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15 de setembro de 1823, segunda-feira Atualizado em 25/02/2025 04:46:57
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De acordo com o Plano de Manejo do PEVV (IAP, 2004), existiam na região do Parque Estadual de Vila Velha, índios, primeiro em bandos, depois em tribos, como a dos caingangues, que habitavam a região na época do descobrimento do Brasil. A arte rupestre76 que se encontra na região, também demonstra a presença humana já há muito tempo, e a lenda repassada aos turistas possui aspectos ligados a cultura indígena.
Não se sabe ao certo quando surgiu, sendo que a mais conhecida é a criada por Protásio de Carvalho (LIMA, 1975), onde as rochas do Parque seriam uma antiga cidade que foi transformada em cidade de pedra devido a fúria de Tupã. O principal símbolo do Parque, a Taça de Vila Velha, seria a taça utilizada pelos amantes indígenas Dhui e Arace Poranga para se embriagarem com licor de butiá, as Furnas o solo rasgado por Tupã e a Lagoa Dourada seria o tesouro derretido.
Itacueretaba, antigo nome de Vila Velha, significa cidade extinta de pedras. O recanto foi escolhido pelos primitivos habitantes para ser Abaretama, terra dos homens. No local seria escondido o precioso tesouro Itainhareru. Com a proteção de Tupã, era cuidadosamente vigiado pelos Apiabas, varões escolhidos entre os melhores homens de todas as tribos.
Os Apiabas desfrutavam de todas as regalias, porém era proibido o contato com as mulheres. A tradição dizia que elas, sabendo do segredo de Abaretama, revelariam aos quatro ventos. A notícia chegaria aos ouvidos do inimigo, que tomaria o tesouro para si. Se o tesouro fosse perdido, Tupã deixaria de resguardar o seu povo e lançaria sobre ele as maiores desgraças. Dhui (Luís) fora escolhido chefe supremo dos Apiabas, entretanto, não desejava seguir esse destino, pois se tratava de um chunharapixara (mulherengo).
As tribos rivais, após tomarem conhecimento do fato, escolheram a bela Aracê Poranga (aurora da manhã) para tentar seduzir o jovem guerreiro e tomar-lhe o segredo do tesouro. A escolhida logo conquistou o coração de Dhui. Em uma tarde primaveril, Aracê veio ao encontro de Dhui trazendo uma taça de Uirucur (licor do butiás) para embebedá-lo. No entanto, o amor já havia tomado conta de seu coração e a traição não aconteceu. Decidiu, então, tomar a bebida junto com seu amado. Em seguida, os dois se amaram à sombra de um ipê. Tupã logo descobriu a traição do seu guerreiro e, furioso, provocou um terremoto sobre toda a região.
A antiga planície foi transformada em um conjunto de suaves colinas. Abaretama transformou-se em pedra. O solo rasgou-se em alguns pontos, originando as Furnas. O precioso tesouro fora derretido, formando a Lagoa Dourada. Os dois amantes ficaram petrificados e, entre os dois, a taça ficou como o símbolo da traição. Diz a lenda que as pessoas mais sensíveis à natureza e ao amor, quando passam pelo local, ouvem a última frase de Aracê: xê pocê o quê (dormirei contigo).
Ofício do frei Pedro Nolasco da Sacra Família refutando as afirmações da Câmara Municipal de Sorocaba, 1816:
Exm. Snr: - mais de uma vez se encontra em papéis antigos confrontações de semelhante natureza, porém, o Padre Fr. Anselmo da Annunciação que imediatamente foi tomar posse, por explicação do mesmo doador, sempre reconheceu por demarcação do terreno doado - da ponte velha, mais abaixo da existente, até o Rio dos Couros, na língua da terra, Ceopirira, hoje corrompido em Supiriri, e dai a sair ao campo, moradia do dito Braz Esteves, e da largura do Rio, indo contestar com Diogo do Rego e Mendonça até sair ao campo hoje conhecido de Itapiva.
Este foi o terreno doado, unicamente o onus de 13 missas anuais, como se vê pelo documento no. 1. Acontece, porém, Exmo. Snr. que quando se mudou a vila, que primeiramente era fundada no lugar denominado Itarireoú, légua e meia distante do novo mosteiro, para o local em que existe, (em 1665) desde logo principiaram os choques entre a Câmara e o Presidente do Mosteiro, sobre quererem os Camaristas senhorarem-se das nossas terras para o Rocio desta vila.
Só ha poucos dias tivemos ocasião de ler no X volume, da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, correspondente ao ano findo, o trabalho ali inserto sob o título Os primitivos aldeamentos nativos e nativos mansos de Itanhaen, firmado pelo sr. Benedito Calixto, que de ha muito consagra a investigações históricas o tempo que não emprega em enriquecer as belas artes nacionais com o seu tão justamente apreciado pincel.
Já pelo nome do autor, já que o trabalho se acha publicado numa revista que contribui com informações valiosas para o melhor conhecimento da história e geografia de São Paulo e do Brasil, e que há de sempre ser consultada pelos futuros historiógrafos e geógrafos, prestamo-lhes toda atenção e com supresa lêmos o seguinte:
"Os terrenos onde atualmente se acham aldeados os nativos mansos, estão afastados das terras de São João Batista pelo rio Castro. Esse aldeamento é nas cabeceiras do rio Preto no lugar denominado Bananal e Tariruhú. O outro aldeamento de nativos mancos é no rio Itariry, afluente da Ribeira de Iguape, no município de Itanhaen, conforme explicaremos no capítulo imediato".
E no capítulo imediato explica:
"A tribo nativa que habita o município de Itanhaen está dividida hoje em dois pequenos aldeamentos: um no rio Itariry, nos sertões de Peruhybe, a dois dias de viagem desta povoação e o outro no Bananal, dois dias de viagem da vila de Itanhaén". E mais adiante, referindo-se ainda ao primeiro dos aldeamentos supra mencionados escreve:
"A outra fração dessa tribo errante havia anteriormente emigrado para o litoral, indo formar o aldeiamento do Itariry, perto do rio Juquiá, no município de Itanhen".
Da leitura daqueles trechos resulta que o sr. Benedito Calixto está convencido:
a) que o rio Itariry é afluente do Ribeira. b) que o rio Itariry corre perto do rio Juquiá; c) que o rio Juquiá corre no município de Itanhaem bem como d) o rio Ribeira; e) e finalmente, que o aldeamento do Itariry se acha situado em terras pertencentes ao município de Itanhaém.
Pedimos licença ao autor daquele estudo, para retificarmos os erros geográficos que nele se contém. E não o fazemos para desgostar tão distinto e estudioso escritor, mas como homenagem á verdade, que cada um de nós decerto procura e venera. Resumindo:
1° - O rio Itariry é confluente com o São Lourencinho e os dois formam o importante rio São Lourenço; este é afluente do Juquiá; e o Juquiá, finalmente, é afluente do Ribeira. O Ribeira está a oitenta quilômetros mais ou menos do Itariry.
2° - O aldeamento de nativos do rio do Peixe (afluente do Itariry), acha-se situado em terras do distrito da Prainha, município de Iguape, a mais de vinte quilômetros em linha reta, da divisa dos dois municípios.
3° - Nem o rio Juquiá, que nasce perto de Itapecerica, nem o Ribeira, que vem desde o Paraná atravessam terras de Itanhaem; e nem o mais tênue fio de água nascido em terras de Itanhaem verte para o rio Ribeira ou para qualquer de seus tributários. [Páginas 155 e 156]
[20895] Mudança da vila para o local atual, que primeiramente era fundada no lugar denominado Itarireoú, légua e meia distante do novo mosteiro, para o local em que existe, desde logo principiaram os choques entre a Camara e o Presidente do mosteiro 01/01/1665 [27909] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XI 01/01/1906
Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9 Data: 01/01/1959 Página 179
ID: 11312
Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9 Data: 01/01/1959 Página 180
ID: 11313
Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9 Data: 01/01/1959 Página 181
ID: 11314
Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9 Data: 01/01/1959 Página 182
ID: 11315
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (4): 01/01/1500 - *Lagoa Dourada 02/11/1816 - Ofício do frei Pedro Nolasco da Sacra Família refutando as afirmações da Câmara Municipal de Sorocaba [1] 27/12/2022 - Itavuvu 28/09/2024 - Historia De Itapeva SP e Fundação de Itapeva SP. blogpretomattos.blogspot.com EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.