6 de novembro de 2022, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Giovanni Antônio Andreoni ou João Antônio Andreoni, que adotou o nome André João Antonil (Luca, 8 de fevereiro de 1649 — Salvador, 13 de março de 1716) foi um jesuíta italiano.[1]BiografiaFormou-se em Direito Civil pela Universidade de Perúgia depois de ali estudar três anos. Aos dezoito anos, em maio de 1667, ingressou na Companhia de Jesus, em Roma, vindo a lecionar ali no seminário jesuíta. O Padre Antônio Vieira admirou-o muito e fê-lo vir para o Brasil em 1681.Chegou a Salvador, na Capitania da Bahia, em 1681, nunca mais tendo deixado a cidade, onde veio a falecer, em 1716. Aqui exerceu o cargo de Reitor do Colégio por duas vezes, tendo sido o Provincial de 1705 a 1709. Fez breves visitas à Capitania de Pernambuco e à do Rio de Janeiro.Observador atento, notadamente da economia, escreveu com profundidade e erudição sobre a realidade econômica da Colônia, notadamente a produção de açúcar, de tabaco, sobre a criação de gado e a mineração, embora sobre esta última baseado apenas em informações de terceiros. Além de apresentar dados sobre a produção, descreveu ainda as técnicas produtivas então utilizadas, comentando as condições de trabalho, sociais e políticas.Em 1711, publicou em Lisboa a obra Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas, certamente escrita até 1710, com todas as licenças indispensáveis. O livro é considerado o melhor que se escreveu sobre as condições sociais e econômicas do Brasil no início do século XVIII. Entretanto, apesar de sua amizade com o Padre Antônio Vieira, tinha opiniões divergentes, que o Padre Serafim Leite aponta em suas obras. Vieira era contra a escravização dos indígenas, Andreoni nem tanto. Vieira nunca atacou os judeus e defendia os cristãos-novos; Andreoni traduziu uma obra italiana anti-semítica. A diferença maior, entretanto, era acerca dos membros estranhos à Companhia de Jesus: Vieira, embora chamando os portugueses de cafres da Europa em momentos de exasperação, era muito patriótico e favorecia a nomeação de portugueses para os postos principais da Companhia no Brasil; já Antonil, mais consciente do aspecto internacional da Ordem, favorecia italianos, alemães, mesmo os nascidos no Brasil. As diferenças continuaram mesmo depois da morte de Vieira e na virada do século o jesuíta Tirso González, Geral da Companhia, repreendeu Antonil por favorecer seus colegas italianos.Em 1711, Antonil queixou-se de que os jesuítas italianos eram considerados estrangeiros, pelos portugueses, e proibidos de visitar as Minas Gerais.Quanto à sua obra, a Coroa, advertida do risco de divulgação de tão detalhadas informações sobre as drogas e as minas da sua principal Colônia, proibiu-a e confiscou os seus exemplares. Os poucos que restaram, tornaram-se raridades bibliográficas. Essencial para a compreensão da vida social e econômica do Brasil Colônia, só viria à luz em 1837, quando foi integralmente reeditada, no Rio de Janeiro. A partir de então, Cultura e opulência do Brasil tornou-se uma fonte essencial para aqueles interessados no Brasil Colônia. O interesse pela obra se intensificou e foram feitas várias reedições.Porém a obra de Antonil não gerou somente interesse pelo conteúdo vasto sobre a situação da vida econômica do Brasil no século XVIII. A obra também tornou-se objeto de análise e de indagações por muitos historiadores. Assim, em todas as edições, com prefácios e comentários, os historiadores se depararam com vários problemas para os quais irão procurar possíveis respostas ao longo dos anos seguintes, como escreve André Mansuy Diniz Silva, responsável pela introdução e pelas notas da edição de Cultura e opulência do Brasil publicada em 2007.[2] Muito se procurou saber quem seria o autor oculto por trás do nome André João Antonil ou do pseudônimo de "O Anônimo Toscano", e quais os motivos pelos quais a obra fora destruída logo após sua impressão. André Mansuy indica que a obra, para além das controvérsias a respeito, ao passar pelas mãos do Conselho Ultramarino, foi censurada, considerando-se que o livro poderia ser uma grande fonte de informações para os inimigos da Coroa Portuguesa. Busca-se também compreender o motivo do notável desequilíbrio entre as partes, destacando-se a maior atenção do autor às questões relacionadas ao açúcar. Neste ponto, especula-se que a obra não teria sido escrita de uma só vez, mas que Antonil, a princípio, teria tido a intenção de abordar somente a cana-de-açúcar. Então, por que razão o autor teria incluído outras partes, modificando o seu projeto inicial e acrescentando, por exemplo, a mineração? Possivelmente a obra teria sido iniciada antes do ciclo do ouro e, então, diante das grandes transformações econômicas e sociais provocadas pela produção aurífera, Antonil pode ter decidido incluir a mineração. Sobre esse tema, apresenta um relato riquíssimo acerca dos caminhos para as Minas, descrevendo detalhes técnicos sobre a extração do ouro e denunciando consequências da descoberta do ouro, tais como o aumento dos preços das mercadorias (que se tornaram raras no litoral, por terem sido enviadas a Minas), o aumento do preço dos escravos, a ruína dos engenhos de açúcar em decorrência da falta de mão de obra escrava e, principalmente, a dissolução moral, pois as pessoas passaram a querer enriquecer de qualquer forma, cativadas pela ilusão do ouro. Assim comenta os danos causados no Brasil pela descoberta das Minas Gerais:"Convidou a fama das Minas tão abundantes do Brasil homens de toda casta e de todas as partes, uns de cabedal, outros vadios. Aos de cabedal, que tiraram muita quantidade dele nas catas, foi causa de se haverem com altivez e arrogância, de andarem sempre acompanhados de tropas de espingardeiros de animo pronto para executarem qualquer violência, e tomar sem temor algum da justiça, grandes e estrondosas vinganças. Convidou-os o ouro a jogar largamente e gastar em superfluidades quantias extraordinárias sem reparo, comprando por exemplo um negro trombeteiro por mil cruzados (400 mil réis, ou seja, quatro vezes mais o que valia um escravo) e uma mulata de mau trato por dobrado preço, para multiplicar com ela contínuos e escandalosos pecados. Os vadios que vão às Minas tirar ouro não dos ribeiros mas dos canudos em que o ajuntam e guardam os que trabalham nas catas, usaram de traições lamentáveis e de mortes mais que cruéis, ficando estes crimes sem castigo, porque nas Minas a justiça humana não teve ainda tribunal nem o respeito de que em outras partes goza, aonde há mineiros de suposição, assistidos de numeroso e seguido presídio; e só agora poderá esperar-se algum remédio, indo lá governar governado e mineiros." [3]"E até os Bispos e prelados de algumas religiões sentem sumamente o não se fazer conta das censuras para reduzir os seus bispados e conventos não poucos clérigos e religiosos que escandalosamente por lá andam ou apóstatas ou fugitivos. O irem também às Minas os melhores gêneros de tudo o que se pode desejar foi causa que crescessem de tal sorte os preços de tudo o que se vende, que os senhores de engenho e os lavradores se achem grandemente empenhados, e que por falta de negros não possam tratar do açúcar nem do tabaco como faziam folgadamente nos tempos passados que eram as verdadeiras Minas do Brasil e de Portugal. E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os reinos estranhos, e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras muito mais do que as senhoras. Nem há pessoa prudente que não confesse haver Deus permitido que se descubra nas Minas tanto ouro para castigar com ele ao Brasil, como está castigando, no mesmo tempo tão abundante de guerras, aos Europeus com o ferro."[4]DitoÉ de Antonil o dito:“ O Brasil é o inferno dos negros, o purgatório dos brancos, e o paraíso dos mulatos e das mulatas...[5] ”
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.