RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO SOBRE OS REMANESCENTES DA COMUNIDADE DE QUILOMBO DO JAÓ/ITAPEVA-SP*
1 de março de 2000, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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3. BREVE CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA E ATUAL DOMUNICÍPIO DE ITAPEVA E ARREDORESO município de Itapeva está localizado no sudoeste do Estado de SãoPaulo, obedecendo às seguintes coordenadas geográficas: 23º57 de latitude sul e48º53 de longitude oeste. Suas divisas atuais são fronteiriças aos municípios deItaberá, Itaí, Itararé, Paranapanema, Buri, Capão Bonito, Ribeirão Branco, Apiaí,Nova Campina, Taquarivaí e Guapiara. Contando com uma área total de 1.830,9km2, Itapeva é o segundo maior município do Estado. A área de seu perímetrourbano é de 17,26 km2, na qual vivem 59.824 habitantes; a população rural, de21.456 habitantes, encontra-se distribuída nos 1.813,64 km2 restantes, totalizandoum contigente populacional de 81.280 habitantes.Ao cruzarmos estas variáveis de área com aquelas relativas à distribuiçãoda população, atingimos os seguintes indicadores da densidade demográfica: 44,4hab/km2 (total), 3.466 hab/km2 (zona urbana) e 11,8 hab/km2 (zona rural)9. Oenorme desequilíbrio demonstrado pelos dados no que diz respeito à ocupaçãohumana nas zonas rural e urbana reflete o traço marcadamente concentrador doprocesso de configuração fundiária perpetrado ao longo da história brasileira.Segundo a profª. Leonor Ribeiro de Oliveira10, o espaço físico que hojeabriga Itapeva era, no início do século XVIII, a sesmaria do sorocabano Tomé deAlmeida Pais, granjeada por ele como prêmio por serviços militares prestados à Coroa. O sesmeiro construiu seu casarão às margens da “estrada geral”11, queligava a capitania de São Paulo ao extremo sul da colônia. Ali, muitos viajantespernoitavam e invernavam seus animais.
Aberta em 1728 por Cristóvão de Abreu, esta estrada substituía as antigaspicadas abertas aleatoriamente pelos viajantes, estreitas e, não raro, rapidamenteencobertas por outra vegetação. O novo caminho servia, primacialmente, para darpassagem permanente a tropas de muares e reses.À Coroa, interessava uma melhoria generalizada da Capitania, “comomeio de aumentar a arrecadação do Estado e de proteção ao extremo sul daColônia ameaçado pelos espanhóis” (CORRÊA, 1997:53).Sob essa prerrogativa, iniciada pelo governador D. Luís Antônio de SouzaBotelho Mourão, o Morgado de Mateus, logo após a restituição da autonomiaadministrativa da capitania de São Paulo, o sudoeste paulista começava a passarpor transformações de ordem infra-estrutural. Embora tal região passasse ao largodas zonas cafeeiras de grande interesse para os investidores, não esteveincólume às investidas perpetradas em consonância às políticas de “invasão dosertão” e tampouco era peça desnecessária ao sistema agrário que se instituía.Cabe ressaltar que o comércio de muares e gado vacum era a principal atividadeeconômica da região sorocabana, que se transformou, também, em importanteposto de arrecadação fiscal. Maria Tereza PETRONE (apud CATELLI JR.,1993:68) nos dá uma idéia do volume de transações comerciais efetivadas nasfeiras da cidade, apresentando os seguintes números: 25 a 30 mil muarespassavam por ano nas feiras, nas décadas de 1820/1830 e o capital circulantenestas ocasiões representava de 3,5% a 5,5% do total do Império.Podemos entender, então, que essa região de Sorocaba dedicou-se aocomércio de muares e também à pequena agricultura para abastecimento interno
Em correspondência do Capitão General Antonio Manoel de Mello e Castro e Mendonça, datada de 1728,encontramos referência à ‘estrada geral’: “a estrada que vai da Villa de Sorocaba até Lages e daque parao continente de Viamão hé toda povoada de fazendas de criar, para o que serve quazi toda a terra dehuma e outra parte desta estrada. Entre estas fazendas há também alguns campos devolutos, a quechamam de invernada, porque nestes campos costumão parar as tropas e Boyadas” (apud CORRÊA, DoraS. (1997:74). [Páginas 12 e 13 do pdf]
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