Práticos Fundidores e Fornos: a produção de ferro no Brasil entre os séculos XVI e XVIII, consultado em 03.12.2022
3 de dezembro de 2022, sábado Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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nenhum metal branco encontrou comprovando mais uma vez, aexistência somente de ferro. Esta nova constatação suscitou aoConselho Ultramarino ordenar que o religioso fosse afastado daquelasminas (RODRIGUES, 1966: 202).Engenhos e Fábrica de FerroAfonso Sardinha e D. Francisco de Souza são apontados por PedroTaques, como os primeiros a produzir ferro em Araçoiaba. Sardinhahavia, segundo aquele autor, construído um Engenho de ferro comdois fornos de fundição que, depois, doou à D. Francisco de Souza.Este empreendimento encerrou as atividades no ano de 1611,coincidindo com a morte de D. Francisco (TAQUES 1954: 112).Mas, apenas, em 1661, com a elevação a Vila da povoação de NossaSenhora da Ponte de Sorocaba, distante alguns quilômetros daquelemorro, que ressurgiu o interesse pelas minas ferruginosas da serra deBiraçoiaba. Em 1682, os moradores de Sorocaba, Pascoal MoreiraCabral e seu irmão alcaide-mor Jacinto Moreira Cabral com ManoelFernandes de Abreu e Martim Garcia Lumbria foram autorizados, pormeio de carta régia, a construírem uma oficina de fabricar ferro(RODRIGUES, 1963: 201).Naquele mesmo ano, o português Cavaleiro Fidalgo Luiz Lopes deCarvalho, considerado o redescobridor daquela jazida, hipotecoutodos os bens que possuía na Vila de Vimieiro, Portugal, para investirna produção de ferro em Araçoiaba. O seu empreendimento, comooutros posteriormente ali instalados, não foram bem sucedidos.Nota-se que Lopes Carvalho conhecida bem a região em que estavainvestindo, pois afirmava ter realizado algumas experiências com ominério de ferro ali existente. E, concluído, a partir de seusexperimentos, que o minério de ferro rendia “meio por meio, porquefundido douz quintais de pedra, se retira hum de ferro” (RODRIGUES,1966: 218)Lopes Carvalho, também tinha a esperança, como seus antecessores,de encontrar ouro, prata e esmeraldas, bem como, em recebermercês de El-Rei de Portugal. Estas ambições, certamente serviramde incentivo e o impulsionaram a ir ao sertão, segundo ele “sóhabitado de feras”. Segundo afirmações foi também enganado porroteiros que indicavam o encontro daquelas riquezas. (Rodrigues,1966: 218).
Apenas como nota, observa-se que a produção de roteiros, uma espécie de “mapa do tesouro”, parece ter sido freqüente naquela sociedade. Um exemplo destes mapas do tesouro foi encontrado no arquivo da Coleção José Bonifácio de Andrada e Silva, acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo. O roteiro indicava, curiosamente a direção de Sorocaba para o encontro de tal riqueza. Tratava-se de um “Aranzel ou Roteiro de haveres de oiro e pedras preciosas dos campos de Preatuva, entrando entre sul e sudoeste seguindo rumo direito” escrito por Antonio Mendes Marzagão, em 1696.
Fornos de Fundição
Em 1692, Lopes de Carvalho, por meio de carta escrita no Rio deJaneiro ao Rei de Portugal, informou que havia instalado junto aquelemorro, roda d’água e foles, estes últimos, afirmava terem sidoescolhidos pelos mestres de fundição e mestres carvoeiros, queimportou de Portugal. A mão de obra utilizada na produção eranotadamente, formada por indígenas.Naquele mesmo documento, tentava explicar o fracasso de seuempreendimento, ao indicar que o sucesso naquele empreendimento,apenas seria possível com a presença de mestres de fundição queviessem das Ferrarias de Figueiró dos Vinhos, em Portugal ou entãode mestres da região de Biscaia – País Basco, Espanha que, segundoele e pelos seus contemporâneos, apresentavam-se como referenciana arte de produção daquele metal.Quanto aos fornos de fundição, Lopes Carvalho, não tinha dúvidas,eram aqueles utilizados com sucesso na Ferraria de Figueiró dosVinhos, de onde deveriam vir os modelos.Observa-se que em Figueiró, no século XVII utilizavam-se umavariedade de Fornalhas, cuja existência e modelos puderam serconhecidos a partir do encontro, junto a Coleção de José Bonifácio deAndrada e Silva, pertencente ao Museu Paulista da Universidade deSão Paulo, do Tratado de Arte de Ensaiar e fundir cobre, ferro e açocom o modo de fazer as fornalhas com outras curiosidadespertencentes a dita arte, do uso de João de Pina feitor da fábrica dasferrarias de Figueiró, datado de 1691.A partir deste Tratado, nota-se que as Fornalhas recebiam trêsdenominações, as quais estavam relacionadas aos respectivosinventores dos modelos de fornos. Alguns fornos chamavam-se deFornos de Reverbero [figura 1], outros fornos de Manga [figura 2] e,outros fornos de vento. Outros eram os Fornos de modo Atenor[figura 3]; Cestão [figura 4] e Crasa [figura 5], todos utilizados parafundir os metais, utilizando como combustível, o carvão vegetal.Nota-se, pelas observações do feitor João de Pina, no referidoTratado e no Capítulo intitulado: de como se faz aço do ferro que, o [Páginas 6 e 7 do pdf]
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 08/12/1696 - “mapa do tesouro” EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.