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Cachaça Três Coronéis - Fazenda Pinhal
    19 de abril de 2017, quarta-feira
    Atualizado em 29/10/2025 05:41:55

  
  
  


Wilson Alves adicionou 15 novas fotos ao álbum "FAZENDA PINHAL - OS ROSAS".19 de abril de 2017 · FAZENDA PINHAL(III) – JERÔNIMO SOARES ROSAEnfoco, agora, Jerônimo Soares Rosa. Folheemos esta eloqüente e rica página, infelizmente um tanto esmaecida, verdadeira lição de perseverança e intrepidez, virtudes exclusivas do bandeirantismo daquela época, e que se identificam plenamente com as dos que iniciaram o povoamento de Boituva, para nos fixarmos em João Paulo Nepomuceno e seu filho, Jerônimo, que adquiriram a Fazenda Pinhal, no Bairro desse mesmo nome. Deduz-se, pois desses fatos que havia regular intercâmbio de gente que ia e que vinha do e para o Rio Grande do Sul, cabendo, ai, como uma luva, o tropeirismo de Jerônimo Soares Rosa, através de informações de Vicente Ferreira Prestes. Ademais, adquirir terras também não era tão difícil, como à primeira vista se supõe, e compradores e concessionários as transacionavam através de negócio muito facilitado. Aliás, sob o aspecto do tamanho, de acordo com análise do festejado historiador, Aluísio de Almeida, fazendas e sesmarias se eqüivaliam e se situavam mais ao longo dos rios e dos caminhos e serviam para o incentivo à criação das alimárias, tendo um caseiro no ranchinho e o dono na cidade. Recorde-se que este tema já foi tratado exaustivamente em capítulo à parte. O assentamento do 1.º casamento de Jerônimo Soares Rosa, por nós, aqui transcrito dos Livros de casamentos (exemplar da Cúria Diocesana), registra-o como nascido na cidade de Sorocaba, assim como sua 1.ª mulher, Maria Francisca de Jesus. Aliás, já antes, em entrevista com Tristão Rosa, seu neto, nas alturas dos seus 92 anos de idade, muito lúcido, foi ele bastante incisivo ao me afirmar, sem vacilação alguma, que seu avô nascera em Sorocaba mesmo e que, mais tarde, só foi ao Rio Grande do Sul para comprar muares, negócio muito comum na época. Quanto aos pais de Jerônimo, Paulo João Nepomuceno e Rita Maria de Almeida, não fui feliz em minhas pesquisas a respeito deles, não obstante o fizesse intensamente, por vários dias. Penso até que não estariam descartadas, como hipótese, as origens de Paulo João ou João Paulo Nepomuceno, este sim, do Rio Grande do Sul.ASSENTAMENTO DO 1.º CASAMENTO DE JERÔNIMO SOARES ROSA(Livro n.º 09, fls. 120, Catedral de Sorocaba)(Exemplar da Cúria – 18.07.1819 a 24.04.1827) “Aos vinte e hum de agosto de mil oitocentos e vinte e seis, nesta Matriz, feitas as admoestações, sem impedimento por se acharem dispensados pela Provisão do Reverendo Doutor Vigario Capitular no terceiro grao de consaguinidade, com licença do Reverendo Parocho, em minha presença, e das testemunhas, Francisco Jozé de Mattos e Americo Ayres do Amaral, pelas sete horas do dia se receberão em matrimonio por palavras do presente, JERÔNIMO SOARES ROSA, filho de Paulo João Nepomuceno e de Ritta Maria de Almeida, com MARIA FRANCISCA DE JESUS, filha de Ignacio Rodrigues Cordeiro e de Josefa de Oliveira, naturaes e freguezes desta Villa, e logo receberão as bençãos nupciaes. De que faço este assento, que assigno com as testemunhas. Vig. – Romualdo José Paes a) Americo Ayres do AmaralFrancisco Jozé de Mattos 0 0 00 00 0 JERÔNIMO MARIAASSENTAMENTO DO 2.º CASAMENTO DE JERÔNIMO SOARES ROSA(Livro n.º 11, fls. 33v, Catedral de Sorocaba)(Exemplar da Cúria – de 8.07.1841 a 06.02.1853)“Aos dezenove de abril de mil oitocentos e quarenta e cinco, nesta Matriz, habilitados os contrahentes por provisão do Reverendo Vigario da Vara da Comarca, com dispensa do impedimentos de terceiro grao mixto ao segundo de consaguinidade em minha presença e das testemunhas o Reverendo Florentino de Oliveira Rosa e Francisco Jozé de Sales, às sete horas da tarde se receberão em matrimonio com palavras de presente e Bençaos Especiaes, JERÔNIMO SOARES ROSA, viuvo de Maria Francisca de Jesus, com MARIA FRANCISCA DE ALMEIDA, natural desta cidade onde ambos são freguezes, filha de paes incognitos, exposta em caza de Silverio de Oliveira Rosa, de que fiz este assento, e assigno com testemunhas. O Vigr. Joze Francisco de MendonçaTestemunhas: Florentino de Oliveira RosaFrancisco Joze de Sales 0 Bisavô de Jerônimo e avô de Maria Avô de Jerônimo 0 0 Pai de MariaPaulo, pai de Jerônimo 0 0 Maria Jerônimo 0

TROPEIRISMO

Assim, João Paulo Nepomuceno e Jerônimo foram tropeiros, dos legítimos, que, de Boituva, cumpriram, como num ritual, de impressionante regularidade, todo roteiro de costume dos que para lá iam e de lá vinham... Numa caminhada do Rio Grande do Sul ou São Pedro do Rio Grande, atravessaram Santa Catarina e, após 8 meses, aproximadamente, passaram por Curitiba, sempre enfrentando toda sorte de dificuldades, ora ocasionadas por rios, como o Maromba, “muito terrível a passar”, pelos “ruins caminhos do Morro Vermelho e o socavão do Bueno”.

Esse roteiro era o mesmo que Francisco de Souza Faria construiu em 1727, do Rio Grande (hoje, Iguaçú) a Curitiba, provavelmente por inspiração de Cristóvão Pereira de Abreu, imigrante português, nascido em Ponte de Lima, grande comerciante de couros e cavalhadas. Ademais, não havia outro pelo interior, que fosse mais fácil e seguro.

“Restavam as dificuldades da viagem. O Rei não mandou fazer o caminho. Já existia, desde 1589, até Sorocaba, incluindo bela ponte. Dai, até Curitiba, os fazendeiros foram ligando entre si as suas sesmarias, fazendo aquela grande curva que deixaria um lado a Paranapiacaba e outro o sertão inexplorado, o antigo Guairá. O caminho foi feito a pata de gado, tal como no S. Francisco.

Os capões de mato eram ladeados. As matas ciliares, a borda dos grandes rios que descem ao maior, o Paraná, sim, que exigiam uma primeira picada a facas e foice, raramente o machado, pois a vereda também ladeava paus grossos. Depois as Câmeras de Curitiba e Sorocaba obrigaram os fazendeiros a conservar.” “De certo modo o problema dos que faziam os caminhos se simplificava diante dos rios. Ninguém se detinha, de início, a construir grandes pontes. Era mais prático fabricar as canoas. Os rios se dividiam entre rios de canoa e rios que davam passagem a vau”.

“Em 1729, janeiro, ainda não estava pronta a estrada. O governador paulistano, Antônio da Silva Caldeira Pimentel, enviou então Antônio Afonso e Francisco Rodrigues Chaves, com uma boa tropa para ajudarem e servirem de vanguardeiros a Souza Faria. Somente a 8 de setembro de 1730 é que o abridor chegou a Iguaçu, no registro próximo de Curitiba”.

(O Tropeirismo e a Feira de Sorocaba – Aluisio de Almeida)

2 Também não descartamos a informação de Tristão de Oliveira Rosa, neto de Jerônimo Soares Rosa, de que seu avô buscou burros e cavalos no Rio Grande tomando o caminho do litoral. Era opção ou, quem sabe, vez ou outra, conveniências pessoais, que ele as tinha, e muitas, dada a sua condição de tropeiro-negociante, sempre às voltas com alguma boa oportunidade... E o roteiro não podia ser outro. Era buscar as velhas estradas do litoral, para Laguna, Desterro, São Francisco, Paranaguá, Cananéia, Iguape e Santos, subsistindo, como muito válida, a hipótese de Jerônimo Soares Rosa e sua “troupe” ter saído da Fazenda Pinhal, rumo a Sorocaba, Iguape, etc., fazendo, em sentido inverso, o mesmo caminho. O do interior, i.é, Sorocaba e Curitiba, admitia variantes como a Estrada da Mata que, saindo também do Rio Grande do Sul, passava por Rio Negro, Ponta Grossa e Itararé (Geografia dos Transportes, no Brasil - Moacir Y.A. Silva, pág. 84). A estrada de Sorocaba a Porto Alegre e ao território das Missões - escreveu Capistrano de Abreu - teve sua importância quando vinham às feiras dezenas de milhares de bestas, mas sua influência durou pouco e esvaiu-se com a introdução do vapor. A este, nela desembocaram caminhos vindos da marinha, aonde a Serra do Mar permitia passagem. A oeste não romperam a mata nem domaram a indiada.Tão logo se instalaram na Fazenda “Pinhal”, cuja área abrangia 250 alqueires, mais ou menos, montaram, de pronto, aquele que foi o primeiro monjolo de farinha destas terras, sendo válido acrescentar que o engenho de aguardente, marca registrada da indústria daquela laboriosa gente, só veio mais tarde, por iniciativa de Tristão de Oliveira Rosa, filho de Jerônimo. Testemunha que mais dele se aproximou no tempo, seu neto, Tristão Rosa, residente no Município de Iperó, a 5 km de Boituva, nos dá conta de que Jerônimo trazia burros e mulas do Rio Grande do Sul e os amansava, para vendê-los por bom preço, pois amansada, aquela alimária valia mais: 5 mil réis cada uma! Também que a Fazenda, agora, acrescida de 6 km2, comprada por ele, por 200 mil réis, de sua tia, Maria de tal, pertencia a Porto Feliz, mas depois passou para a jurisdição do Campo Largo de Sorocaba, pela Lei nº 4, de 13 de março de 1874, retornando, em 1939, ao já Município de Boituva. 3 O ULTIMO TROPEIRO Jerônimo Soares Rosa faz parte do grupo dos últimos tropeiros, daqueles que, como conta Aluísio de Almeida, saíram das suas terras abrindo picadas e trazendo como passaporte “um guia de número de animais e da quantia a pagar ou já paga”. É que em abril de 1897, apareceram os primeiros casos da terrível febre amarela, em Sorocaba, o que provocou tremenda debandada de todos quantos ali se encontravam para “tocar” a feira de muares. “Arrumaram as malas. E partiram para sempre” (Aluísio de Almeida). O jornal “Diário Popular”, Ed. de 26 de março de 1900, nos dá conta de que em Boituva apareceram 04 casos de febre amarela.Em não havendo mais feira, é claro que o vaivém das tropas sulinas também se acabaram. E Jerônimo por aqui ficou, com família e tudo, direcionando seus interesses comerciais para outros ramos, sem mais aquela de viver montado em lombo de burro, dia e noite, com chuva, sol, frio ou calor, pouco importava, sujeito a tantos sacrifícios, afora os inúmeros perigos de uma estrada aberta em meio “a matas ciliares que exigiam uma primeira picada a faca e foice (ou facão?)” (vide Aluísio de Almeida, op. citada, pág. 21) Era o chamado roteiro da “estrada do sertão”.Curiosidade: - Por falar em mudança de Município, Domingos Soares Rosa, então, Tenente da Guarda Nacional, e filho de Jerônimo Soares Rosa, foi designado, em virtude da sua patente militar e por dever de ofício, a vigiar perigoso bandido, preso em Porto Feliz. Seu pai não concordou e tudo fez para mudar a jurisdição das suas terras para Sorocaba, o que conseguiu, liberando, assim, o filho daquela incômoda incumbência.Casamentos de Jerônimo: - Partilha dos seus bens Jerônimo Soares Rosa casou-se, em primeiras núpcias, com Maria Francisca de Jesus do que lhes nasceram 9 (nove) filhos, aqui citados: Domingos, Florentino, Anna, José, Rita, Antônio, João, Maria e Francisco. Destes, José foi condutor de “tropa arreiada” que transportava mercadorias de Sorocaba para Santos e vice-versa. Faleceu solteiro.Após 19 anos, aproximadamente, de feliz convivência, vividos bucolicamente entre o amanho da terra, a criação e o trato dos animais, os afazeres domésticos e a administração da Fazenda, em geral, aconteceu o passamento de Maria Francisca de Jesus ,o que causou profunda consternação em toda a sua já numerosa família e entre os seus não menos numerosos amigos, vizinhos e conhecidos, mercê da sua grande bondade, atraente simplicidade e enorme generosidade para com os pobres. A propósito deste fato, o que se sabe, veio até nós, de boca em boca, não havendo registro algum. Poucos anos mais tarde, Jerônimo casou-se novamente e, desta feita, com outra Maria e era Maria Francisca de Almeida, havendo deste casamento 8 (oito) filhos, assim distribuídos: Tristão, Demétrio, Rafael, Guilherme, Cesarina, Rosa, Maria das Dores e Gertrudes. Segundo nos informa Tristão de Oliveira Rosa, sua avó, Maria Francisca de Almeida, foi criada por um padre, muito amigo de Jerônimo. Tendo ficado viúvo pela segunda vez, Jerônimo procedeu a partilha dos seus bens, distribuindo eqüitativamente entre os filhos, a parte da mãe.Coube a Tristão de Oliveira Rosa dirigir o que era seu e o do seu pai, até à morte, e deste, que se daria dentro de pouco tempo, quando então houve a partilha do restante das terras. 4 MORTE DE JERÔNIMO Pressentindo que chegara a sua hora, Jerônimo chamou, para junto do seu leito, filhos e escravos. A todos dizia: Chegou a minha hora! Quero me despedir de todos! E cada um que lhe tomava das mãos ou para beijá-las ou para um último aperto, exclamava, como era costume da época: São Cristo! Ao que Jerônimo respondia: Para sempre! Chovia muito no dia. O velório fora prolongado por 02 noites, pois notícias havia de que a estrada para Sorocaba se tornara intransitável e o ribeirão Itanguá, que a corta, transbordara, dificultando sua ultrapassagem. O enterro realizar-se-ia no cemitério de Sorocaba. E assim aconteceu, apesar da chuva. O transporte do corpo, na rede, como era costume, foi feito a cavalo e os escravos atravessaram o ribeirão a nado, sendo que com uma das mãos seguravam, no alto a rede, e com a outra se mantinham na superfície da água, com algumas vigorosas braçadas. Tempos difíceis aqueles em que só mesmo a garra da nossa gente era capaz de encontrar soluções para problemas, quase que intransponíveis, em todos os sentidos! De Jerônimo Soares Rosa ou Jerônimo Rosa, simplesmente, lembram-no os comentários ainda que longínquos dos seus descendentes e dos que nos dedicamos ao saudável afã de citá-lo ou de restaurar a sua memória. Não há dúvida, porém, de que enquanto houver um Soares Rosa em Boituva ou alhures, ai se fará sempre presente a saga benfazeja de Jerônimo Soares Rosa, tropeiro dos mais ilustres e, porque não dizer, bandeirante que adotou esta terra como sua e pela qual deu o melhor de si, isto é, amor, bravura, idealismo e espírito de luta.Texto extraido do Livro do Prof Olavo.



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (3):
01/01/1589 - *Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
01/01/1727 - *Francisco de Souza Faria construiu um caminho do Rio Grande (hoje, Iguaçú) a Curitiba
08/09/1730 - O abridor chegou a Iguaçu, no registro próximo de Curitiba
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.