neste período, era conduzida aosvagões dos trens destinados à Santa Cruz, cujos compradores já esperavam pelo produto naestação.Já no segundo meado do século XX, quando foi inaugurada a Estrada de Rodagem, ligando omunicípio do Rio de Janeiro à Mangaratiba (Rodovia RJ-14) a produção de banana alcançou seuapogeu (entre 1950 e 1970). Caminhões desciam a Serra do Piloto abarrotados de bananas. Aspropriedades, tanto do continente quanto das ilhas, enviavam, semanalmente, grandesquantidades dessa fruta para ser embarcada nos vagões ou pela rodovia RJ-14, até a cidade do Riode Janeiro.69. As regiões isoladas e a produção de bananasInfelizmente, tanto a linha férrea, como a Estrada de Rodagem, não chegou a região da Ingaíba,Itacurubitiba, Conceição de Jacareí, ficando os produtores e moradores dessa área isolados edesassistidos desses progressos por muitos anos. Mesmo com esses contratempos, a fazenda quemais se destacou na produção de bananas em todo o município de Mangaratiba estava localizadana Ingaíba: “A Fazenda das Três Orelhas”.Nessas áreas, a banana descia a serra transportada em lombo de burros acomodada em grandesjacás e, depois era conduzida em canoas até as praias, de onde era levada aos vagões dos trens,destinados à Santa Cruz, cujos compradores já esperavam pelo produto na estação. Nesse períodohistórico, o porto de Mangaratiba inundava-se de pequenas e grandes embarcações carregadas debananas, que eram trazidas dos bananais da região, em média 80 a 100 dúzias de cachos dessafruta. [Página 50]



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EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.