'“Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8 - 01/01/2016 Wildcard SSL Certificates
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Registros (178)Cidades (0)Pessoas (0)Temas (0)


“Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8
    2016
    Atualizado em 13/11/2025 03:28:14

•  Imagens (40)
  
  
  


Os europeus não tinham a intenção de formar uma nação, apesar de gostarem de dizer isso. (...) A colonização coincide com os principais acontecimentos na Europa, que são a formação dos estados, lutando entre si, do capitalismo expandindo o comércio, e a laicização da cultura.

A colonização está ligada a três processos. Ela se dá na América, no Novo Mundo. As características da colonização envolviam: ocupação de território, criação de uma outra sociedade, formação social e um sistema econômico de produção. Não apenas entrepostos para comércio, como houveram na África. Nesse momento histórica, somente na América e nela se dá colonização e não na África.

Os portugueses foram os pioneiros na expansão marítima e também na colonização, seguidos por espanhóis, franceses, ingleses, holandeses, até dinamarqueses.

Como explicar a colonização ter iniciado-se na América e não na África? A África era mais próxima e a conheciam melhor. O périplo africano inicia por volta de 1412, com a tomada de Ceuta. A viagem de Vasco da Gama foi 1497 e a de Bartholomeu Dias em 1499. Ou seja, temos quase 1 século de conhecimento da África. Mas a colonização deu-se na África, mas sim na América.

Não apenas Portugal. O fato de que tenha sido na América é muito curioso. A descoberta da América é fruto de uma série de circunstâncias causadas pelo acaso.

Cristovão Colombo era um visionário, meio doido, muito teimoso, que foi o que acabou resultando em sua viagem. Uma figura interessantíssima. Pois, ele fez 4 viagens a América, tocando nas Antilhas. Procurava um caminho para as Índias. Sempre achou estar no Japão ou China, o que demonstra o seu raciocínio não muito apurado, pois, onde haveriam chineses nús?

Ao contrário disso, em 1498/99, outro italiano, este florentino, América Vespúcio, vindo com Diego, um marinheiro espanhol. Tocaram rapidamente as Antilhas depois a América do Sul. Comparou a embocadura do Orinoco com do Adriático em Veneza, diga-se de passagem, pura imaginação deste florentino, pois em nada assemelham-se as embocaduras, sendo a do primeiro bem maior.

Américo imediatamente enviou uma carta, em mal latim, chamada "Mundos Novos", em que informava não se tratar de nenhum ponto na Ásia, como Japão, China ou as Índias, não somente ilhas, mas sim um imenso continente. Depois, um sujeito chamado wesmuller (moleiro do mar selvagem), produz um mapa contendo esse continente, nomeando-o "América", o continente descoberto por Colombo. Muito depois, na época da independência, para que fosse homenageado, Cristovão Colombo nomeou um simpático país, a Colômbia. Um grande prêmio de consolação.

Entende-se a colonização sabendo que ela não é igual, contém mecanismos de conjuntos que diferenciam regiões.

(...) Há variações entre América espanhola a portuguesa. Sergio Buarque de Holanda mostra isso de forma admirável, a diferença entre o ladrilhador e o semeador. Portugal tende a se inserir na paisagem, enquanto a Espanha tende a marcar a paisagem, o que aparece nas cidades das Américas espanholas e portuguesas. Em comparação, as cidades espanholas tinham mais planejamento que as portuguesas, estas geralmente são mais rurais que urbanas.

(...) Mariana, em 1746, é a primeira povoação predominantemente portuguesa, isso por causa da mineração (...)

Há diferenças, mas basicamente são dois blocos: as de povoamento, que não dependem da metrópole, e as colônias de exploração. O que há de comum entre todas é a contradição que se desenvolve entre o ponto de partida, centro do sistema, a Europa, o centro da cultura, e a colônia. A contradição está em verem a América como a europeização do mundo (...) mas, o desenvolvimento da América é exatamente o contrário, porque enquanto na Europa se forma o Capitalismo, aqui se forma a escravização.

Veja bem, o que caracteriza a relação social de produção mais importante é o regime de trabalho. Enquanto na Europa há o processo de liberalização do trabalho, aqui é compulsório e cada vez mais compulsório, servidor total. Não é apenas diferente, mas o oposto.

A questão do trabalho na formação da colonização depende da escravização, pois este, tem que ser forçado, para acumular riquezas na metrópole. O que não quer dizer que todo o excedente econômico vá para ela, pois algo tem que permanecer na colônia, senão não teria reposição. Mas o acumulo está na metrópole.

Para isso é preciso que a força de trabalho na colonia seja compulsória, podendo produzir produtos que sejam vendidos por um preço que, comprados aqui e possam ser vendidos na metrópole por um preço mais elevado.

A camada do "meio", os colonos, compram escravizados, ou escravizam os nativos. O tráfico de escravizados também acumula na metrópole, a preação de nativos não. Por isso a preferência por escravizar africanos.

No cotidiano, a igreja sempre teve um problema com a catequese dos nativos, era a justificativa para a colonização. Quando o Papa Alexandre VI dividiu o mundo a ser descoberto, entre Portugal e Espanha, a justificativa era descobrir o "gentio", catequiza-los e expandir a cristandade. Não tratava-se apenas da expansão do capitalismo.

A descoberta do gentio foi a coisa mais notável na Europa da época. Na realidade do mundo, levado em conta, estava dividido em três: os cristãos, os infiéis (muçulmanos) e os judeus. De forma geral, aos infiéis, é a guerra, os judeus são aqueles que que não aceitaram o último de seus Messias, de seus profetas. Estes assumiam tarefas que eram proibidas aos cristãos,como cobras juros, o comércio do dinheiro. O que causava ainda mais preconceito.

Quando há a descoberta da América, foi uma loucura, pois os nativos não eram judeus, cristãos ou muçulmanos. E estavam nus, portanto só poderiam estar descobrindo o "gentio" no Paraíso, por isso andavam nus. Este é o tema de um dos mais belos livros de história do Brasil: “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda. Enquanto todos procuravam os motivos econômicos...

Isso pode ser visto na carta de Pero Vaz de Caminha. São doze páginas, fantásticas, nas quais ele volta sete vezes a palavra nudez: "Estavam nus! Não cobriam as suas vergonhas!"



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\27963icones.txt



Descobrimento do Brasil
Data: 26/04/2024
26/04/2024


ID: 13870



ME|NCIONADOS Registros mencionados (7):
12/10/1492 - “Descobrimento” da América
07/06/1494 - Tratado de Tordesilhas
02/07/1494 - Ratificado o Tratado de Tordesilhas em Setúbal
01/01/1499 - *Expedição não oficial de Bartolomeu Dias
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás
07/08/1501 - Chegou a Armada de Vespucio á costa brasileira
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.