“Por que Bahia se escreve com h bem no meio?” Dad Squarisi em Jornal “O Estado de Minas”
21 de agosto de 2019, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
E os derivados? Por que que palavras como baiano, baianidade, baianês e coco-da-baía não são grafadas com o h? Entenda.
Oba! Os olhos do mundo estão postos na capital baiana. É que Salvador sedia a Semana do Clima Latino-Americana e Caribenha. Organizado pela ONU, o evento começou na segunda e termina na sexta. Três mil turistas transformaram a cidade numa babel. Escutam-se línguas familiares e outras nem tanto. Sotaques brasileiros ecoam em ladeiras, praias, hotéis, bares e restaurantes. Os sinos das 365 igrejas badalam para dar boas-vindas aos visitantes. Na balbúrdia sem fim, uma questão pintou aqui, ali e acolá. Por que se chama soteropolitano quem veio ao mundo na cidade abençoada pela Baía de Todos os Santos? A resposta é simples. Baiano não nasce. Estreia. O show começa com o gentílico. Quem abre os olhos na capital de Bethânia, Caetano, Gil & cia. talentosa não deixa por menos. É soteropolitano. Em grego, soter significa Salvador. Polis, cidade.
Por falar em Bahia...
Por que Bahia se escreve com h bem no meio? A história vem de longe. Em tempos idos e vividos, o h indicava o hiato. Grafava-se bahia, sahida, pirahy. Sem o h, a leitura seria báia, sáida, pirái. Depois, o acento tomou o lugar do h. Mas o estado manteve a letra com a qual tinha sido batizado. Os donos do pedaço diziam que Bahia sem h não é Bahia. É acidente geográfico.
Disse o poeta Denis Brean
Dá licença, dá licença, meu senhor/ Dá licença, dá licença, pra yôyô/ Eu sou amante da gostosa Bahia, porém/ Pra saber seu segredo/ Serei baiano também.
Dá licença, de gostar um pouquinho só/ A Bahia eu não vou roubar, tem dó/ Ah!! Já disse um poeta/ Que terra mais linda não há.
Isso é velho e do tempo em que a gente escrevia Bahia com h!
Olho vivo
Bahia se escreve com h. Mas os derivados perderam o privilégio. Sob protestos, aderiram à simplificação. Assim: baiano, baianidade, baianês, coco-da-baía.
Sabia?
Piauí se escrevia Piauhy pela mesma razão que Bahia se escrevia Bahia. Humilde, abdicou do h. Mas conservou uma marca. É uma das duas palavras que têm o maior número de vogais seguidas em sequência da língua portuguesa. A outra é tuiuiú.
Barriga-verde
Soteropolitano não é o único gentílico diferente. Há outros. Um deles: barriga-verde, sinônimo de catarinense. O nome vem do colete verde usado pelos soldados de um batalhão de fuzileiros do estado, criado pelo brigadeiro Silva Pais no século 19.
Gaúcho
A palavra existe também na língua espanhola. Dizem que nasceu na região platina, entre o Uruguai e a Argentina pra designar criaturas especiais – os moradores das zonas rurais que se dedicavam à criação de gado nos pampas. Os rio-grandenses, segundo as más línguas, se apoderaram do termo e o nacionalizaram verde-amarelo.
Carioca
Carioca vem de duas palavras tupis. Uma: kara’iwa, que quer dizer homem branco. A outra: oka, que significa casa. Os índios passaram a usar “casa do homem branco” para se referir à cidade do Rio de Janeiro. O adjetivo se tornou gentílico mais tarde, lá pelo século 18.
Capixaba
Quem nasce no Espírito Santo é capixaba. Trata-se de herança dos índios. No tupi, kapixaba quer dizer terra de plantação. Por quê? A região produzia alimentos que abasteciam as tribos indígenas locais.
Potiguar
Potiguar? Em tupi quer dizer quem come camarão. O litoral do Rio Grande do Norte tem o crustáceo pra dar, vender e emprestar. Daí o gentílico.
Recado"Uma palavra posta fora do lugar estraga o pensamento mais bonito."Voltaire
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.