Annaes do Archivo Publico e do Museu do Estado da Bahia, ano IV, vols. VI e VII, 1920
1920 Atualizado em 31/10/2025 01:56:16
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Rio Verde Grande - Separa a Bahia de Minas. Nasce entre os Montes Claros e Bocayuva no Boi do Carro em Minas; forma-se pelo ribeirão Verde, Riacho do Fogo, Saracura, Juramente, Caetité e outros. Seu curso é de S. para N. sinuoso e calculado em mais de 400 quilômetros. É navegável cerca de 30 milhas, acima de sua foz. Desemboca na margem direita do Rio São Francisco.
Rio Verde Pequeno - Nasce na Serra dos Mineiros (denominação devida aos portugueses que ai mineraram ha perto de um século) no lugar chamado "Buracos" lado da cordilheira geral, em território do Município de Jacaracy, neste Estado. [Página 289]
"Cópia de um assento de Belchior Dias Moreya, que foi dizer a El Rey o ano de 1612 e por lhe não deferirem com ficando encobertas."
No ano de 1675 eu fui com Jorge Soares uma das pessoas que Sua Alteza mandou a ver se eram minas, á Serra de Itabayana e Jacobina ver se fora por ali aquele descobrimento Belchior Dias. Achei um nativo Cariry, velho de cem anos, por nome Gaburú na aldeia de Sahy e descobri com muita industria haver acompanhado Belchior Dias naquela jornada de seu descobrimento, o que ele tinha muito calado e negado (disse ele) por assim ordenar o dito Belchior Dias. Levou-nos pelo campo frio ao do Salite, contando doze léguas de matas e catingas sem água nem caravatá que a tivesse e com raízes de imbú e mandacarú se remediou a gente que abriu o caminho em 19 dias. Mostrou o velho,o lugar onde Belchior Dias achou o que buscava, o qual disse o nativo os levava outro de outra nação que primeiro deu as pedras a Belchior Dias.
Achamos sinais certíssimos de haver ali estado gente branca e não foi outro senão Belchior Dias e depois do ano de 1628 seu sobrinho Francisco d´Avila mandado pelo Governador Diogo Luiz de Oliveira, sendo já morto o tio,mas não descobriu a mina porque não a conheceu, como nos sucedeu por falta do mesmo conhecimento, porque Belchior esconde de gente e nativos que levou a parte donde tirou a pedra que ensaiou ali, e disse o velho nativo que coseu no fogo em um texto ou tacho e depois lavou muito e tirou uma pedrinha, disso fizera muita festa, com as espingardas e dissera era pólvora e lhes mandava não mostrar nunca a branco aquele lugar porque havia de saber os flamengos e vir tomar-lhe a sua terra, e por isso não quisera nunca falar nem mostrar.
(...) Os sinais que deu este papel acima, deu o padre Antonio Pereira (da Torre) a João Calela e a seus irmãos para buscarem o ano de 1652, quando entraram a povoar aquelas terras e parte da Jacobina, mas não deram em nada porque são infinitas as serras e eles eram ignorantes em minas.
Partiu o dito Coronel da sua Casa do Rio Real e marchou até a Serra do Picurassá de que atrás tenho tocado, donde voltou a buscar a estrada do rio São Francisco até o Corassá, donde voltou com pouco efeito e com pouca diligência, porque o seu genio não inclinava a semelhantes serviços da qual diligência não deu conta, recolhendo-se á sua casa sem outra alguma satisfação. E porque ao mesmo tempo o Capitão-mór de Sergipe d´El Rey, Jorge de Barros Leite, introduzindo umas pedras do serrote das minas de Itabayana e de outras serras do mesmo continente, introduzindo-lhe alguma prata industriosamente de que resultou tirar-se na Casa da Moeda em Portugal alguma porção de prata de cinco pedras que foram com as mais, mandando S. M. que o sr. D. João de Alencastro mandasse pessoa de confiança a examinar se as minas de onde tinham saído aquelas amostras eram verdadeiras e seriam de rendimentos, para a cuja diligência me nomeou o mesmo senhor, e porque então me achava sem inteligência alguma de minas, procurei instruir-me na especulativa e pratica dos exames dos metais com João Alvares Coutinho, um velho que vivia na Bahia defronte de São Pedro, o qual tinha assistido muitos anos nas índias de Espanha, nas casas de fundição de prata.
E este velho me despersuadiu que não fosse a Itabaiana, porquanto ele havia morado alguns anos na cidade de Sergipe d´El Rei, seis léguas distantes de Itabaiana, e que ouvindo falar na prata dela, fora por sua curiosidade ver os serrotes das minas e que o sr. Roque da Costa tinha-o obrigado a acompanhar a D. Rodrigo de Castello Branco e o ajudar a examinar aquela mina em que só acharam os referidos criadeiros com alguns indícios de pouca prata que ai havia, acrescentando que, pela experiência que tinha e sabia das minas, a prata se não criava senão de quarenta léguas afastadas do mar para o sertão, e que assim me dava de parecer que a buscasse mais ao sertão e que me não confiasse com a de Itabaiana. [Páginas 377, 378 e 379]
Disse-me também que Francisco Dias, o velho, fora a Jacobina com este roteiro, que com ele correram toda aquela parte da Jacobina, que então estava descoberta e que não averiguaram. Foi segunda vez com o mesmo roteiro o padre Antonio Pereira e com ele fizeram a mesma diligência e passaram a Jacobina Nova e que não acharam nada mais e que o dito padre lhe deixara então o roteiro para ele e seus irmãos com mais vagar e maior diligência o averiguassem, o que ele e seus irmãos tinham feito, sem que tivessem encontrado sinais dele.
- Disse-lhe eu então que, se ele e seus irmãos, o padre Antonio Pereira e Francisco Dias, o velho, lhe tinham feito tantas diligências sem proveito, que mal podia eu encontrar aquele lugar, indo ali de passagem e sem conhecimento algum daquele país. Declarou-me então o dito João Calhela, que ele e Francisco Dias e o padre Antonio Pereira era verdade que tinham feito exatas diligências, mas que havia poucos anos que os principais nativos velhos lhe tinham declarado que aquela não era a serra de Jacobina eram as serras de Sapucaya distantes daquelas mais de trinta léguas, e que os brancos tinham corrompido genericamente o nome de Jacobina por todas aquelas serras e que como eles tinham procurado o roteiro naquele continente da povoação da Jacobina, não podiam acertar pelo não terem buscado naquela parte que diziam os nativos Payayaz, e que ele não fora averiguar por se achar muito decrépito e incapaz de sair de casa, como experimentei capacitando-o a ir me mostrar o rio Pindobussú donde me segurou havia ouro, mostrando-me uma memória que tinham no dedo tirado por uns carijós de João de Maya, que se tinham retirado de Sabarabussú quando mataram D. Rodrigo de Castello Branco. [Página 381]
(...) Daquela parte desci pelo São Francisco abaixo, e vim buscar á Itabaiana donde me dilatei três meses correndo todas aquelas serras e acabando-o com três barris de pólvora que lhe meti em uma mina que lhe fiz, donde, tirei quinze amostras que entreguei ao sr. D. João de Alencastro.
Nem por estas diligências fica perdendo o descobrimento de Belchior Dias a opinião no que toca a Itabaiana, porquanto em alguns dos seus ribeiros se tem achado ouro e o vigário de Itabaiana remeteu as amostras dele ao Sr Luiz Cesar de Menezes, governando este Estado, pedindo-lhe licença para romper aquelas minas, o que lhe não concedeu pela proibição que havia de S. M. [Página 382]
Quando de volta do Rio de Contas cheguei a Jacobina, me veio um sujeito a quem recomendei a diligência dizer que tinha descoberto uma das catas por um morro acima, cumprida e muito antiga e que levando-se o morro a escala, no fim dele se abrira uma mina ou buraco que ele segurava estava tapado com pedras arrumadas á mão e duvidando-lhe que eu podia enganar e ser aquela parte ruína ou tapada por algum desmancho do morro, e tornou asseverar que ele refletira com atenção e achar que fora artificialmente tapada. Como pelas cartas que recebi de V. Exa. não estive mais que oito dias em Jacobina, não pude ir examinar a dita cata ou mina velha que lá virá tempo em que se reconheça e examine.
Nas serras de Assuruá que abriram ao rio São Francisco muito ao sul de Jacobina Nova e da grande serra branca, se acham catas antigas que ja tradições foram feitas por Belchior Dias e é fama constante que nelas tirou prata e algumas pessoas viram já estas castas e o Capitão-Mór Damião Cosme me disse vira algumas, por serem hoje aquelas serras pasto de gado das fazendas de D. Joanna Cavalcante e o Capitão Antonio da Guerra que morou no sertão do Lagarto assegurava que tinha visto prata daquelas serras e me convidou a mim e ao donatário Manoel Garcia Pimentel para irmos a elas e que se obriga a mostrar os buracos da prata. É sem dúvida que nelas esteve Belchior Dias e que por ser a mesma serrania delas passou a do rio Verde onde dizem achou uma pedreira de esmeralda.
(..) São Pedro. 22 de novembro de 1725. Pedro Barbosa Leal. [Página 384]
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Data: 01/01/1915 página 89
ID: 5706
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 22/11/1725 - Sobre os marcos EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.