'“A ponte e o tempo”, Fernando Martins, gazetadopovo.com.br 0 25/12/2012 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Registros (148)Cidades (54)Pessoas (130)Temas (167)


“A ponte e o tempo”, Fernando Martins, gazetadopovo.com.br
    25 de dezembro de 2012, terça-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


O ex-presidente norte-americano Franklin Roosevelt certa vez teorizou sobre a importância pouco evidente das pontes:

"Sem dúvida que em muitos aspectos a história da construção de pontes é a história da civilização. Através dela podemos medir uma parte importante do progresso de um povo", disse ele.

Desde tempos imemoriais, a humanidade percebeu que precisaria transpor obstáculos rios, despenhadeiros e vales em sua jornada por alimento, refúgio e, consequentemente, uma vida melhor. A resposta racional a esse desafio convencionou-se chamar de ponte. Construindo-as e cruzando-as, o homem foi cada vez mais longe e conquistou o planeta.

Não tardou ainda na história humana para o objeto da engenharia se transformar em símbolo da passagem de um estado inferior a um superior. Os antigos romanos, por exemplo, chamavam seus sacerdotes de pontifex construtor de pontes, literalmente.

Afinal, eram eles que faziam a conexão entre homens e deuses, entre o humano e o divino. O título de pontífice máximo acabou sendo apropriado pelos ditadores e imperadores de Roma como alerta de que tinham autoridade não apenas temporal sobre seus territórios, mas também espiritual.

Ao pontífice supremo cabia, entre outras atribuições, regular o tempo: incluir ou excluir dias do impreciso calendário romano para acertá-lo de acordo com o correr das estações. Foi como pontifex maximus que Júlio César fez uma profunda reforma no calendário de Roma, em 44 a.C.

O Ocidente usou essa forma de medir dias, meses e anos até 1582, quando novamente se fez necessário consertar o tempo humano para acertá-lo com o relógio cósmico. E quem fez isso foi outro pontífice: o Papa Gregório 13 herdeiro do simbolismo romano de que o líder religioso é um construtor de pontes entre os céus e a terra.

Daqui a uma semana, a humanidade celebrará novamente essa tradição ao iniciar o 431.º ano regido pelo calendário gregoriano. Por sinal, mais que qualquer outra época, o réveillon pode também ser visto como uma ponte simbólica entre o passado e o futuro.

E, quando os fogos de artifício estouram, os estampidos despertam a esperança que dorme dentro de cada um de transpor obstáculos e chegar a um novo tempo. Como se houvesse uma ponte sobre o rio de dificuldades, aflições e medos.

A cada qual, porém, sempre resta a escolha de consertar o próprio tempo e de construir pontes em vez de aguardar que elas apareçam à frente. De ser um pouco pontifex, afinal. Foi assim que a civilização se fez. No mundo material, como diria Roosevelt. E também no simbólico, como conceberam os antigos romanos. É assim que todos podem fazer.




  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.