Dia dos Bandeirantes resgata a história da fundação de Cuiabá, 06.11.2009. Marcy Monteiro Neto, da redação TVCA
6 de novembro de 2009, sexta-feira Atualizado em 24/10/2025 03:34:23
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Dois dos maiores bandeirantes que vieram a Mato Grosso estão sepultados na cripta da Catedral de Cuiabá
Nesta quarta-feira, dia 14 de novembro, é comemorado o Dia dos Bandeirantes. Foram esses homens que desbravaram o oeste brasileiro a partir do século XVII. Pascoal Moreira Cabral foi um deles e ficou marcado na história ao fundar, em 1719, a cidade de Cuiabá. Confira abaixo uma reportagem publicada originalmente em novembro do ano passado sobre a história da fundação de Cuiabá e sobre os bandeirantes.Cripta abriga bandeirantesCatedral Metropolitana de Cuiabá. Uma porta na entrada lateral esquerda da igreja dá acesso a um pequeno corredor. Lá, outra porta, fechada com cadeado, leva ao subsolo da catedral. São 13 passos em um piso íngrime, rumo à escuridão. Mais uma porta até a sala onde estão enterrados personagens históricos de Cuiabá. No pequeno recinto, a cripta da catedral, há um altar singelo e bancos de madeira. Em frente, as lápides informam os nomes das personalidades que fazem parte da história do Estado e que hoje descansam sob os pés dos fiéis que visitam a igreja matriz.
Pessoas influentes e respeitadas eram enterradas, tradicionalmente, nas igrejas. O fundador de Cuiabá, o bandeirante Pascoal Moreira Cabral, está enterrado na Catedral de Cuiabá. Miguel Sutil de Oliveira, que descobriu uma mina de ouro que mudou a história do oeste brasileiro, também está na Catedral. Os dois foram responsáveis pela povoação da região de Cuiabá mas raramente são lembrados no Dia do Bandeirante, comemorado nesta quarta-feira, 14 de novembro.
A data
Os bandeirantes desbravaram o oeste brasileiro a partir do século XVII. A princípio, estavam à procura de índios para trabalhar como escravos. O historiador Tadeu Silva ressalta que a atividade bandeirante foi essencial para povoar a região oeste do Brasil e fundamental para a criação do povoado que deu origem à cidade de Cuiabá. Ele ressalta que no início os bandeirantes apenas aprisionavam índios e retornavam para o sudeste. Eram feitas roças apenas para subsistência do grupo durante o pequeno período em que estavam em viagem. Depois, com a descoberta de ouro, até mesmo a Coroa Portuguesa incentivou a fixação de mais pessoas na região para participar da atividade mineradora.
O dia 14 de novembro foi escolhido para comemorar o Dia do Bandeirante porque foi nesta data que a vila de Santana do Paranaíba, no extremo do Piauí, foi fundada. O local foi alcançado pelo bandeirante Pascoal de Araújo, em 1672. Ele viajou, a cavalo, de São Paulo ao Piauí. Foi naquela época que outros bandeirantes vieram para o oeste do país. O primeiro registro que se tem é de Manoel de Campos Bicudo, que subiu o rio Cuiabá até chegar ao Morro da Canastra, atual Morro de São Jerônimo, situado em Chapada dos Guimarães. Foi Bicudo quem batizou de São Gonçalo a confluência do rio Cuiabá com o Coxipó.Anos mais tarde, em 1717, o filho de Bicudo, Antônio Pires de Campos, acampou no mesmo local que seu pai chegara, rebatizando-o de São Gonçalo Velho. Lá combateu e aprisionou os índios coxiponés, para depois vendê-los como escravos em São Paulo. No ano seguinte, 1718, deixou o acampamento nas margens do Coxipó, desceu o rio Cuiabá levando centenas de índios escravizados e encontrou-se com a bandeira de Pascoal Moreira Cabral.Fundação de CuiabáPascoal enfrentou os índios bororos em uma batalha com muitos mortos, índios e brancos. Em 1719, o bandeirante encontrou pepitas de ouro na região e decidiu organizar o primeiro arraial e cobrar impostos em nome da Coroa Portuguesa. Outra jazida foi descoberta também no rio Coxipó, junto ao rio Mutuca. Foi ali que os bandeirantes fundaram o Arraial da Forquilha.O governador da Capitania de São Paulo determinou que fosse confeccionada uma Ata de Fundação do descobrimento das novas minas. No dia 8 de abril de 1719, Pascoal Moreira Cabral e os bandeirantes ali reunidos lavraram a Ata de Fundação de Cuiabá, sendo Pascoal Moreira eleito Guarda-Mor das minas descobertas.Bom Jesus de Cuiabá
Com a notícia do ouro encontrado em terras mato-grossenses, outras bandeiras vieram para essa região ainda não explorada. Em 1721, o sorocabano Miguel Sutil de Oliveira descobriu uma mina de ouro que mudaria a história do oeste brasileiro. A historiadora Elizabeth Madureira, no livro História de Mato Grosso, conta que Miguel Sutil mandou dois índios buscarem mel. “No retorno, ao invés do doce alimento, trouxeram pepitas de ouro. Estava descoberta a terceira jazida aurífera mato-grossense, desta vez situada no leito do córrego chamado Prainha, afluente do rio Cuiabá”, conta a historiadora.
Os exploradores que procuravam por ouro na Forquilha e também em São Gonçalo decidiram tentar a sorte na Prainha, no sopé do Morro da Prainha, hoje conhecido como Morro da Luz. Lá criaram um pequeno vilarejo sob a proteção do Senhor Bom Jesus. Em 1º de janeiro de 1727, Cuiabá foi elevada à categoria de vila e passou a ser chamada de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
No dia 17 de setembro de 1818, Cuiabá tornou-se cidade, de acordo com a Carta Régia de D. João VI. Cinco anos depois, por decisão do Imperador D. Pedro I, tornou-se a capital da Província, no lugar de Vila Bela da Santíssima Trindade.Mito bandeiranteO historiador Tadeu Silva esclarece que há um mito em torno dos bandeirantes que se aventuravam pelo interior do Brasil. Segundo o historiador, os bandeirantes não tinham o esteriótipo de super-heróis que se embrenhavam na mata para descobrir tesouros e conquistar civilizações. “Os bandeirantes foram muito pobres. A figura dos bandeirantes que as pessoas têm na cabeça é mito, virou alegoria”, diz o historiador. Ele afirma que mesmo os bandeirantes mais conhecidos, como Pascoal Moreira Cabral e Borba Gato, por exemplo, eram pessoas muito simples. “As pesquisas atuais e os escritos deixados por eles permitem refazer a história”, concluiu.Pouco lembrados no Dia do Bandeirante, os desbravadores estão presentes no dia-a-dia dos cuiabanos. Bairro Bandeirantes, avenida Miguel Sutil, Praça Pascoal Moreira Cabral e Praça dos Bandeirantes são algumas das homenagens prestadas aos personagens históricos.Além de Pascoal Moreira Cabral e Miguel Sutil, na Catedral Metropolitana também estão os túmulos com os restos mortais de outras personalidades como Dom Orlando Chaves e Dom Francisco de Aquino Corrêa.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (3): 01/01/1721 - * Miguel Sutil enviou dois índios escravizados buscar mel e ao invés do doce alimento, trouxeram pepitas de ouro 01/10/1722 - Miguel Sutil de descobriu as minas de ouro à beira do córrego da Prainha, próximo de onde hoje está a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito 18/08/1755 - Falecimento de Miguel Sutil EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.