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Quando todos são Guarani: a guaranização indígena em escritos do século XVI nas Províncias do Rio da Prata, 2018. André Luis Freitas da Silva
    2018
    Atualizado em 11/07/2025 20:02:00

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liderados por dois caciques, em local anterior haviam realizado um comércio de trocas com os espanhóis que lhes foi pouco vantajoso. Insatisfeitos, voltaram para suas casas, proferindo, conforme Ramírez, algumas ameaças e tentando flechar os índios lenguaraces que acompanhavam a expedição. Temendo que esses indígenas atacassem o forte Espírito Santo que ficava mais abaixo do rio, Caboto os atacou logo ao amanhecer. “(…) matamos muchos delos y otros se prendieron y les tomamos todo el millo que en la casa tenían é cargamos el bergantín y quemámosles las casas”305. Os nativos capturados, na condição de escravos foram enviados ao forte Espírito Santo306.

Sobre esses indígenas, o autor nos fala que “las mujeres destos Timbús tienen por costumbre de cada vez que se les muere algún hijo ó pariente cercano se cortan una coyuntura de un dedo307”. Essa pauta cultural dos Timbú é interessante porque ela é percebida em outros atores sociais do contexto. A mulher Charrua da mesma forma que a Yaró, tinha o costume de cortar as juntas dos dedos quando morria algum parente308. Mesmo sendo um olhar do presente lançado ao passado, acreditamos que uma pauta cultural desta natureza, não nos parece ser algo que os povos optassem por imitar de outro grupo com facilidade. Isso nos leva a crer que Timbú, Charrua e Yaró pudessem compor um mesmo povo. Eram canoeiros, pescadores, caçadores, coletores e, além dos campos, habitavam as ilhas. Diferentemente dos Guarani, eles habitavam uma grande extensão de um espaço geográfico contínuo, muito semelhante no clima, no relevo e na cobertura vegetal.Seguindo a narrativa, içaram âncora novamente e navegaram em direção ao norte, passando, conforme Ramírez, por uma infinidade de ilhas, provavelmente todas desabitadas, pois, o autor comenta que no trajeto até a foz do rio Paraguai com o rio Paraná encontraram somente um povo identificado como Mepene. Várias léguas após o encontro dos dois rios, navegando no Paraná acima, Caboto ancorou em um local que eles batizaram de Santana309. Nesse local havia uma aldeia sob a liderança de um cacique chamado Yaguarón. “(…) nos 305 RAMÍREZ, L., Carta do Rio da Prata em 10 de julho de [p. 189]

que com as bandeiras criou-se um “vazio demográfico (dos Guarani), que só aos poucosvoltou a ser ocupado, mas então já por outros indígenas, os Kaingáng (da família linguísticaJê)”493. Com isso queremos observar que os grupos que hoje se atribui ser de língua Jê, podem estar presentes em relatos históricos do passado como sendo Guarani.

Talvez, devemos pensar que o oleiro que produziu a cerâmica guarani, tenha sido outro que não o próprio Guarani, ou que a presença de falantes de guarani em determinados locais não se deva ao fato de serem nativos falando sua língua materna, mas sim indivíduos fazendo uso de uma língua geral que diferentes povos dominavam. Acreditamos que o exemplo logo abaixo possa ilustrar esta última situação.

Como el P. Francisco Díaz estaba tan versado en los varios idiomas con que se diferencian unas naciones de otras en la lengua Guaraní, á todos universal, pareció le que hablaban con más expedición y propiedad que los camperos; hízoles varias preguntas, pero constantes negaban su nación 494.

Quem narra é o jesuíta Francisco Jarque. Ele fala sobre uma missão do jesuíta Diaz Tano no Guairá na redução de São Francisco Xavier entre os anos 1626 e 1630. Quando Diaz Tano lá estava, o cacique Guarani chamado Tayaoba, que tinha a intenção de receber os missionários em sua aldeia, enviou seu filho a São Francisco Xavier para investigar a forma como os padres trabalhavam. O filho de Tayaoba vestiu-se ao modo dos Campero para se passar por um integrante do povo do Guarayrú.

Conforme a passagem a cima, Diaz Tano percebeu que não se tratava de um índio Campero pelo fato do mesmo dominar o idioma guarani com mais precisão e propriedade do que falaria um Campero. Ou seja, a língua guarani era uma língua geral e neste caso os Campero que não eram Guarani, faziam uso da mesma para falar com outros grupos ou com os próprios indígenas que tinham a mesma como primeira língua ou língua materna. Da mesma forma que nós, falantes da língua portuguesa, utilizamos a língua inglesa para falar com indivíduos de outros povos ou para falar com indivíduos que têm na língua materna o inglês, que necessariamente podem não ser ingleses, mas americanos dos EUA.

Será que Cabeza de Vaca e alguns lenguas europeus teriam a precisão de diferenciar pela [Página 146]



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ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.